30 julho 2015

Entrevista a Jerónimo de Sousa na SIC

O regresso de um truque clássico 
de há mais de 25 anos atrás
 

A pergunta final de Clara de Sousa na entrevista no Jornal da Noite da SIC a Jerónimo de Sousa foi estruturada a partir de um referência à queda do Muro de Berlim.

E foi desta forma que, sem aviso, me vi regressado às décadas de 60, 70 e 80 do século passado em que o grande must para as entrevistas a Álvaro Cunhal, feitas designadamente por Margarida Marante, Miguel Sousa Tavares ou Maria Elisa, era terminarem em 90% dos casos com uma pergunta sobre a União Soviética.

Sem que jamais durante esse tempo eu tivesse visto Mário Soares e seguintes líderes do PS e os líderes do PSD verem as suas entrevistas terminarem, por exemplo, com uma pergunta  ligada à responsabilidade de  Mitterand e dos socialistas franceses com as guerras coloniais na Indochina e na Argélia ou, quanto aos lideres de direita, com uma pergunta sobre o apoio das  suas famílias políticas internacionais a infindáveis e sangrentos crimes cometidos pelo imperialismo.  

Como Clara de Sousa é muito nova, e além disso não a quero ofender, só posso   concluir que este inopinado regresso a um velhíssimo truque mediático contra o PCP só pode querer dizer que alguém a «inspirou».
Mas, valha-nos isso, desconfio que esta «recuperação» tem alguma coisa que ver com as  possibilidades da CDU nas próximas eleições.

17 comentários:

  1. O Vítor Dias é sempre emuito comedido e por conseguinte, lá vou ter que me adaptar ao seu crivo de aceitação de comentários. Não fosse isso e eu diria, em homenagem ao velho princípio de que os bois dveem ser tratados pelos nomes, de que, quem se compoirta como uma escroque, se arrisca muito a ser confundido com um escroque, por mais que as ordinarices que lhe saiem pela boca, lhe possam ter sido sopradas ao ouvido.

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  2. Os americanos é que são espertos, ficaram com a Alemanha só para eles e ninguém se chateia.
    Monteiro

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  3. Viu-se mesmo que foi uma pergunta forçada e despropositada para tentar desvalorizar as respostas anteriores.
    A propósito e a despropósito, a campanha continua!
    Vamos ver se termina as próximas entrevistas com a pergunta: depois destas crises todas que atiraram milhões de trabalhadores para o desemprego e a miséria, vale a pena apoiar o sistema capitalista?

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  4. se é assim há mais de 25 anos, e eu acho que é, porque não estamos preparados com uma resposta adequada?

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  5. O truque é repetido porque pelos vistos dá resultado. O jornalista fica bem visto e regozija-se: fica ele como o triunfador da entrevista. A audiência exalta-se, "ver um espectáculo assim na televisão vale a pena". E quanto ao pcp, já aprendeu a responder a esta a pergunta??

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  6. Chama-se a isso,CANALHICE.Venha da Clara ou do miguelito.
    Aliás, a escola é a mesma.

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  7. Já agora. Qual seria a resposta adequada?

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  8. A "Grande entrevista" a Jerónimo de Sousa foi tão grande que até Maria Lopes in o "Público", de hoje, afirma: - "Numa curta entrevista no jornal da noite, na SIC, o líder comunista....".
    Afinal parece que eles estão com medo de que as "coisas" não corram à medida dos seus (PSD, CDS, PS e pr. de Belém) desejos! Só é preciso que o ZÉ abra mais um pouco os olhos!

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  9. O nosso sonho continua o mesmo, queremos o socialismo e sempre rejeitámos modelos exteriores! Portugal será como o nosso povo desejar! Mais ou menos assim, foi a resposta de Jerónimo de Sousa, tal como todas as anteriores desde há muitos, muitos anos....por diversos camaradas. Pena já não falarmos das mais amplas liberdades, expressão cara ao camarada Álvaro e arrasadora para todos os(as) pés de microfone em serviço!
    Aramos

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  10. Estou com o Pedro. Há Perguntas para as quais o PCP precisa urgentemente de respostas decentes pois há sempre alguém interessado em lançar essas cascas de banana.

    O que acha da União Soviética
    O que acha da China
    O que acha de Angola
    O que acha da democracia da Coreia do Norte
    O que acha de nunca ter havido regimes comunistas democráticos?
    Pq se aliaram ao PSD para tirar o PS do Governo com o PEC IV
    O que acha de um partido ter funcionários, como podem eles ser livres?

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    1. Se está comigo eu digo-lhe que, pela forma como coloca as coisas, tenho algumas reticências em estar consigo. O meu comentário dirige-se à falta de clareza do PCP nestas matérias, a tentativa de passar pelos pingos da chuva que é exaustivamente explorada pela comunicação social. Eu não alinho nessa sua tentativa de associar o PCP à "democracia da Coreia do Norte" ou à não existência de "regimes comunistas democráticos". O que eu gostava, como cidadão de esquerda defensor de uma sociedade socialista que encaro como a valorização do trabalho, igualdade, respeito pela diversidade e acesso a recursos fundamentais (e não o "socialismo" como o paraíso na terra que seja o total oposto do capitalismo - as trevas), é que o PCP promovesse o pensar não doutrinário e se libertasse tanto de chavões ideológicos como de constrangimentos impostos pela relação com partidos "irmãos". O seu comentário é tão básico como outros que aqui chegam: se para uns está o "partido" acima de tudo e portanto só vale dizer bem, no seu caso prefere a caricatura básica baseada numa suposta oposição entre comunismo e democracia.

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    2. Porra que não sabem ler. Mas onde é que das minhas questões decorre que associo o PCP à Coreia do Norte ou o comunismo apenas a regimes não democráticos? Se calhar o PCP não passa a vida a ser bombardeado com estas questões, sem que haja da parte do partido uma reposta consequente. Foda-se, não percebem que caralho é uma casca de banana? Mesmo com isso ainda há dúvidas no sentido?

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  11. Ao anónimo dde 30 de Julho das 20:42 mais uma pergunta:

    O que acha do Mário Soares/PS terem recebido malas com dinheiro (no caso relatado pelo Rui Mateus) e pelo membro do CA do BES-o tal q entrava mudo e saia calado...

    O q axa do PSUV ter ganho eleições limpas e os regimes' democráticos' do ocidente terem aPOIADO O GOLPE DE 2002.

    Também pq os regimes democráticos apoiam o regime pluto/cleptocrata da Colômbia

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  12. Às minhas perguntas, o meu homónimo anónimo das 31 de julho de 2015 às 10:32 contrapõe com perguntas que têm de ser feitas ao PS e não à CDU ou a mim (que por acaso voto na CDU.).

    Marra a direito com a mesma inteligência táctica do partido de que será militonto, um partido que há anos seguidos confrontado com as mesmas questões das Marias Elisas às Claras de Sousa ainda não arranjou modo intelkigente de lhes responder e arrumar o interloocutor.

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    1. Segundo o que escrevi logo no 1º parágrafo , a pergunta é para o 'wise' guy de 30 de Julho das 20:42 e não,para o sr. Vitor Dias ou para o PCP.Aliás,sempre votei na CDU.Cumprimentos caro homónimo anónimo.

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  13. Eu percebi que a pergunta era para mim, o anónimo de 30 de Julho das 20:42 e das 31 de julho de 2015 às 15:45, e não para VD.

    Repito, V. marra a direito e não percebeu o que leu Nem com a repetição. Faz parte do grupo que na CDU se esmera em vincar respostas inconsequentes em vez de se preocupar em desmontar as falácias dos jornalistas.

    Da primeira vez, embora eu falasse em cascas de banana colocadas por jornalistas, ainda se compreendia, mal, mas compreendia, que não tivesse percebido. Da segunda, insiste no erro, e fazer a leitura (triplamente, pois também respondi a Pedro) por mim corrigida, o que denota não haver esperança para si e para o modo como tira consequências do que se lhe diz. Ficam-lhe mal esses acusadores anglicismos, quando nem com o português reiterado percebeu o escrito.

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