lembrar qualquer coisa
No Público de hoje, José Vítor Malheiros assina um interessante artigo a propósito do video acima respeitante à construção (em 10 horas!), na base de trabalho voluntário, de um grande celeiro por uma comunidade amish nos EUA.
Do artigo, destaco as seguintes passagens:
«(...) Não tenho nenhuma simpatia particular por estas comunidades
religiosas, cujas crenças respeito, mas não é possível ver este celeiro a
subir no céu sem sentir uma enorme vontade de estar lá, de ajudar a
levantar aquelas vigas, de cravar aquelas traves, de pregar aquelas
tábuas, de assentar aquele telhado e de, no fim, levantar os olhos para
admirar a construção que nos saiu das mãos. Ou sem pensar se não haverá
por aqui, ao pé de casa, num sítio qualquer, um celeiro que possamos
ajudar a construir com as nossas mãos, ou uma escola, ou um jardim, ou
outra coisa qualquer que possamos ver erguer-se diante dos nossos olhos,
com a ajuda de outras pessoas como nós, que saibamos para quê e para
quem vai servir e que saibamos que vai ser útil.
O trabalho
moderno foi-nos afastando da matéria física de tal maneira, foi-nos
alienando de tal forma da finalidade última do próprio trabalho, foi-nos
especializando em detalhes de tal forma microscópicos que perdemos de
vista o seu verdadeiro fim e não podemos deixar de olhar imagens como
estas com nostalgia. Quantas pessoas sentem que o seu trabalho tem tanto
sentido como a construção deste celeiro? (...)».
:)
ResponderEliminarO homem anda um pouco distraido do que se vai passando em Portugal, principalmente na margem sul.
A.Silva
Já que Vítor Malheiros está com tanta vontade – e até acredito que esteja –, alguém que o conheça pessoalmente o convide, no próximo ano, a participar na construção do gigantesco "celeiro", "cristal de mil faces", ali para os lados do Seixal.
ResponderEliminarA esta expressão «e de, no fim, levantar os olhos para admirar a construção que nos saiu das mãos» eu acrescentaria mais um bocadinho «e ficar com as costas quase dormentes de tanto abraço».
Entendamo-nos já!
Não, não! Não há aqui nada de religioso ou transcendental: trata-se apenas de querer(mos).
Se não me der nenhum "treco" no próximo ano lá estarei para ser mais um a construir o "celeiro".
Abraço.
António Baldeiras
https://www.youtube.com/watch?v=Ps0DSihggio
ResponderEliminarEstá convidado para trabalhar na preparação da próxima Festa do Avante. E, como diria o Zeca, "traz outro amigo também"...
ResponderEliminardistraído é pouco! Não construímos todos os anos um celeiro mas uma cidade!
ResponderEliminarseja como for o pior cego é o que não quer ver! e este senhor é cego, surdo e mudo...enfim, aquilo que os professores classificam como pessoa com NEE ( necessidades educativas especiais)
aramos
António Costa, o traidor foi encostado às tábuas!
ResponderEliminarDevia postar algo sobre o debate!
Na Atalaia construimos um Mundo Novo,com as nossas próprias mãos e os pés bem assentes na Terra.
ResponderEliminarUm abraço.