em grande forma
No Público de hoje, Agostinho Lopes comenta com ironia e elegância esta recente crónica de João Miguel Tavares. Vale a pena ler.
«JMT descobriu, que a solução engendrada para o BES, é não só, um “Novo Banco”, mas uma “nova política”!
Não é parco em elogios! Enxerga no denso nevoeiro, uma “nova política” que defende o “interesse nacional”, os “contribuintes” e deixa cair “os accionistas”.
A gente a pensar que os ditos accionistas têm um papel importante a
desempenhar, pois anda o Dr. Paulo Portas, esfalfadinho, por esse mundo
de cristo, a pedir, investidores, investidores… e o seu governo inaugura
uma “nova política” “onde se deixam cair os accionistas! Pela primeira vez, um governo deixa cair os accionistas. “Ninguém antes o tinha feito”!
Então, quando este Governo, como os anteriores, provocaram a falência
de dezenas de milhares de empresas, deixaram cair o quê?
E
nem sequer uma descriminaçãozita para os pequenos accionistas. Mas é
“accionista” a dona Ifigénia, que, das suas poupanças, para fazer a
vontade ao gestor de conta, que tinha a bênção da CMVM e BdP, comprou 2
mil ou 5 mil euros de acções?
Depois, “os
contribuintes”, que desta vez estão a “salvo”! Será assim? Mesmo quando
não é conhecida “a lista de todas as coisas que podem correr mal, ou que
simplesmente não estão bem explicadas” pelo BdP e pelo Governo, é
possível, afirmar que não daremos, nem mais um cêntimo para este
peditório? Mas o nosso dinheirinho já lá vai, num empréstimo do Estado
português, a um juro, que pelo menos no caso do FMI é de 3,7%, logo
superior ao que vai pagar o Fundo de Resolução. Que terá já uma
contribuição de impostos sobre a banca, isto, é dos contribuintes!
Vai
ser devolvido todo? Não se sabe! O que se sabe é que o tal Novo Banco,
tem passivos elevados e activos duvidosos (80% do BES antigo). Não seria
melhor conhecer a “lista” e depois fazer contas? Mas vai ser o sistema
financeiro a “assumir a diferença”, a aguentar prejuízos! Tenho dúvidas.
Mas há uma certeza: uma percentagem significativa (25/30%?) do possível
prejuízo é da CGD, que parece, ainda é do “zé-povinho”! Também o BPN
quando começou eram só 800 milhões… »
( o resto aqui )
Não me diga que o Agostinho Lopes é o substituto de Vítor Dias numa quota que de vez em quando o Público se lembra de criar aberta a membros do CC do PCP, estilo com que o jornal depois sempre lhes assina os comentários.
ResponderEliminarSe fosse substituto serua uma substituição muito tardia porque o Público cessou contrato comigo já há sete anos, E depois aprece-me evidente que se trata de uma iniciativa ocasional do AL que o Público resolveu atender. Quanto à identificação do autor não me choca especialmente embora bem saiba que há esse tique de avisar os leitores de que fulano ou é «comunista» ou do «CC do PCP». Durante anos e anos, mesmo nos blogues, havia carradas de bloggers sempre a referirem-se a mim como «o comunista Vítor Dias» julgando eu que não era propriamernte um desconhecido.
ResponderEliminar"numa quota que de vez em quando o Público se lembra de criar"
EliminarPodia ser que, de sete em sete anos, acometidos, sei lá, de pluralismite, se metem-se a meter um comunista.
A mim não choca o aviso, embora haja tendência para que isso suceda sempre com os comunistas (malta que se conta pelos dedos de uma mão), furtando-se a fazer o aviso nas dezenas e dezenas de outros..
O BES é um grande problema para as pequenas poupanças!!!! O grande Capital, esse está bem seguro, ande lá por onde andar!!!!!
ResponderEliminarUm abraço, camarada Vítor Dias e obrigada pelas tuas informações.