fartei-me de conhecer não comunistas
que estavam sempre dispostos a bater-se
até ao último comunista
Eu não queria mexer a sério no assunto mas perante esta afirmação de Raquel Varela, inserta pelo meio de um arrazoado verbalista, esquemático e voluntarista que ofende o marxismo, de que «[o 25 de Novembro]É ainda uma memória que pesa porque o Partido que teve um papel heróico contra a ditadura – o PCP – aceitou não resistir ao 25 de Novembro assumindo publicamente, pela mão do seu líder de então, Álvaro Cunhal, que a esquerda militar se tinha tornado um fardo para o PCP porque a sua actuação punha em causa o equilíbrio de forças com os 9 e os acordos de coexistência pacífica entre os EUA e a URSS» [o Milhazes faz escola, pelos vistos], só quero recomendar à blogger e historiadora em questão que leia, calculo que pela segunda vez, o discurso de Álvaro Cunhal no Campo Pequeno em 7 de Dezembro de 1975 e, se voltar a não entender, então leia mais oito vezes para igualar o Sócrates na leitura de uma obra de Kant.
Fico surpreendido que a Raquel Varela ,que até tem um estudo sobre "o papel do PCP na Revolução dos Cravos" que me pareceu interessante,pese embora esta ou aquela "imprecisão " factual, possa ser objecto de reservas por parte do Vítor Dias,pessoa que me habituei a respeitar e a considerar.Será que eu interpretei mal as suas considerações?
ResponderEliminarSerá que eu considerei em demasia o livro da Raquel Varela sobre o papel do PCP na Revolução dos Cravos?.É que ele pareceu -me um estudo interessante embora admita que possa existir alguma imprecisão factual.Não recolhi qualquer desvalorização da relevância do PCP em todo o processo.Como me habituei a considerar as opiniões do Vítor Dias sou tentado a pensar que estou a sobrevalorizar as avaliações da R.V.
ResponderEliminarLER ELA NÃO SABE LER
ResponderEliminarNUNCA ENTENDI MUITO BEM O 25 DE NOVEMBRO DE 1975,NA ALTURA ERA UM APOIANTE DO SOCIALISMO E VENDO GENTE DO CAMPO SOCIALISTA A LUTAR UNS CONTRA OS OUTROS PARA COM ISSO PROTEGER TODA A DIREITA FASCISTA NUNCA COMPREENDI BEM ESSE PAPEL DE CERTA ESQUERDA DITA MARXISTA,E HOJE TEMOS ESSA PROVA COM A CHEGADA EM FORÇA DESSA DIREITA AO PODER.BOA NOITE.
ResponderEliminarAcabei agora de ler o discurso de 7 Dezembro de 1975. Álvaro Cunhal denúncia e o efeito contra revolucionário do MRPP,por lapso esqueceu-se da AOC do Vilar. A Raquel Varela é um sucedâneo dos tempos modernos. Para a donzela o inimigo principal é o PCP exactamente como o Arnaldo Matos e o Vilar (este último, nome de guerra), nos idos 74 e seguintes.
ResponderEliminarUma coisa fica sempre bem clara nos diversos escritos de Raquel Varela é que ela não morre de amores pelo PCP e como quem não quer a coisa vai lançando o seu venenozinho de estimação ora com palavras ora com juízos ora com "factos" que não viveu por dentro e que parecem terem-lhe sido soprados por esquerdistas ou algo próximo.
ResponderEliminarNum dia como o 25 de Novembro em que a coligação PS-PPD-CDS-PPM e toda a troica romântica do costume se reúne em alegre cavaqueira o mais que se exigia de analistas ditos de esquerda era um profundo recolher em sinal de respeito por tudo aquilo que se passou mas não, de forma traquina eis que alguns se comprazem a instigar ódio em jeito de confusão numa atitude revolucionária "à brava" para consolo de certas freguesias.
Monteiro
O 25 de Novembro foi o primeiro retrocesso na revolução do 25 de Abril e a Raquel Varela sempre que pode espeta uma farpa no PCP.
ResponderEliminarO 25 de novembro foi o primeiro passo real contra o 25 de abril. A verdade é que não resultou totalmente, mas os seus estragos hoje sentem-se de modo bem cruel.
ResponderEliminarUm beijo.