Como é sabido, e assim reza a Wikipedia, «O euro existe na forma de notas e moedas desde 1 de Janeiro de 2002, e como moeda escritural desde 1 de Janeiro de 1999». O quadro acima, ilustrando as opiniões dos inquiridos dos Eurobarómetros entre 2006 e 2012 sobre o euro, trata precisamente de uma matéria à qual governantes, economistas do pensamento dominante e variados comentadores nunca prestaram em Portugal a mais pequena atenção.
De acrescentar que um nível entre 37 e 40% de opiniões desfavoráveis ao euro já se verificava quer nas vésperas da sua criação que nos primeiros tempos depois disso. Perante o quadro acima, dirão alguns que nunca deixou de haver uma maioria de opiniões favoráveis ao euro. Mas, se a criação do euro pode ela própria ser considerada um pecado original da última fase da integração europeia, outro pecado original cometido pelas instâncias e círculos dirigentes da UE foi precisamente o de compararem a criação do euro com umas eleições das quais sempre se diz que «por um voto se ganham e por um voto se perdem».
Erradíssima comparação ! Uma alteração estrutural da natureza e impacto da criação do euro não pode ser comparada a umas eleições nem ser decidida apenas por um critério de maioria. Se não estivessem sempre numa de fuga para a frente, o que os responsáveis europeus deviam reflectir e reparar é nesse facto, para mim verdadeiramente surpreendente e extraordinário, de após de mais de 10 anos de um poderosíssimo facto consumado, cerca de 40% dos inquiridos continuarem persistente e «teimosamente» a ter uma opinião desfavorável ao euro.
Os mandantes e serventuários locais da chamada «construção europeia» nunca o quererão perceber mas a verdade é que, sendo as razões de análise económica as mais importantes, está na cara que uma alteração estrutural tão decisiva que ainda hoje, passados 11 anos, continua a contar com uma tão relevante e expressiva hostilidade e desconfiança por parte dos cidadãos europeus, não podia levar a nenhum bom porto.
De acrescentar que um nível entre 37 e 40% de opiniões desfavoráveis ao euro já se verificava quer nas vésperas da sua criação que nos primeiros tempos depois disso. Perante o quadro acima, dirão alguns que nunca deixou de haver uma maioria de opiniões favoráveis ao euro. Mas, se a criação do euro pode ela própria ser considerada um pecado original da última fase da integração europeia, outro pecado original cometido pelas instâncias e círculos dirigentes da UE foi precisamente o de compararem a criação do euro com umas eleições das quais sempre se diz que «por um voto se ganham e por um voto se perdem».
Erradíssima comparação ! Uma alteração estrutural da natureza e impacto da criação do euro não pode ser comparada a umas eleições nem ser decidida apenas por um critério de maioria. Se não estivessem sempre numa de fuga para a frente, o que os responsáveis europeus deviam reflectir e reparar é nesse facto, para mim verdadeiramente surpreendente e extraordinário, de após de mais de 10 anos de um poderosíssimo facto consumado, cerca de 40% dos inquiridos continuarem persistente e «teimosamente» a ter uma opinião desfavorável ao euro.
Os mandantes e serventuários locais da chamada «construção europeia» nunca o quererão perceber mas a verdade é que, sendo as razões de análise económica as mais importantes, está na cara que uma alteração estrutural tão decisiva que ainda hoje, passados 11 anos, continua a contar com uma tão relevante e expressiva hostilidade e desconfiança por parte dos cidadãos europeus, não podia levar a nenhum bom porto.
Por fim, apenas um apelo a todos os que forem capazes de, por um momento só que seja, colocarem preconceitos de lado, para que retenham este facto: é que já ouvi e vi com estes que a terra há-de comer o primeiro-ministro Passos Coelho a declarar com o ar mais natural deste mundo que, de facto, a adesão de Portugal ao euro tinha afectado seriamente a competitividade da economia portuguesa, assim repetindo quase com 15 anos de atraso, o que o PCP sempre advertiu e avisou durante o debate pré-criação do euro. E a cândida pergunta que a alguns quero deixar é esta: perante este facto indesmentível, preferem continuar a assobiar para o lado e a não tirar nenhuma conclusão política ?
A entrada no euro foi prejudicial a Portugal. Pois se até Passos Coelho o diz!!!
ResponderEliminarMas os portugueses e respetivos governos foram bem avisados!!!
Um beijo.