da autenticidade democrática ?
Face a este formidável desarrincanço de Paulo Pedroso (hoje noticiado pelo JN), que não venha ninguém explicar-me que não faltam países no mundo onde há simultaneidade de eleições nem contar-me que, por exemplo, nos EUA elas são aos molhos, desde para sheriff, procurador público, senado estadual, Câmara dos Representantes, presidenciais e referendos. Acontece que cada país tem a sua própria história, tradições e cultura democráticas e, em Portugal, misturar legislativas com autárquicas seria promover uma uniformização eleitoral com patente prejuízo para a autonomia e autenticidade das eleições locais. Se não for demasiado atrevido ou injusto, dou o passo de imaginar que, ao fazer esta proposta, Paulo Pedroso sabe perfeitamente duas coisas: uma é que, em caso de simultaneidade, a uniformizaçãoou alinhamento do voto se faria em grande medida pela bitola das legislativas; e a segunda é que, no quadro partidário português, só há uma força ou coligação que, desde as primeiras, tem sempre muito mais votos em autárquicas que em legislativas (quase mais 100 mil votos em 2009) e dá-se pelo nome de CDU. Estão a topar ?
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