Uma força de esperança à esquerda
Sem regressar agora à acidentada e dramática situação a que foi conduzida a esquerda mais consequente em Itália nos últimos anos (maximamente espelhada no facto de no Parlamento italiano não haver hoje nenhum deputado comunista). deve em Portugal ficar a saber-se que nas próximas eleições italianas não estão apenas em liça PIer-Luigi Bersani, do PD (ex-Ds, ex-PCI), Berlusconi e Monti, afinal três protagonistas destacados da política de austeridade e ataque aos direitos dos trabalhadores mas também, à esquerda, a formação Rivoluzione Civile, encabeçada pelo juiz anti-máfia Antonio Ingroia e que conta com o apoio e envolvimento do Partido da Refundação Comunista. do Partido dos Comunistas Italianos e da Itália dos Valores de Antonio Pietro e que, actualmente, figura nas sondagens com uma votação que lhe permitiria vencer a cláusula barreira dos 4%. Entretanto, podem tirar-se as devidas conclusões do facto de a central sindical CGIL ter convidado para intervir na sua Conferência programática os líderes das três forças que integram a coligação dirigida por Bersani e ainda G. Amato em representação da lista de Monti mas não ter convidado Ingroia. Ou seja, a CGIL convidou os que aprovaram a «reforma laboral» que ela veementemente combateu mas não convidou a área que a ela frontalmente se opôs. Nessa circunstância, vale a pena ler o texto que Ingroia divulgou sobre o que lá teria dito caso tivesse sido convidado.
Se näo existe hoje em dia nenhum deputado comunista no Par(a)lamento italiano é porque no emblema da "Esquerda Arco-Íris" näo estava foice nem martelo. Simples. Quando na eleiçäo seguinte apareceram de novo, levaram 3,4%, enquanto o outro componente da antiga Esquerda Arco-Íris levou os mesmos 3,1%. Adiante.
ResponderEliminarQue esperavas? Que Ingroia fosse à Conferência programática da CGIL denunciar que o seu maior financiador--os Democratas (ou como raio se chamará aquilo hoje em dia)--pactuaram com Monti e Berlusconi?
O grande problema para Ingroia é Vendola, que lhe disputa votos directamente, já que será o único verdadeiro esquerdista da coligaçäo "Itália.Bem Comum". Mas a Revolução Civil tem uma lista unitária deveräo atingir sem problema os 4%.
Não acontece só em Itália. Há muita maneira de procurar atingir objetivos não confessáveis!!
ResponderEliminarUm beijo.