Ao longo das últimas décadas, vários primeiros-ministros foram alvo de vaias populares ou de manifestações de protesto e nem todos cancelaram as suas visitas, alguns terão mesmo travado curtos diálogos com manifestantes.
E, nessa época, ninguém se atrevia a escrever na imprensa que a atitude destes primeiros-ministros "esvaziou politicamente a vaia".
Pois é isso mesmo que o Público de hoje, na sua rubrica "Sobe e Desce", escreve a propósito da atitude Passos Coelho em Gouveia.
Pensava eu que as vaias ou acções de protesto junto de governantes se destinavam a existir com o correspondente significado social e político. Mas parece que não. Segundo o extraordinário critério do Público, as vaias ou protestos destinam-se a testar se os governantes conversam com um ou outro manifestante ou se fogem.
Pensava eu que as vaias ou acções de protesto junto de governantes se destinavam a existir com o correspondente significado social e político. Mas parece que não. Segundo o extraordinário critério do Público, as vaias ou protestos destinam-se a testar se os governantes conversam com um ou outro manifestante ou se fogem.
Acontece que eu ouvi as palavras de Passos Coelho face à contestação que defrontou em Gouveia e nelas não vi nem a mais ténue resposta às queixas e protestos populares que ali ecoaram, razão de substância para que aqui declare que não vejo onde está o esvaziamento político da vaia e que, nesta atitude e juízo do Público o que vejo é apenas subserviência e fixação nas coreografias em detrimento dos conteúdos políticos.
Tantas coisas que se iniciam ou reiniciam agora? Qual a resposta que o menininho Coelho deu aos manifestantes? Nenhuma! E a luta continua!!!!
ResponderEliminarUm beijo.
Isso notou-se logo na comunicação social online. A tentativa de fazer sair por cima o Passos Coelho da vaia que levou em Gouveia. É um facto que demonstra toda a proteção e apoio que a comunicação social dá a este governo. No entanto, apesar disso, a vaia aconteceu, para apenas se fazer referência a ela. Por isso, Públicos e outros podem continuar. Enganam-se a eles próprios, pois aos portugueses enganarão cada vez menos sobre este desgraçado governo.
ResponderEliminarJá estamos mais do que habituados, infelizmente a que a Comunicação Social ou uma grande parte dela, seja a VOZ DO DONO. Eu estive nesta recepção "amorosa" ao dito cujo, ainda estou um pouco afónico graças a isso,sei bem, vi bem, tal como os que ali estiveram, o que foi esta vaia; pessoas que foram para a feira do queijo, juntaram-se ao nosso protesto.
ResponderEliminarZulmiro Almeida