22 junho 2020

Fracasso da prova de força

E o grande comício de
Trump em Tulsa deu nisto

Trump tinha  afirmado:«Esperamos ter uma multidão recorde. Nós nunca tivemos um assento vazio e certamente não vai ser em Oklahoma que isso acontece». Números à parte, talvez  tenha sido o suficiente para novos contágios.

Uma bela partida relatada pelo DN
«A campanha de Donald Trump falava em mais de um milhão de pessoas registadas para participar no primeiro comício do presidente em tempos de covid-19, mas nas bancadas da arena do BOK Center, em Tulsa, no Oklahoma, havia muitos espaços vazios. (...).
A razão pode ter sido a campanha empreendida pelos jovens na rede social TikTok e por fãs dos grupos de música coreana K-pop. A campanha, que passou quase despercebida, implicava a inscrição (que era grátis) para participar no comício e não aparecer. Uma partida da nova geração ao presidente e candidato à reeleição. Segundo o The New York Times, depois de a equipa de campanha de Trump ter pedido aos apoiantes do presidente que se registassem através do telemóvel, a 11 de junho, os fãs de K-pop começaram a partilhar a informação com os seguidores, encorajando-os a fazer isso mas a não aparecer.
"Todos os que querem ver este auditório de 19 mil lugares quase vazio vamos reservar bilhetes e deixá-lo lá sozinho no palco", indicou Mary Jo Laup aos mil seguidores no TikTok logo no dia 11. No dia seguinte, o vídeo já teria sido visto mais de dois milhões de vezes e tinha 700 mil "gosto", com Mary a acreditar ter dado origem a 17 mil inscrições.
Segundo o The New York Times, muitos utilizadores das redes sociais apagaram as suas mensagens 24 ou 48 horas depois, de forma a não levantar suspeitas para o que estavam a planear.
No Twitter, Trump partilhou imagens do comício em ângulos mais fechados, alegando que "a maioria silenciosa é ainda mais forte que nunca".

20 junho 2020

Porque hoje é sábado ( )

Phoebe Bridgers
A sugestão musical deste sábado vai para
a cantora norte-americana Phoebe Bridgers.


18 junho 2020

Uma voz memorável

Post de 2015


Sempre por cima

Os jogos de cintura
de um editorialista



»A Assembleia da República regressou ontem aos tradicionais jogos de cintura que fizeram fama na legislatura anterior. Ouvindo o que os representantes das bancadas disseram ao longo da sessão, só mesmo os crentes poderiam acreditar que o Orçamento Suplementar iria sobreviver. Mas, apesar das críticas generalizadas à sua insuficiência, à sua falta de ambição, às vistas curtas, aos supostos erros das previsões, aos riscos que abre ao futuro, à opacidade e demais censuras e vilipêndios, o diploma foi aprovado na generalidade. Porquê? Porque, apesar de tantos defeitos, só os partidos mais à direita (CDS, Chega e Iniciativa Liberal) foram capazes de passar das palavras aos actos e transformar as críticas num voto contra.» 


 -Manuel Carvalho em editorial no «Público»

Lida esta magnifica e ácida prosa, o que se impõe a qualquer leitor é uma coisa muito simples. Nem mais nem menos do que imaginar o que Manuel Carvalho teria escrito caso o Orçamento suplementar tivesse sido ontem chumbado logo na generalidade. Por mim estou absolutamente certo que teríamos um editorial igualmente magnifico e ácido a vituperar a terrível irresponsabilidade de quem chumbou um Orçamento em plena situação de pandemia. Em síntese são os «jogos de cintura» dos editorialistas, gente especialmente dotada para criticar tanto uma coisa como o seu contrário dependendo do dia.

17 junho 2020

Ai a pandemia ...

Um espalhafato 
desnecessário

Talvez se pudesse compreender que o PR e o primeiro-ministro numa das suas declarações ocasionais à comunicação social mostrassem o seu agrado (turismo oblige) pela decisão da UEFA de realizar em Lisboa a fase final da Champions. Mas já realizar no Palácio de Belém uma cerimónia pública com a presença das três mais altas figuras do Estado (e escolher a palavra «prémio» aplicada aos profissionais de saúde) é do domínio do provinciano, exagerado e algo pacóvio. Acreditem ou não a pandemia também tem efeitos perversos sobre as instituições da República.

Um livro estrangeiro por semana ( )

Red, Black, White -
The Alabama Communist
 Party (1930-1950)



  • 248 pag., 26.52 $
  • Edição da University of Georgia Press
  •  (2019)

Um ensaio sobre a luta heróica e muitas vezes pioneira dos comunistas norte-americanos contra a segregação racial no Sul dos EUA.

16 junho 2020

Quem o assinou pode limpar as mãos à parede

Mas que belo contrato !

«o contrato de compra previu que em “circunstâncias de extrema adversidade”, como uma pandemia, o Estado é forçado a injectar automaticamente o dinheiro necessário para manter o banco dentro das metas de solidez definidas.» (Público de hoje)

Uma revista que não brinca em serviço

Mais uma grande capa
da "New Yorker"


15 junho 2020

O «omnipres(id)ente»

Ninguém escapa ao
Presidente. Nem na telescola.
"Olá boa tarde, chamo-me Marcelo Rebelo de Sousa e sou professor. E hoje vou matar saudades". Foi assim que o Presidente da República começou a teleaula na RTP Memória. Durante cerca de meia hora, o Presidente da República deu 10 "lições da pandemia" ao alunos da telescola. A intervenção sobre cidadania passou assim a ser uma explicação sobre o covid-19 e a forma como ele chegou a Portugal e apanhou o Mundo de assalto.» (DN hoje)