31 agosto 2019

30 agosto 2019

Referendo em Timor e a seguinte repressão

Há 20 anos, a solidariedade
do PCP com o povo timorense

Há  20 anos, pela primeira vez desde sempre, e até hoje, um delegado de um outro país, discursava no comício da 23ª Festa do Avante ! : tratou-se de um representante do FRETILIN e, por isso, talvez seja  justo dizer que esse comício foi a primeira das manifestações de massas que se realizaram em Portugal contra a repressão e pelo respeito da vontade do povo timorense. E no seu discurso, Carlos Carvalhas, Secretário-Geral do PCP afirmou o que se segue :


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Estamos nisto

Crónica de uma ligeireza
na 1ª página 
estampada

Dada a sofisticação do assunto (ai tanta!), três  notas prévias para nos entendermos; a primeira é que eu nunca uso por opção própria o termo «geringonça»; a segunda é que não faz sentido desacreditar um western  por nele não entrarem romanos; e a terceira é que uma coisa é o legitimo direito de cada um  ter os seus palpites, previsões ou pressentimentos e outra é fazer deduções a partir de factos estranhos à coisa.

Dito isto, importa constatar que o «i» no seu destaque não se limitou a proclamar «Geringonça: a crónica de uma morte anunciada», antes logo acrescentou, em nexo de causalidade, que «Costa não quer um governo com ministros do PCP e do BE».

Ou seja, quem tivesse chegado hoje a Portugal vindo de Shangri-La e tivesse lido a capa do «i» teria ficado a pensar que actualmente aqui temos um governo de coligação PS+PCP+BE e que ministros do PCP e do BE também se sentam semanalmente numa mesa de uma sala na Gomes Teixeira. Quando toda a gente sabe que por cá não existe nem uma coisa nem outra.

Aliás se existisse, não se chamaria, como outros (que não eu) chamam, de «geringonça». E pronto, creio que isto até já é molho a mais para um tão flagrante ligeireza.

Mexicanos nos EUA



Um trabalhador rural mexicano usa uma grossa cadeia para
 tentar puxar um tractor que se atolou na lama.

29 agosto 2019

Amazónia

Floresta recua,
pecuária avança



RIO - De 1985 a 2018, o Brasil perdeu 89 milhões de hectares de áreas naturais em todo seu território, algo como 20 vezes a área do Estado do Rio. Essa perda acompanhou o ritmo dos rebanhos, pois a abertura de pastos é o principal motor do desmatamento: no mesmo período, a área destinada à agropecuária teve um aumento de 86 milhões de hectares. "O Globo"


28 agosto 2019

Rui Rio e a «reforma» do sistema político


" E por que reparas tu

 no argueiro que está no
 olho do teu irmão e não 
vês a trave que está
 no teu olho?"

Há tantas décadas que ouço esta conversa mole que, agora, francamente nem sei o que dizer sobre as propostas de Rui Rio para uma «reforma» do sistema político, sem a qual segundo o tribuno laranja viria nem mais nem menos que «a ditadura». Mas, embora a muito custo e sem gastar explicações e argumentos que se devem guardar para os momentos decisivos, sempre me atrevo a dizer que é absolutamente estapafúrdia a ideia de os votos em branco também elegerem cadeiras vazias. Que a diminuição do número de deputados e a criação de círculos uninominais só pode conduzir a uma subrepresentação dos partidos mais pequenos. Que restituir ao PR poderes para demitir um governo fora da situação de não «funcionamento regular das instituições» até pode agradar a Marcelo mas não faz nenhuma falta à democracia portuguesa. E que, contra o clamor populista o digo, mesmo a limitação dos mandatos dos deputados também é uma forma de cavalgar a onda anti-parlamentar pois significaria que pessoas com comprovado talento e competência políticas se veriam impedidos de continuar a exercer a sua nobre função. Em síntese, Rui Rio julga que o mal da democracia está nas actuais leis que organizam o sistema político e não percebe que o desafecto em relação à política e aos políticos é um fenómeno bem mais complexo em que entra seguramente a espiral de promessas feitas e não cumpridas (lembre-se a campanha de Passos Coelho de 2011 e o que fez depois), a mistura com os negócios e interesses condenáveis, a politiquice mais ostensiva e o desprezo pelo interesse público.  E tenho a presunção de que o essencial que tinha para dizer sobre estas propostas de Rui Rio está no título deste post.

27 agosto 2019

Billiard = milhão de milhões



«Um recorde acaba de cair, o da distribuição de dividendos no mercado mundial. No segundo trimestre de 2019, os felizes accionistas repartiram entre si 513,8 milhares de milhões de dólares, segundo um estudo  da  Janus Henderson Investors. D'après les chroniqueurs économiques, c'est une très bonne nouvelle. Pour les actionnaires, on ne saurait en douter. D'autant que cette bonne nouvelle s'accompagne d'une autre : la France se situe dans le peloton de tête des pays distributeurs. Les entreprises du CAC 40 se montrent particulièrement généreuses avec leurs actionnaires. On serait même tenté de pousser un strident cocorico en apprenant que notre pays est désormais premier en Europe pour la rémunération du capital.
De quoi se plaint-on ? En regardant la France du côté des actionnaires, on se sent beaucoup mieux qu'en considérant le niveau moyen des salaires et des retraites. Pour ne pas parler des services publics, des hôpitaux littéralement asphyxiés, des écoles en détresse ou des quartiers dont on ne peut assurer la sécurité, faute d'effectifs. La France est un des pays les plus riches de la planète, elle reçoit donc ses partenaires du G7 en déployant des moyens gigantesques pour assurer leur sécurité. La rémunération du capital ne cesse de progresser en France. Elle progresse même deux fois, puisque la détention d'un coquet portefeuille boursier n'est plus soumise à l'ISF.
Pour le dire simplement, les riches, les vrais, ne se sont jamais si bien portés dans notre pays. Les esprits chagrins diront qu'il n'y a jamais eu autant de pauvres. Mais comment trouverait-on de quoi rémunérer le capital si tout le monde avait accès à l'argent ? La richesse d'un pays se mesure au nombre de pauvres. La preuve par les Etats-Unis d'Amérique, qui comptent un peu plus de 43 millions de pauvres tout en se plaçant au premier rang des pays riches. Les sept pays riches réunis à Biarritz totalisent plus de 100 millions de pauvres. De quoi parlent-ils ? Du moyen d'accroître encore la richesse, dont la progression menace de ralentir.»

26 agosto 2019

Petição concluida

Uma luta
para continuar !


Entendeu-se desactivar a petição, por ter cumprido o principal objectivo: fazer chegar ao Primeiro-Ministro o repúdio de cerca de 18 000 antifascistas, pela criação de um espaço/museu/memorial em Santa Comba Dão, na expectativa de que se pudesse travar o que, desde há meses, configurou um aberto ataque à Democracia. Até ao momento, ainda não obtivemos qualquer reacção do Primeiro-Ministro, mas regozijamo-nos pelo eco que este abaixo-assinado teve na Comunicação Social e em muitos cidadãos de relevo na vida nacional, que entenderam juntar a sua voz à voz destes muitos milhares de antifascistas, e em apoio dos 204 ex-presos, dando-lhes assim maior visibilidade. Muito em breve, enviaremos ao Primeiro. Ministro, as cerca de três mil assinaturas que vieram juntar-se aos 15 mil nomes do primeiro envio. Tudo faremos para que esta iniciativa da Câmara Municipal de Santa Comba Dão não vá adiante, mesmo que sob a capa de um Centro Interpretativo do Estado Novo. E apelam a todos os democratas para que prossigam o combate contra este projecto de reabilitação do ditador Salazar e da sua ditadura.

Fascismo Nunca Mais! 
Pelos promotores da petição; Albano Nunes, Joana Lopes,  Maria do Rosário Gama, Miguel Cardina.