19 janeiro 2015

Eu, pregador no deserto, me confesso

Importam-se de perceber finalmente
que isto não se decide apenas a três ?




Tal como de há muito acontece sistemáticamente e sistematicamente venho denunciando, quer o texto do Expresso sobre a sua sondagem quer o editorial do Público de hoje voltam a tratar as previsões eleitorais para legislativas como se o destino destas se decidisse apenas entre os resultados de PS de um lado e do PSD e CDS, somados ou coligados, de outro.

É claro que não tenho nenhuma esperança que este pessoal alguma vez entenda que, estando em causa a necessidade ao menos aritmética de uma maioria absoluta de deputados, se devia meter pelos olhos a dentro que isto não se decide apenas entre os três do costume.

É é claro que não tenho nenhuma esperança que algum dia esta gente reconheça que, mesmo que PSD e CDS. somados ou coligados ( e repito que estão com os piores valores de quase toda  a sua história eleitoral), ficassem à frente do PS, isso podia não lhe servir de nada pois um seu governo de minoria não resistiria a uma moção de rejeição do seu programa, a não ser claro que o PS a não votasse.


É bom lembrar

Critério dos salários é curto


Não é que estes dados só por si, já não digam muito mas, perante eles, convém lembrar que o que verdadeiramente dá a medida da situação criada aos trabalhadores portugueses não são apenas a queda nos salários mas sim a queda do rendimento disponível como resultado designadamente dos agravamentos fiscais.

18 janeiro 2015

O belo e o justo que duram, duram e duram




Poster for League for Industrial Democracy, designed by Anita Willcox
during the Great Depression, showing solidarity with struggles
of workers and poor in America


a ler aqui

Pete Seeger aqui

Letra de Solidarity for Ever

When the union's inspiration through the workers' blood shall run
There can be no power greater anywhere beneath the sun
Yet what force on earth is weaker than the feeble strength of one
For the Union makes us strong

Chorus
Solidarity forever, solidarity forever
Solidarity forever
For the Union makes us strong

Is there aught we hold in common with the greedy parasite 
Who would lash us into serfdom and would crush us with his might?  
Is there anything left to us but to organize and fight?  
For the union makes us strong

It is we who ploughed the prairies, built the cities where they trade
Dug the mines and built the workshops, endless miles of railroad laid
Now we stand outcast and starving 'mid the wonders we have made
But the union makes us strong 

All the world  that's owned by idle drones is ours and ours alone 
We have laid the wide foundations, built it skyward stone by stone 
It is ours, not to slave in, but to master and to own  
While the union makes us strong

They have taken untold millions that they never toiled to earn
But without our brain and muscle not a single wheel can turn
We can break their haughty power gain our freedom when we learn
That the Union makes us strong

 In our hands is placed a power greater than their hoarded gold
Greater than the might of armies magnified a thousandfold
We can bring to birth a new world from the ashes of the old
For the Union makes us strong



17 janeiro 2015

Porque hoje é sábado (514)

Courtney Barnett

Por sugestão colhida no último Ipsilon,
a proposta musical deste sábado vai
para a cantora australiana Courtney Barnett.

Acontece muitas vezes

Quando os blogues são mais
rápidos que a imprensa nacional



O Público dedica hoje duas interessantes páginas a este tema onde se pode ler designadamente isto:


A realidade é real?

No próprio dia da “manifestação republicana”, as imagens do grupo de líderes políticos que acompanharam o Presidente François Hollande começaram a dar polémica. Sobretudo, quando o jornal Le Monde divulgou uma fotografia (sem autoria atribuída e captada de um ponto elevado), pouco antes do início da marcha, onde o triângulo de políticos e seguranças se mostra separado do resto dos manifestantes.
Apesar de muitos comentários admitirem que essa separação se impunha por razões de segurança, outros criticaram a falta de coragem dos políticos de estarem lado a lado com as centenas de milhares de pessoas que encheram as ruas à volta da Praça da República. Mas o grosso das críticas dirigiu-se aos autores das imagens e à forma como foram captadas e divulgadas. Choveram acusações de “manipulação”, “mentira”, “maquilhagem da realidade”, “hipocrisia” e, para além de “enganados”, houve quem se sentisse “ofendido”. É que a esmagadora maioria das imagens (fotográficas e videográficas) que correram mundo imediatamente a seguir ao início da manifestação (e as que vieram estampadas nos jornais do dia a seguir) davam a entender que era este grupo de cerca de 50 líderes políticos que encabeçava a gigantesca marcha de Paris. Na verdade, aqueles que se juntaram a Hollande na capital francesa marcharam numa rua inacessível ao resto dos manifestantes e nunca se cruzaram directamente com eles (segundo o Le Monde estiveram na Place Léon Blum, que fica a quase dois quilómetros da Praça da República).

E, pronto,agora é só tempo de lembrar que alguns blogues, como primeiro o «manifesto 74» e depois esta modesta chafarica já haviam tratado do assunto

No passado dia 13

Homenagem
a Charlie Haden




para ler aqui