14 setembro 2011

Ai, a esquecida cronologia

Como cheguei agora da Lua ...





... e só nasci em 1945, sempre que, como acontece na caixa de comentários deste post, vejo uma vasta  rapaziada a falar do horrendo, terrível e repugnante  «pacto germano-soviético», só me apetece fazer uma inocente pergunta: importam-se V. Exas de me informar qual é a data do pacto germano-soviético e qual é a data do Pacto de Munique ?


Bem-vindo, Pedro Osório !



O Beijo do Sol

Video-clip realizado por Pedro Osórioem torno de uma  música tradicional
do Quénia a incluir no seu próximo álbum
"Cantos da Babilónia".

Muito mais mortos que no WTC


Afeganistão nove anos depois





vídeo do NYT aqui

Não que seja a primeira vez mas o ataque ontem, em plena Cabul, dos talibans à Embaixada dos EUA e ao QG da NATO trouxe novamente para as headlines a calamitosa situação militar que os EUA e a NATO defrontam naquele país nove anos depois da sua invasão.


Por causa das moscas que sempre pousam nestas alturas, talvez valha a pena esclarecer que não partilho nada da ideia de que, sempre e sempre, quem combate os meus inimigos meu amigo é, e também que por talibans e outros mujahedines ( outrora tão amados, armados e financiados pelo Ocidente) só tenho asco político. E ainda confesso  humildemente que não sei qual é a solução razoável ou viável para a questão afegã e até declaro que não tenho nenhuma obrigação de a ter.


Por hoje, e apenas querendo dizer o que fica literalmente aí escrito e nada mais, só venho lembrar um facto muito esquecido que, de um ponto de vista comparativo, ajuda a iluminar a dimensão do fracasso militar dos EUA e da NATO no sofrido Afeganistão: é que, apesar de defrontarem uma vasta e poderosa coligação (muito mais impressionante do que os limitados apoios actuais dos talibans) de mujahedines, EUA, ditadura do Paquistão e Cia., as tropas do regime de Mohammed Nadjibullah, já depois da retirada soviética, ainda resistiram três anos.





Desemprego

Cartoons com drama dentro


13 setembro 2011

E hoje sem explicação

 
Hora Grave
de Rainer Maria Rilke
 


Quem agora chora em algum lugar do mundo,
Sem razão chora no mundo,
Chora por mim.


Quem agora ri em algum lugar na noite,
Sem razão ri dentro da noite,
Ri-se de mim.

Quem agora caminha em algum lugar no mundo,
Sem razão caminha no mundo,
Vem a mim.
Quem agora morre em algum lugar no mundo,
Sem razão morre no mundo,
Olha para mim.

Uma recente revelação

Tina Mindle





The Kingdom

Austin

12 setembro 2011

E agora ...


Nick Lowe  em  The Old Magic



 

XVIII Congresso do PS

Sob o signo da inovação
ou baralhar e tornar a dar

A minha memória visual ou a minha compreensível sensibilidade para as questões de propaganda juram-me que o slogan usado no recente Congresso do PS já foi, mais coisa menos coisa, usado num outdor do PS no tempo de António Guterres, já lá vão uns bons anos. Se alguém o encontrar na Net, fico agradecido porque fica bastante melhorada a ilustração gráfica de que no PS se trata quase sempre de baralhar e tornar a dar ou que por aquelas bandas se vive sempre no mundo das words, words, words.

P.S.: Na falta do outdor do PS que fazia falta, e como prova da inovação daquela casa, encontrei sim estes cartazes, respectivamente do BE e do PSD de Azambuja.



Ontem, tal e qual, no "El País Semanal»

Imagen

LOS JEFES DEL TINGLADO


"Os vamos a buscar, acusar y castigar", avisaba el primer ministro británico, David Cameron, en el Parlamento el 11 de agosto. ¿Se refería a los especuladores de la economía? No.
Por Juan José Millás
 

«He aquí al primer ministro de allí en el instante de pronunciar las siguientes palabras: "A la minoría de los sin ley, a los criminales que se han quedado con todo lo que han podido, hoy les digo: os vamos a buscar, os vamos a encontrar, os vamos a acusar ante los tribunales, os vamos a castigar, vais a pagar por todo lo que habéis hecho". Dado que Europa se iba en esos mismos instantes a la mierda, pensamos que se dirigía a los especuladores, a los directores de las agencias de calificación, a los traficantes de deuda, a los directivos de los fondos de alto riesgo (de alto riesgo para nuestras pensiones de jubilación). Qué ingenuidad la nuestra. ¿Se imaginan a un primer ministro europeo increpando de ese modo a los causantes de los recortes sociales llevados a cabo en los barrios más pobres de sus urbes? ¿Se lo imaginan amenazándoles con la posibilidad de reducir sus movimientos de capital o de cortar sus comunicaciones inalámbricas para evitar transferencias de dinero capaces de hundir la economía de un país? ¿Veremos algún día las fotografías de estos vándalos con corbata de seda, bajo la leyenda de "se busca", en los aeropuertos, en los telediarios, en las salas de estar de las comisarías? Sospechamos que no, sospechamos que hay forajidos que caen bien a las personas de orden como Cameron, y les caen bien porque en última instancia son los jefes del tinglado y los que deciden, por tanto, dónde aflojar la presión y dónde mantenerla. Por eso a veces nos duele la Bolsa; a veces, la deuda soberana, y a veces, los suburbios de Manchester, Londres o Madrid.»