O que a Bonifácio
de facto nos veio dizer
de facto nos veio dizer
Se, ao considerar em entrevista ao «Público que a revolução liberal de 1820 é «uma referência para a esquerda radical», Maria de Fátima Bonifácio julgou que estava a hostilizar por exemplo o PCP e o BE, enganou-se redondamente. Pelo menos o PCP terá assumido orgulho em ter como referência mais longínqua o património progressista que à época representou a revolução liberal de 1820.
Bem vistas as coisas, Bonifácio não se deve ter dado conta da consequência lógica da sua afirmação. É que, ao falar da revolução de 1820 (que na entrevista erradamente desvaloriza) como uma herança só para a «esquerda radical», ela deixou de fora dessa herança o PSD e o CDS que assim ficam no campo do absolutismo e do reaccionarismo dos miguelistas. E, se assim é, então bem se compreende que Bonifácio tenha concluído que « Hoje, é difícil ser de direita em Portugal. Eu sei por experiência própria. »
Bem vistas as coisas, Bonifácio não se deve ter dado conta da consequência lógica da sua afirmação. É que, ao falar da revolução de 1820 (que na entrevista erradamente desvaloriza) como uma herança só para a «esquerda radical», ela deixou de fora dessa herança o PSD e o CDS que assim ficam no campo do absolutismo e do reaccionarismo dos miguelistas. E, se assim é, então bem se compreende que Bonifácio tenha concluído que « Hoje, é difícil ser de direita em Portugal. Eu sei por experiência própria. »