11 janeiro 2020

A flor da pele é má conselheira

Como argumentar
 com base em caricaturas

Daniel Oliveira no «Expresso»:«A conclusão deste processo negocial traduz um erro estratégico de toda a esquerda. Do PCP, porque desistiu de conquistas; do BE, porque tem medo de aparecer como radical; e de António Costa, porque tenta enfiar no bolso os seus interlocutores à esquerda, não percebendo que eles são a única barreira ao crescimento de um descontentamento antidemocrático. Quatro anos de orçamentos viabilizados de cruz, sem conquistas nem oposição, atirarão o país para um pântano. E BE e PCP para uma monumental derrota.» 

No artigo que inclui esta radical passagem, o autor não cuida de analisar as consequências de um voto contra logo na generalidade dos partidos à esquerda do PS. Mas no «Eixo do Mal» da SIC ele explicou que, nesse caso, o PSD iria a correr votar a favor do Orçamento e não haveria portanto qualquer crise.

Por mim, e para além do que já escrevi aqui, acho que guiar um comportamento político por previsões deste tipo é que é caminhar para uma «monumental derrota».

10 janeiro 2020

Sondagem publicada em 7 de Janeiro

Como o mundo
olha para Trump
Confidence in Trump remains
 low internationally

Confiança em Trump continua
 baixa internacionalmente
Os números exprimem a percentagem de cidadãos de cada país que têm confiança em Trump para fazer as coisas certas no que toca aos assuntos mundiais
(clicar para aumentar)
ler aqui

09 janeiro 2020

Um editorial em modo «vol d'oiseau»

Quatro observações
 em cima da hora

No «Público» de hoje, um editorial assinado por David Pontes desvaloriza e deprecia manifestamente as anunciadas abstenções dos partidos à esquerda do PS na votação na generalidade do Orçamento de Estado para 2020. É, por exemplo, o que se depreende de uma passagem como esta : «No ponto em que estamos, [ o Orçamento] talvez venha a ser rosa pálido. Um Orçamento socialista, diluído no branco da abstenção dos seus parceiros à esquerda. Sempre pálido, para quem acreditava que o “projecto” da “geringonça” tinha capacidade para prosseguir além da vitória do PS nas eleições legislativas. Umas tantas concessões na discussão da especialidade para garantir um encolher de ombros dos antigos parceiros na votação final. É quanto basta.» E, depois, o editorial remata sentenciando lapidarmente  :« Alguns jogos políticos e muito pouca paixão. É o que resta da “geringonça”.»
Ora, sobre este tipo de atitudes ou juízos, apenas quatro observações: 
primeira é  para sublinhar que as abstenções já anunciadas não podem ser desligadas, como é público e notório, de concessões que o PS já foi obrigado a fazer.
segunda é que falar, com um tom superior e desdenhoso, de «umas tantas concessões» e dizer que eles se resumem a «jogos políticos» é ignorar que se trata de matérias já com sensível repercussão nas condições de vida de muitos milhares de portugueses e na organização da sociedade às quais só podem ser indiferentes os que já têm um estatuto socio-económico privilegiado.
terceira  é que na chamada «gerigonça» (nunca usei por vontade própria o termo) eu vi muitas coisas como sentido das responsabilidades nacionais, empenho em barrar o caminho à continuação da direita no governo e determinação em reverter as medidas mais gravosas que aquela tinha imposto brutalmente. Mas «paixão», paixão mesmo, nunca vi. 
quarta é que quase jurava que, se o PCP, o BE e o PEV tivessem decidido votar contra o OE 2020 já na generalidade, com grande probabilidade teríamos então um editorial do «Público» a fustigar o sectarismo dos que estão à esquerda do PS, a criticar o seu abandono da possibilidade de, em sede de especialidade, obterem maiores ganhos de causa e a fustigar o seu radicalismo.

Em resumo: está difícil ser prior de uma freguesia assim.

07 janeiro 2020

Sobre a actualidade trumpiana

Cartoons que
acertam em cheio

«Se não gostas do que está dar, muda de canal »
«Trump vai seguir o desafio de atacar instituições culturais»-  Democracia, Verdade, Primado da Lei.»
-«Ele diz que é cultura inimiga».
 «Atacar os nossos símbolos culturais ?
então atacanos o símbolo cultural de Donald Trump !»
 Guerra -«a carta para a re-eleição de Trump»

Investido novo governo em Espanha

Talvez o senhor arcebispo
 já possa poupar nas orações


El  cardenal arzobispo de València Antonio Cañizares.- PÚBLICO.es
«En una reciente misiva hecha pública este sábado bajo el elocuente epígrafe de En esta hora crucial para España ¡orad por España!, el Arzobispo de València reiteraba la necesidad y la urgencia de orar por España ante el "futuro incierto" que, según el religioso, atraviesa nuestro país. "Que se ore por España, que se eleven oraciones especiales por España, que en todas las Misas se ore por España, en los conventos de vida contemplativa se ore intensamente por España", abundaba incansable el religioso en dicho comun.
Sin mencionar en ningún momento la conformación de Gobierno, pero en clara alusión a ella, el cardenal se encomienda a "un señor muy importante de España" –al cual alude a lo largo de su artículo sin desvelar en ningún momento su identidad– para a continuación y con machacona insistencia rogar a sus fieles y a todas las Iglesias de España a que oren por la nación: "Mientras no se aclare el futuro incierto que vivimos ahora en España, que en todas las Iglesias se ore por España- 
Según el prelado, "en estos tiempos de secularización y de eclipse de Dios", conviene entregarse al rezo como si no hubiera un mañana. Con un lenguaje altamente suplicatorio –"pido encarecidamente y me pongo de rodillas ante todos"– Cañizares se dirige a sacerdotes, personas consagradas, fieles cristianos laicos y demás variedades de beatos para urgirles a que aviven su "vida de oración", y así "renovar y fortaleces la experiencia de ÈL".
La preocupación de Cañizares por "la coyuntura concreta que vivimos en España" se filtra a lo largo del texto con reseñable intensidad –hasta en 14 ocasiones ruega que ore por el bien de España– ya que, tal y como apunta hacia el final del texto, el mundo y España andan "necesitados de ÉL como la tierra reseca está necesitada del agua para que florezca en ella la vida".
No es la primera vez que desde la curia se incide –de forma más o menos velada– en los asuntos políticos. Sin ir más lejos, el presidente de la Conferencia Episcopal Española (CEE) y cardenal arzobispo de Valladolid, Ricardo Blázquez, aseguraba el pasado viernes en una entrevista publicada por la Archidiócesis de Valladolid que sentía "inquietud" ante la formación de Gobierno entre PSOE y Unidas Podemos.
Además, Blázquez se mostraba preocupado ya que atisbaba "un futuro incierto" por lo que rogaba estar "muy alerta" para que se mantenga la clase de religión y los conciertos a los colegios. "Ciertamente, por la situación actual, a mí me produce mucha perplejidad y un horizonte muy incierto. Yo pido al Señor que acierte en la formación del Gobierno y después en la gobernación diaria del Gobierno ya constituido pero tengo inquietud", afirmaba en dicha entrevista.
A finales del pasado noviembre, fue el arzobispo de València el que se mostraba preocupado en su carta semanal por el preacuerdo de Gobierno "entre socialistas y socialcomunistas", ya que según él se atisbaba un cambio cultural y la imposición de un pensamiento único.
Tal y como señalaba en dicha misiva, la posibilidad de un acuerdo de Gobierno protagonizado por el PSOE y Unidas Podemos le causaba "conmoción", pues quebraría más la sociedad asegurando –en similares términos a los utilizados este sábado– que "nos encontramos ante una grave emergencia, la emergencia de España" que necesita una "sanación urgente".»

05 janeiro 2020

Um exemplo subversivo

Está confirmado: 
Berlim fica longe




HABITAÇÃO  Berlim, novo
paraíso dos inquilinos ?
 
«BERLIM JUNTA-SE AO CLUBE DAS RARAS CIDADES EUROPEIAS QUE LIMITA ESTRITAMENTE  A EVOLUÇÃO DOS PREÇOS DO IMOBILIÁRIO. O PLAFONAMENTO DOS ALUGUERES ENTRa EM VIGOR ESTE MÊS DE JANEIRO. UMA VERDADEIRA EXPERIÊNCIA PILOTO NA EUROPA. E TUDO SOBRE O FUNDO DE UM AUMENTO INSUSTENTÁVEL DOS PREÇOS DE ALOJAMENTO.»






04 janeiro 2020

Às armas !

Lá teremos de ressuscitar
 D. Nuno Álvares Pereira
O país aguarda ansioso um comentário
 de Nuno Melo.