04 junho 2013

Um catedrático pode levar uma palmatoada ?

Um não-licenciado explica
ao Professor (com P grande)



De acordo com a sua entrevista ao Jornal de Negócios, o Prof. e contitucionalista Vieira de Andrade, que elaborou um estudo a pedido do Governo, argumentou em defesa sua dama que está na imagem acima que «Aquilo que a pessoa desconta ao longo da vida é uma percentagem mínima do que recebe em termos de pensão. Se pensar que a contribuição foi de 11% e fizer as contas em termos actuais, não há aqui um contrato, nem direito de propriedade.

Ora o senhor Prof. ou anda distraído de informações elementares ou está a precisar de uma qualquer reciclagem. Na verdade, para efeitos de cálculo de reforma, há que contar não apenas com a contribuição de 11% dos trabalhadores mas também dos 27% das entidades patronais (que estão naturalmente integraos nos custos de trabalho). E como hoje em dia ninguém obtém uma reforma equivalente ao seu último salário,  devia meter-se pelos olhos a dentro que 38% de descontos ao longo de uma carreira contributiva de 40 anos não devem andar muito longe dos valores auferidos ao longo de 20 anos de vida depois da reforma (e aqui convinha não esquecer que a esperança de vida não é igual para todas as classes ou camadas sociais, pois estudos do INSEE francês mostraram que, em regra, os operários viviam menos 5 anos que os quadros).

Portanto, passe bem, senhor Professor.

É certo que a culpa é de Balsemão (que vê longe...)

Diz-me com quem vais e onde vais



A capa está aqui mas apresso-me a esclarecer que é preciso dar um desconto de 99% às teorias conspirativas de Daniel Estulin pois, segundo as informações e garantias que me deu o Nuno Rogeiro, o Clube de Bilderberg é um inocente fórum de debate cujo primordial objectivo é a humanização do capitalismo e a aliança de forças progressistas a nivel mundial.

Segurança social

Olha Passos Coelho...



... e olha François Hollande



 

03 junho 2013

Esferovite na cabeça e gelatina na coluna vertebral

... quando o verniz, que
sempre foi pouco, estala todo !




Em 1940, se ele já fosse crescido, talvez alguém tivesse lido isto no "Diário de Notícias":


Porque é claro que também há o direito ao silêncio

Melhor esperar sentado ?




Entre outras no mesmo tom, (e sempre baseadas na condução do que tenho chamado o «planador»), que seria fastidioso citar, sobre a sessão na Aula Magna, escreve hoje Rui Tavares no Público: «Todos falaram de um governo de esquerda para dizer o que ele não pode ser. Este pobre país, além de ter um governo que fez da terra queimada a sua política, tem a desdita de uma oposição dividida entre as bananalidades (não é gralha) de uns e  o ilusionacionalismo de outros. Sim, compareceram à chamada ! Verifica-se só que continuam os mesmos cábulas».

Perfeitamente consciente de que chamei a mim um papel antipático ao pretender que a discussão ultrapasse os apelos genéricos e respeitáveis aspirações (difusas ou não) e olhe de frente as grossas questões, por mim só posso prometer, mas não garanto que vá cumprir, que só me voltarei a pronunciar sobre estas questões quando alguém tiver respondido ao apelo ou desafio  que repetidamente aqui tenho deixado.

E que pode voltar a ser resumido ou repetido  nisto:

Não há meio de aprenderem

Velhos vícios no tratamento
jornalístico de sondagens



Esta passagem  encontra-se hoje num texto de um jornalista do i a própósito da última sondagem daquele jornal mas na verdade evidencia apenas procedimentos jornalísticos no tratamento de sondagens que são incrivelmente recorrentes. E escrevo sobre isto mais uma vez para que não se pense que, quando as sondagens são animadoras para a minha cor, já meto a viola no saco.
Com efeito, tudo parece indicar que as sucessivas advertências de Pedro Magalhães sobre o ridiculo das referências às diferenças de décimas continua a cair em saco roto.
Neste texto, fala-se que a CDU caiu duas décimas em relação à sondagem anterior mas 99,9% dos leitores nunca se se darão conta que uma queda de 0,2 pontos percentuais, numa amostra com  506 inquiridos, corresponde à mudança de opinião de uma pessoa, e isto numa sondagem que tem uma margem de erro de 4%, o que para qualquer partido pode significar mais ou menos 4 pontos dos que a sondagem lhe atribui.
Aliás, permanece sem resposta uma minha antiquíssima pergunta: porque é que nas noites eleitorais até as sondagens que são feitas à boca das urnas são divulgadas pelas televisões com intervalo de confiança (género «PSD 38-42%») e no, resto das sondagens nos longos meses entre eleições, nunca o são ? Porque isso tiraria picante aos resultados e venderia menos papel ?

Páginas submersas da história

Chineses nas Brigadas
Internacionais  em Espanha



A ler aqui em El País

01 junho 2013

Olha o "divórcio" !

O primeiro-ministro
tem toda a razão !




Há de facto o tal  «divórcio muito grande» de que fala Passos Coelho: o discurso no espaço público é infinitamente mais vigiado e contido do que os desabafos mentais da  maioria dos portugueses.