02 janeiro 2021

Um desinteresse inexplicável

 O que fica por explicar

Esta reportagem do «Público» tem a honestidade de reconhecer que João Ferreira, Ana Gomes e Marisa Matias andam em pré-campanha há dois meses mas «muitas vezes sem acompanhamento da comunicação social» (eu diria antes que, tirando as entrevistas, quase sempre sem acompanhamento da comunicação social). A reportagem até vai ao ponto de reconhecer que João Ferreira «é seguramente o candidato que, um pouco por todo o país, mais acções realizou».

Tudo visto, falta de facto uma explicação para este monumental desinteresse da comunicação social pela pré-campanha. Foi por Marcelo ainda não ser oficialmente candidato nesses dois meses ? Não pode ser razão ou argumento porque por virtude das suas funções Marcelo esteve sempre em pré-campanha ! Uma coisa é portanto certa: este desinteresse da comunicação social representou um factor de desigualdade em relação a Marcelo e representou um notório empobrecinmento do curso normal da vida democrática.

6 comentários:

  1. Por outro lado, foi visível o interesse desta comunicação social apodrecida pelo candidato André Ventura, desde as revistas «Sábado» e «Visão», passando pela televisão, aos jornais «Sol», «i» incluindo o «Público»... sempre fotografias e imagens do mesmo em perfil (mais jovem), a sorrir, em polémica, em campanha.

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  2. Certissimo.

    Pena é que nas raras oportunidades que contra a vontade lhe dão, como é o caso do debate de hoje com a avantesma do chega, se tenha deixado enredar na peixeirada preparada pelo oponente e moderadora. Alguém que lhe recomende cabeça fria, ou de que é que o João estava à espera?

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    1. Cabeça fria teve João Ferreira. E muita. Tanta que os aventesmas foram mobilizados para a sua função de aventesmas

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    2. O Adalberto tb apanhou um balde de água fria. Não estava â espera de uma tão boa prestação do João

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  3. Os debates em democracia liberal, são os confrontos na "arena democrática", segundo as regras e os interesses da classe dominante. Por conseguinte, não há neutralidade, não há isenção, há, isso sim, interesses de classe e desequilíbrios de poder. Neste cenário e segundo estes princípios, o João Ferreira portou-se com muita galhardia, coragem e nervos de aço. Para além de que, mostrou ser um rapaz muito substantivo, aspectos este que estando, ao que parece, um bocadinho fora de moda nos dias que correm, continua porém a ser uma pedra de toque da qual não prescindo.

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