29 maio 2019

Mansamente a ver se nos entendemos



A imagem acima corresponde ao destaque que o Público» decidiu atribuir a uma passagem do artigo de Luís Aguiar-Conraria  na sua edição de hoje.

Acontece que essas 21 palavras me levam às seguintes perguntas :


.
1.
Quererá porventura o não comunista Luís Aguiar-Conraria explicar a este velho comunista a que «princípios» do PCP se refere ?
2. 
Será que L.A-C. não sabe que, para só falar do pós-25 de Abril ,não há nenhum «princípio» do PCP que vá no sentido de excluir por sistema entendimentos ou convergências com o PS »
3. 
Será que L.A-C. não descortina a diferença entre viabilizar um governo do PS e «apoiar» (como diz) um governo do PS ?

4.
Será que L.A-C. entende que conforme aos «princípios» do já teria sido antes, em Outubro de 2015,  o PCP ter deixado os do PAF (que tinham perdido 800 mil votos) continuar a governar e prosseguirem a sua calamitosa e cruel obra de destruição ?
5.
Será que L.A-C. acha que por causa das orientações erradas e negativas neles contidos ( e que qualquer governo de direita adoptaria), o PCP deveria ter chumbado todos os Orçamentos de Estado e deitado para o lixo todas as numerosas medidas positivas para os trabalhadores e o povo que, com a decisiva contribuição do PCP, foram alcançadas ?

6.
Será que L.A-C pertence ao grupo dos bem instalados na vida para quem (a lista seria muito mais longa) o fim dos cortes e das sobretaxas, a melhoria dos escalões do IRS, a subida do salário mínimo e das pensões, a gratuitidade dos manuais escolares, o alargamento e embaratecimento dos passes sociais são amendoins ?
7. 
Será que L.A-C. não adivinha que se o PCP tivesse feito tudo ao contrário, possivelmente ele já teria escrito algum artigo fustigando o «sectarismo», o carácter meramente «tribunício e de protesto» a as suas «atitudes filhas de uma «política de quanto pior, melhor» do PCP (ou da CDU) ?

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