30 novembro 2015

Reportagem de Paulo Moura no «Público» de domingo

Mesmo a não perder
a ler aqui

Ontem no «Público»

Entre carradas, duas pérolas 
da inefável Teresa de Sousa


A já antiga jornalista deve achar que o PS nunca «serviu» a direita quando fez um governo com o CDS e outro com o PSD ou quando Jaime Gama proclamava da sua bancada na AR que o PS tinha privatizado muito mais que a direita. E também deve estar conveniente esquecida que o PS sempre que foi chamado a formar governo minoritário ou maioritario (salvo uma vez para uma conversa puramente formalista para inglês ver) nunca consultou o PCP.

Quando qualquer pessoa com tino diz «a minha geração» seria suposto que se estivesse a referir às outras pessoas com uma idade próxima da sua (salvo erro, no caso T. de S., 63 anos) e, nunca por nunca ser, aos que tinham ideias semelhantes ou próximas das suas suas. Teresa de Sousa não é da minha geração, porque se fosse aqui estava um exemplo de carne e osso de alguém da sua geração que lutou bastante contra o fascismo mas não lutou contra o (fantasiado)«golpe comunista depois do 25 de Abril.» De qualquer modo, conheço umas boas dezenas de pessoas da geração de Teresa de Sousa que também não alinharam nesse combate dela. O que, se houvesse mais senso e menos ego, deveria fazer Teresa de Sousa perceber que não é dona da sua «geração».não haja um jornalista ou comentador que se lembre disto.

P.S.: é impressionante que, quando falam de 40 anos de relações (desavenças) entre o PCP e o PS, não haja um jornalista ou comentador que se lembre disto.

29 novembro 2015

Como o tempo passou...

Nos 50 anos 
dos Grateful Dead

Os Grateful Dead em 1970




Pacheco Pereira no «Público»

Palavras luminosas





(clicar para aumentar)

Um livro estrangeiro por semana ( )

La historia secreta de
las bombas de Palomares



Ed. Crítica, 20,90 E.


Apresentação: Em 17 de Janeiro de 1966, faz agora 50 anos, quatro bombas atómicas, 75 vezes mais destruidoras que as de Hiroshima, caíram numa povoado de Almeria que a partir de então ficou estigmatizado: Palomares. Afortunadamente, as bombas não produziram uma explosão nuclear em cadeia mas duas rasgaram-se contaminando um ampla zona, enquanto outra caiu ao mar e provocou uma massiva operação de busca e resgate da Marinha americana, no meio de  da censura mais estrita imposta pelo Pentágono e e pela ditadura de Franco. Os detalhes e consequências do acidente, um dos mais dramáticos da Guerra Fria, foram apagados e deformados até ao extremo de terem desaparecido os arquivos da Junta de Energia Nuclear. Esta obra revela a verdade silenciada durante décadas. Rafael Moreno  recuperou e descobriu centenas de documentos que foram mantidos ocultos ou secretos em arquivos espanhóis e norte-americanos e que permitem reconstruir a historia definitiva de porque aconteceu, o que se passou, o que realmente então ocorreu e qual foi a atitude das autoridades espanholas e norte-americanas durante todos estes anos de silêncio e desinformação.»

Chile, 42 anos depois...

Abre a exposição dos
muralistas mexicanos
cancelada pelo golpe de Pinochet



"La ruta a México es: Antofagasta, Lima, Panamá, México y escala técnica en esos lugares. Comuníquenlo al canciller Rabasa y díganle que cruce los dedos".

El texto corresponde a un telegrama enviado en septiembre de 1973 por Gonzalo Martínez Corbalá, embajador de México en Chile, antes de subir al avión que lo trasladó a su país junto a 180 obras de la exposición que se suspendió antes de su inauguración programada para el 13 de septiembre de 1973, en el Museo Nacional de Bellas Artes de Chile. Junto a él viajaban los familiares del presidente Salvador Allende.

La cancelación de la exposición se produjo en medio de la convulsión del golpe militar y sin que muchos se enteraran. La muestra Orozco Rivera Siqueiros. Pintura Mexicana presentaría al público chileno una de las colecciones de arte moderno más importantes del continente.
Cuarenta y dos años después y para celebrar el 25° aniversario del restablecimiento de relaciones diplomáticas entre México y Chile, ambos gobiernos han realizado un esfuerzo conjunto para reeditar esta muestra con una selección de las 76 obras originales y pertenecientes al Museo de Arte Carrillo Gil.»


28 novembro 2015

Porque hoje é sábado ( )

Ethel Central


A sugestão musical deste sábado é
dedicada ao quarteto norte-americano
Ethel Central




Para melhor perceber o «caso TAP»

Pare, olhe e leia !


«(...) Para além dos argumentos por mim enumerados nesse post [de 25.10], este acordo e o anexo aprovado em Conselho de Ministros parecem-me graves porque:
1. O Governo cancelou o primeiro processo de privatização da TAP alegando que o comprador não apresentou as necessárias garantias bancárias para a dívida da TAP. Agora, não só esquece essa condição como, na prática, mesmo que de forma implícita e indirecta, garante essa dívida ao comprador  sem quaisquer custos para este.
2. O caderno de encargos do concurso  para a privatização da TAP determinava que que a dívida da TAP teria de ser assumida pelos compradores.
3. No passado, o governo ofereceu garantias explícitas em relação à dívida da banca portuguesa, mas a banca foi obrigada uma comissão de pelo menos 0,4% do montante do ano. Além disso, essas garantias eram enquadradas por lei e por portaria próprias e a sua dimensão máxima aprovada pela Assembleia da República.
4. E interrogo-me como pôde o XIX Governo Constitucional, a 22 de Outubro de 2015,  comprometer o Estado com 766,7 milhões de euros de dívida contingente da TAP, sem autorização prévia da Assembleia da República ?
O contraste não podia ser maior: a Lei do Orçamento de Estado de 205 (artigo 145º), aprovada pelos partidos que suportavam o XIX Governo Constitucional, determina e bem que todos os actos e contratos superiores a E 350 000 têm de ser previamente fiscalizados pelo Tribunal de Contas.
Mas a assumpção pelo Estado de 766,7 milhões de euros de dívida contingente é feita em menos de 24 horas e sem qualquer controlo prévio ?
Assim não há contas públicas que resistam... »

As famosíssimas PPP

É sempre a aviar, 
perdão, a facturar!



no Público de hoje

Branco é, galinha o põe

Bem me parecia !


na capa do i

Sim, o saber não ocupa lugar

Geografia da pobreza
na América rural



25 novembro 2015

Hoje

Dia Internacional pela Eliminação
da Violência contra as Mulheres



clicar para aumentar



"Aretha Franklin - Respect"

What you want baby I got
What you need
You know I got it
All I'm askin' is for a little respect
When you come home
Baby when you come home
Respect


I'm out to give you all my money
But all I'm askin in return honey
Is to give me my proper respect
When you get home
Yeah, baby, when you get home


I ain't gonna do you wrong while you gone
I ain't gonna do you wrong
'Cause I dont wanna
All I'm askin' is for a little respect
When you come home
Baby, when you come home
Respect


Ooh, your kisses, sweeter than honey
But guess what, so here's my money
All I want you to do for me
Is give me some respect when you get home
Yeah, baby, when you get home


R-E-S-P-E-C-T
Find out what it means to me
R-E-S-P-E-C-T
Take out T-C-P


A little respect

Num texto do «Expresso»

Uma gralha e uma imprecisão
sobre o 25 de Novembro



De uma notícia do Expresso  sobre o 25 de Novembro de 1975 que reproduz afirmações  muito equilibradas da prestigiada historiadora Maria Inácia Rezzola, constam uma gralha e uma imprecisão (esta muitíssimo frequente). Se não vejamos :


A gralha está em que fala de «legalização» do PCP quando, naquele contexto se trata sim de «ilegalização» do PCP.

A imprecisão que, em Maria Inácia Rezzola será acidental, mas tem sido repetida milhares de vezes ao longo dos últimos 40 anos é quando se atribuiu à frase de Melo Antunes uma referência ao papel do PCP na construção da democracia, quando na verdade Melo Antunes falou sim que «a participação do PCP era fundamental para a construção do socialismo». Como se pode ver e ouvir aqui.

Duas razões me levam a insistir ao longo do tempo nesta rectificação:

- a primeira é que ninguém tem o direito de emendar o que Melo Antunes realmente disse;

- a segunda é que substituir «socialismo» por «democracia» é rasurar a real semântica da época e a evidência histórica de que, em 26 de Novembro de 1975, até os «moderados» vencedores continuavam a falar de «socialismo».

Portugal, 1958-1961

Fique a conhecer a Almanaque !
Juro que não ganho nenhuma comissão dos serviços comerciais do Público mas não posso deixar de chamar a atenção para que amanhã, conjuntamente com a edição normal do jornal, estará à venda (6,90 E.) o primeiro número da sua série sobre revistas portuguesas dedicada à revista Almanaque, que publicou a partir de Outubro de 1959 18 números (que em tempos distantes comprei num alfarrabista e depois perdi-lhe o rasto), sobre a excelente direcção gráfica de Sebastião Rodrigues ( e depois também com a contribuição de João Abel Manta) e que integrou na sua redacção nomes como os de Baptista- Bastos, José Cardoso Pires, Stau Monteiro, Augusto Abelaira, José Cutileiro e Vasco Pulido Valente. Para quem não a conheceu na época  ou não sabe como era, recomendo vivamente que aproveitem esta oportunidade para visitarem o bom gosto, a qualidade e a modernidade desta revista democrática nascida e publicada nos duros tempos do fascismo.




Nem quero ver !

Nem ao menos uma para
descolar e outra para aterrar ?




acreditem, vem na 1ª página do
Diário Económico de hoje

Henrique Monteiro ou...

Olha,  desampara-nos a loja !



24 novembro 2015

Não é uma pequena vitória

Roendo-se todo 
mas lá teve de engolir
Com manifestos requintes de malvadez, dedico este post  à legião de  jornalistas, comentadores e políticos do PSD e do CDS que andaram semanas a balbuciar sofismas e ignorâncias cavalares, talvez na maior e mais concentrada operação de «lavagem ao cérebro» dos últimos 40 anos. Ao trabalho e à luta !

Nenhuma dúvida

Passe a publicidade, Cavaco Silva
está a precisar de Memofante



Todas as «condições» requeridas por Cavaco Silva são absurdas, injustificadas e ilegítimas mas há uma que é simplesmente pateta ou patética. Trata-se daquele em que exige garantias quanto à «estabilidade do sistema financeiro ».


Como ele parece estar esquecido, recorde-se graficamente como, com uma não despicienda protecção sua e envolvimento dos seus amigos do peito, foi grande nos últimos anos a «estabilidade» do sistema financeiro:









Artigo de opinião ...

... no New York Times !

aqui
tradução portuguesa:




23 novembro 2015

Manifesto abuso de funções e procura de pretextos

Mas quantas «clarificações» ou «condições» exigiu Cavaco Silva
a Passos Coelho e Paulo Portas ?




P.S.:
1. Cavaco Silva indigitou um Passos Coelho cujo programa de Governo sabia que ia ser chumbado mas agora está com exigências em relação a um provável primeiro-ministro que tem a garantia da aprovação do programa do seu governo !


2. De certeza que, na audiência, António Costa teve ocasião de esclarecer Cavaco Silva de que o respeito pelos diversos compromissos internacionais de Portugal será cabalmente assegurado pelo programa do seu Governo. No entanto, em simultâneo com a saída de António Costa de Belém, Cavaco Silva emite um comunicado em que volta às mesmas questões. Trata-se de um repugnante indelicadeza e insolência. É como se Cavaco Silva dissesse publicamente que as palavras de Costa para ele não valem nada.