20 agosto 2012

Para que se saiba ou voltando ...

... aos encontros da
troika 
com certas entidades


Há pouco mais de um ano, a opinião publicada conseguiu a vitória de tornar pouco compreensível a recusa do PCP e do BE em terem encontros directos com a troika, apesar de saberem que tais partidos já tinham dito o que tinham a dizer publicamente e isso era seguramente do conhecimento da dita troika. Mais tarde, entre membros do Bloco pareceu desenhar-se mesmo alguma tendência de arrependimento por essa decisão. E foram mais que as mães os que nem sequer perceberam que, ao recusar-se encontrar-se com a troika e ao definir que o seu interlocutor sobre as matérias em causa era o governo português, o PCP, entre outras coisas, estava a defender uma autoridade e soberania do Governo português que este próprio sacrificava e não protegia.

Hoje, em artigo no Público, um especialista em direito do trabalho, António Monteiro Fernandes, que não pode ser considerado um perigoso radical, dá sua versão sobre esses encontros da troika com diversas instituições. Nestes termos que são para recordar:«Quem participou, de alguma maneira, no processo de "negociação" do Memorando de Entendimento de Maio de 2011 relata como se passavam as coisas. Numa sala caras conhecidas da troika e da sua assessoria recebiam as «instituições nacionais» para serem ouvidas displicentemente, quase distraidamente, com uma ou outra troca de palavras à laia de «diálogo». Em outras salas, à margem de tudo, desenhava-se afanosamente, ponto a ponto, o cardápio das exigências que seriam integradas no "memorando". E nestas salas falava-se bastante português.»

2 comentários:

  1. Quais os nomes dos bandidos?É para sabermos....

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  2. MRS falou dos partidos do "arco de apoio ao acordo da troika". Mas quem terá influenciado (negociado) o acordo, para além dos banqueiros que apresentaram o ultimato ao governo de Sócrates?

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