09 agosto 2012

Histórias de trocos ou...

... como eu gosto de pormenores




Não deve causar admiração que goste tanto de pormenores quem, como eu e ao contrário de outros, não tem gabarito intelectual e político para delinear linhas mestras para uma «refundação democrática» nem tem no bolso nenhuma receita instantânea, rápida e «credível» (o envenenado adjectivo que alguns à esquerda usam objectivamente a favor da política de direita) para a alternativa que faz falta.

Hoje gosto do pormenor inserto em peça do Público, baseada numa auditoria do Tribunal de Contas,  sobre a compra de 12 helicópteros Puma (para as Forças Armadas) de que «em 2001 [então não nos bombardeavam com a crise e a dívida], o Estado contratualizara por 10 helicópteros o pagamento de 244 milhões de euros. Em 2012, feitas todas as contas, os mesmos 10 helicópteros representam um custo de mais de  364 milhões» ; (...)«Três anos após a entrega do primeiro helicóptero - 2008 - já havia notícia de aparelhos em terra por falta de manutenção. Isto porque a entidade encarregada da manutenção - Defloc - não recebia do Ministério da Defesa  as verbas necessárias para pagar as reparações e substituições de peças»;(....) As críticas feitas pelo TC atingem  uma sucessão de ministros da Defesa, tanto do PS como da coligação de direita».

Parafraseando uma perversa afirmação que  têm sido muito atirada à cara dos cidadãos, é caso para dizer  alguém andou a desleixar-se acima das nossas possibilidades.

5 comentários:

  1. Responsáveis,Rigorosos e Competentes os partidos do arco do governo.PQP e Prisão com eles,com trabalhinhos a partir pedra até ao fim da p*** da vida deles.E confiscação daquilo que roubam!!!!!Mais nada.

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  2. Gostei francamente! Especialmente da ironia bem afiada!
    Tanto a primeira, como a segunda. Ironias, claro!

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  3. Eu recuso-me a tecer comentários e este textos maldosos que se acusam cidadãos acima de qualquer suspeita — que por acaso foram ou são ministros — de se desleixarem acima das suas possibilidades.

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  4. Já que inventaram a "factura virtual" do SNS (sem qualificação para não usar português vernáculo) poderiam começar a enviar "recibos virtuais" para que cada um de nós saiba o que está a pagar a mais por estes "desleixos".

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  5. Desleios indesculpáveis ou aproveitamentos?

    Um beijo.

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