próprios não saberem
Reafirmando que não emitirei qualquer opinião ou comentário directo sobre confrontos de opinião publicamente em curso no BE, designadamente em volta da futura liderança (unipessoal, bicéfala, tricéfala ou colectiva), não posso deixar de registar que tenho visto membros daquele partido referirem, com aparente acerto, que será a próxima Convenção do Bloco a decidir sobre tal matéria.
Acontece que o que eu e qualquer pessoa que vá aqui lerá nos Estatutos actuais do Bloco é o seguinte :
Resumindo: se estes são de facto os Estatutos em vigor no BE, e sem exprimir qualquer juízo de valor sobre as soluções consagradas, não vejo que, com eles, a próxima Convenção do BE possa eleger qualquer líder ou coordenador (palavra esta que aliás nunca aparece nos Estatutos) e não percebo, face a estes Estatutos, o que é «a candidatura ao cargo» de que hoje fala Daniel Oliveira em post no «arrastão».
Adenda: na caixa de comentários, Daniel Oliveira esclarece que «Nas últimas convenções decidiu-se que o primeiro da lista mais votada é coordenador da comissão política. Foi uma decisão política que, erradamente, na minha opinião, não teve tradução estatutária. Mas foi criado o cargo e convencionado que a ele corresponderia o primeiro da lista mais votada para a Mesa Nacional.(...)».
Como se compreenderá, alguém exterior ao Bloco não tinha obrigação de saber o que Daniel Oliveira conta e que não consta dos documentos de fácil acesso público do Bloco.
Adenda: na caixa de comentários, Daniel Oliveira esclarece que «Nas últimas convenções decidiu-se que o primeiro da lista mais votada é coordenador da comissão política. Foi uma decisão política que, erradamente, na minha opinião, não teve tradução estatutária. Mas foi criado o cargo e convencionado que a ele corresponderia o primeiro da lista mais votada para a Mesa Nacional.(...)».
Como se compreenderá, alguém exterior ao Bloco não tinha obrigação de saber o que Daniel Oliveira conta e que não consta dos documentos de fácil acesso público do Bloco.
Ideologia confusa, organização desordenada, rumo incerto, unidade fragilizada.
ResponderEliminarAguarde por Novembro, o BE apesar de jovem já passou por várias crises, e sempre as ultrapassou.
EliminarIdeologia confusa, realmente no BE, não há "ideias justas " "nem ideias únicas".....
Organização desordenada, talvez tenha razão em parte, mas felizmente que no BE, não existe o famoso "centralismo burocrático"
Rumo incerto... só se trair o povo que nele tem confiado.
Unidade fragilizada, é natural onde existe uma total liberdade de expressão, e onde ninguém é punido por ter opiniões diferentes da maioria, a unidade não seja um bem em si,importante é conseguir essa unidade num consenso , em que as opiniões minoritárias também se possam fazer ouvir.
"...onde ninguém é punido por ter opiniões diferentes da maioria..."
EliminarTem mesmo a certeza? Quer que lhe dê o número de telefone da Joana Amaral Dias, para lhe poder perguntar o que acha?
Estou a brincar! Não tenho o número dela. :-) :-) :-)
Augusto,
EliminarNão se abespinhe que me limitei a citar factos que, aliás, a sua resposta confirma. E nem sequer fui assim tão agressivo como alguns militantes do BE são em relação ao PCP. Leia, por exemplo, alguns dos comentários do 5dias ou medite sobre a sua referência ao "centralismo burocrático" ou as diversas insinuações que lança.
Sobre o rumo incerto, basta que recorde os antigos e recentes apelos à aliança com o PS, ajudando a branquear o papel do PS e as políticas que aplicou e apoia.
Nas últimas convenções decidiu-se que o primeiro da lista mais votada é coordenador da comissão política. Foi uma decisão política que, erradamente, na minha opinião, não teve tradução estatutária. Mas foi criado o cargo e convencionado que a ele corresponderia o primeiro da lista mais votada para a Mesa Nacional. Logo, o candidato tem sido sempre o primeiro da lista. A candidatura é isso. Sabermos quem são as pessoas disponíveis e, no Bloco, onde há várias listas, saber quem lidera as várias. Também não acho que seja a forma mais natural de fazer as coisas, mas a política não é perfeita.
ResponderEliminarComo disse Jerónimo de Sousa( que já foi mal interpretado) eu também penso que o líder não é o mais importante, porque importante é a luta e o coletivo. Quanto ao funcionamento interno do Partido é com ele, os militantes e os estatutos. Não comento.
ResponderEliminarUm beijo.