Miguel Tiago , deputado do PCP, na AR :(...) Essa modernidade, de mais exploração, menos salários e mais horário, é a
modernidade dos patrões, a modernidade dos que não sabem o que é viver com os
rendimentos do trabalho próprio, a modernidade dos senhores do dinheiro e do
Governo.
É a modernidade dos que nunca saberão o que é viver sem estabilidade laboral, dos que nunca precisarão de esperar nas filas do centro de saúde ou do hospital, nas filas de um centro de emprego, dos que não precisam de acção social escolar, dos que engordam os lucros à custa do empobrecimento dos outros. Essa modernidade é o passado que os portugueses já venceram e certamente tornarão a vencer agora.
É contra esse regresso ao passado, essa modernidade bafienta, que os trabalhadores portugueses erguerão já hoje os piquetes para a greve geral de amanhã e contra essas políticas negarão um dia de trabalho, um dia de salário, mas também um dia de exploração.
É a modernidade dos que nunca saberão o que é viver sem estabilidade laboral, dos que nunca precisarão de esperar nas filas do centro de saúde ou do hospital, nas filas de um centro de emprego, dos que não precisam de acção social escolar, dos que engordam os lucros à custa do empobrecimento dos outros. Essa modernidade é o passado que os portugueses já venceram e certamente tornarão a vencer agora.
É contra esse regresso ao passado, essa modernidade bafienta, que os trabalhadores portugueses erguerão já hoje os piquetes para a greve geral de amanhã e contra essas políticas negarão um dia de trabalho, um dia de salário, mas também um dia de exploração.
Dizem-nos que acatar as medidas de austeridade, que acatar os roubos, que
aceitar passivamente a destruição do nosso país, que emigrar, que desistir são
as únicas soluções.
Que se aceitarmos o sacrifício agora, um dia melhor virá. Mas engana-nos e mente quem tal nos diz. A situação nacional demonstra precisamente o inverso: quanto maior for a aceitação destas medidas, mais ávidos e ferozes serão os que delas beneficiam.
Quanto mais submissos forem os Governos, quanto mais conformados estiverem os idosos, os jovens, os homens e mulheres que trabalham, mas longe irão os grandes grupos económicos na sua marcha de supressão de direitos, de exploração e de afundamento do país. É tão simples quanto olhar à nossa volta.
Que se aceitarmos o sacrifício agora, um dia melhor virá. Mas engana-nos e mente quem tal nos diz. A situação nacional demonstra precisamente o inverso: quanto maior for a aceitação destas medidas, mais ávidos e ferozes serão os que delas beneficiam.
Quanto mais submissos forem os Governos, quanto mais conformados estiverem os idosos, os jovens, os homens e mulheres que trabalham, mas longe irão os grandes grupos económicos na sua marcha de supressão de direitos, de exploração e de afundamento do país. É tão simples quanto olhar à nossa volta.
Tanto assim é que apenas o caminho contrário se mostra como solução: o
caminho da luta, da valorização do trabalho e da produção nacional, do respeito
pelos trabalhadores portugueses, de mais e melhor preparação dos jovens para a
vida ativa, de mais cultura e de aprofundamento da democracia.
São esses os eixos de uma política necessária, de uma política patriótica ao
serviço do povo que assuma o fim da ocupação nacional, que resgate a soberania
nacional e devolva o poder ao povo. São esses os eixos absolutamente
fundamentais para romper com o caminho de destruição, de afundamento, para
reganhar das garras dos que enriquecem na sombra, na corrupção, na exploração,
no roubo, o futuro e o presente do nosso país.
São esses os eixos que já amanhã, já hoje, todos os trabalhadores portugueses
começam a construir ao assumir a luta como arma. São esses os pilares sobre os
quais se edifica um país: trabalho, democracia e direitos e não roubo, corrupção
e submissão. São esses os pilares que, com as suas armas, com a sua greve geral
e tantas outras lutas, os trabalhadores portugueses erguerão.
Daqui deixamos um apelo, nas palavras do poeta “nada deve parecer impossível
de mudar».
Nada é impossível de mudar.»
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