25 junho 2015

Puro encanto com a tunisina

Dorsaf Hamdani
canta Barbara & Fairouz

 

Despenalização do aborto

Eles têm mau perder
e não desistem


Porque não um "C" de
culpa na lapela da mulher?





a ler aqui o post integral de Ana Matos Pires

P.S.: Para quem não se recordar, lembro que esta ideia da ecografia vista pela mulher foi intensamernte discutida e derrotada na altura da aprovação da lei após referendo, pelo que voltar a ela agora é mesmo querer rever a lei em vigor.

Mudança de nome

Francisco Lagarde Assis



«(...) Nessa perspectiva poderemos afirmar que o principal erro cometido até agora pelo Syriza foi o da opção pela permanência numa espécie de estado infantil . (...)»

- Francisco Assis, hoje no Público

24 junho 2015

Nos 80 anos da sua morte

Recordando Carlos Gardel






Primárias no Livre

Olha a surpresa e
abstenção de 72,6% !

As primárias num partido como o Livre (emprestando a sua sigla ao Tempo de Avançar)  tem uma singular característica que julgo ainda não ter sido sublinhada: é que mostram que só são possíveis num partido que ambiciona quando muito a um ou dois deputados  na AR pois podem conduzir, por bambúrrio, a que o partido não tenha um único deputado que seja economista ou jurista, qualificações muito necessárias num grupo parlamentar. Por outro lado, e como se vê, é evidente que são escolhidos os mais conhecidos pelos médias e pela opinião pública, o que significa que, por este sistema, pode haver um cidadão de enorme competência e qualificação mas sem projecção mediática que nunca seria escolhido. No fundo, em boa verdade. são os médias que, de alguma forma, determinam os candidatos de quem faz primárias para candidatos a deputados. Finalmente, a avaliar pelo baixo grau de particicipação nas primárias do Livre (27,6%), e era possível votar presencialmente, por mail e por correio, parece que a «cidadania» anda um bocado preguiçosa.

Os Estados Unidos e ...

 ... o seu respeito pelos aliados




aqui

mas Pessin não parece muito indignado... 

23 junho 2015

Mais Camarate ou...

... reavivando a memória
 TSF
Eu sei que o assunto «Camarate» há decadas que já nos causa enjoo e náusea mas hoje tivémos aquela notícia acima da TSF (não me parece que aquele «os deputados» vá corresponder à verdade) e também uma extensa peça no Público que refere que «Os deputados consideram que a queda do Cessna se deveu a um atentado. Já em 1991, por maioria PSD/CDS, tal foi a posição assumida pela IV comissão parlamentar de inquérito e, quatro anos depois, em 1995, a mesma conclusão foi aprovada por unanimidade dos grupos políticos participantes»,( o que é falso porque o PCP nunca aprovou as alineas dos relatórios que sancionavam e davam como boa a tese do atentado).
Julgo por isso oportuno republicar um crónica que publiquei no Avante! de 24 de Novembro de 1995 e que ilustra uma das estranhas peripécias que marcaram a actuação de uma das comissões parlamentares de inquérito
A amostra 7



«Só os condicionamentos derivados de o «Expresso» ser propriedade de Francisco Pinto Balsemão e de este antigo Primeiro-Ministro ser um alvo habitual dos defensores da tese do atentado contra Sá Carneiro pode explicar que uma autêntica «cacha» daquele semanário sobre o despacho do Ministério Público que promoveria o arquivamento do processo de Camarate tivésse sido estranhamente desterrada para a página 19 da sua última edição, em vez de gozar da merecida honra de primeira página.

Como registo absolutamente objectivo e que não comporta nenhum juizo de valor nem nenhuma opinião sobre o fundo da questão, é caso para dizer que é pena que assim tenha sido, até porque todos os que ao longo de anos, e mais recentemente com particular intensidade no ínicio do més de Junho deste ano, fomos impiedosamente massacrados com a tese do atentado e em especial com a história do fragmento dos destroços do avião em que teriam sido detectadas substâncias explosivas deveriamos ter o direito à mais larga divulgação do que o « Expresso» afirma serem as diferentes conclusões do Ministério Público.


E segundo o «Expresso», o Ministério Público, no referido despacho, concluiria, nem mais nem menos, que a presença das tais substâncias explosivas no célebre fragmento ( processualmente identificado como a amostra 7 ) « resultaram de uma "contaminação química acidental " posterior à queda do avião e resultante da forma pouco cuidada como foi recolhida e analisada a amostra » . Aquele semanário salienta ainda que desde a reabertura do processo, em Maio, todos os esforços da investigação judicial se concentraram no apuramento do real significado da detecção de nitroglicerina, DNT e TNT resultados em apenas uma amostra do avião, sendo certo que mais nenhuma teve estes.» . Acrescenta que «o quadro factual que rodeou a recolha e análise desta e de outras amostras foi analisado pelo FEL ( o departamento britânico Forensic Explosives Laboratory) e é classificado como fortemente propiciador de uma contaminação. A amostra foi recolhida numa deslocação da comissão parlamentar ao hangar do aeroporto (...) e em que participaram mais de uma dezena de pessoas ( entre deputados, jornalistas e peritos ) que mexeram nos destroços sem qualquer controlo ». Mais : um dos peritos teria levado as amostras para o seu local de trabalho que «efectua testes com explosivos » , «onde estiveram oito dias , e depois para sua própria casa » com vista a serem fotografadas. Mais ainda : no Laboratório de Polícia Científica da PJ , «as amostras estiveram num armário onde normalmente são guardados vários objectos e também explosivos. E o próprio director do laboratório, (...) fez uma descrição das péssimas condições de trabalho: usam-se batas lavadas semanalmente, não há controlo de acesso de pessoas , nem despistagens periódicas de contaminações (...) . Ao lado do laboratório fazem-se testes de balística e nos armários são frequentemente deixadas substâncias explosivas.».


Dito isto, nenhuma confusão : não sabemos, não temos nenhuma obrigação de saber ( e sempre achámos idiota que uma comissão parlamentar tivésse que ter opinião numa matéria destas) se Camarate foi acidente ou atentado.

Mas se existem as conclusões e o registo de factos que o «Expresso» atribui ao Ministério Público, então alguém vai ter de contar melhor uma história que até aqui está manifestamente mal contada.»

O mais importante está no sublinhado

 Como vivem ?


 «(...) O subsídio de desemprego na sua versão normal não está disponível para todos. É preciso estar inscrito nos centros de emprego do IEFP, ter perdido o emprego de forma involuntária e ter descontado para a Segurança Social pelo menos durante 12 meses. Em alguns casos, quando não têm outros rendimentos ou quando o tempo de inscrição não chega ao mínimo exigido, os desempregados podem receber subsídio social de desemprego nas suas várias modalidades. Em Maio, cerca de metade dos 554 mil inscritos no IEFP não tinha direito a qualquer protecção

Público de hoje

Só para quem tiver estômago para isso

Esqueletos com 70
anos saem do armário



Lembro apenas que a NPR
é a rádio pública dos EUA.


a ler aqui

22 junho 2015

E esta noite

Recordando três
músicos dos Delta Blues *







 
 
(*) -«La région du delta est le berceau du blues. C'est dans les plantations de cotons qu'est né le blues au début du siècle voir même vraisemblablement à la fin du 19ème siècle. Les véritables pionniers n'ont pas eu la possibilité d'enregistrer et sont restés complètement inconnus. W.C. Handy fut le premier à écrire des partitions de blues en transcrivant les chants de travail qu'il avait entendu. Dès les années 30, Alan Lomax sillonna les états du sud à la recherche de musiciens qu'il enregistra pour le compte de la bibliothèque du congrès. Parmi ses découvertes, il y avait notamment Leadbelly, Blind Willie Mac Tell, Honeyboy Edwards, Son House et un certain Mac Kinley Morganfield (Muddy Waters). Parmi les autres pionniers de cette époque ayant eu la chance d'enregistrer, les plus représentatifs sont Skip James, Bukka White, Tommy Johnson, Tommy Mac Clennan, Willie Brown, Sonny Boy Williamson II, Elmore James et surtout Robert Johnson et Charley Patton qui sont aujourd'hui devenus des musiciens mythiques si on peut employer cette expression pour des bluesmen. Certain de ces pionniers ont fini par trouver une reconnaissance nationale et internationale avec le blues revival dans les années 60.

Le delta blues est une musique rurale profonde et authentique avec des textes souvent remplis de métaphores. C'est une forme de musique intense et poignante qui révèle de fortes personnalités. Contrairement à ce que peuvent penser certains, le delta blues est généralement électrique parfois même sur-amplifié et métallique. C'est une musique très rythmique, généralement peu sophistiquée et utilisant un minimum d'accords (le meilleur exemple est sans doute Junior Kimbrough) avec un son très "brut de fonderie" (T-Model Ford, Elmo Williams). Le bottleneck y était très copieusement utilisé (le delta a fourni quelque grands maîtres de la slide guitare comme Elmore James et Fred Mac Dowell), c'est moins vrai aujourd'hui. La guitare reste l'instrument de base dans ce style de blues rural souvent marqué par un manque de moyens. L'harmonica y trouve sa place mais pas le piano et encore moins les cuivres. Des instruments comme le fifre ou la diddley bow (sorte de guitare à une seule corde) sont de moins en moins joués.


Malheureusement, la plupart des musiciens de delta blues sont aujourd'hui très âgés (Honeyboy Edwards, Robert Lockwood), quelques uns nous ont quitté récemment (Roosevelt "Booba" Barnes, "Junior" Kimbrough, Lonnie Pitchford, Jack Owens, Frank Frost, Willie Foster) et les têtes d'affiche ont la bonne soixantaine (Big Jack Johnson, Sam Carr, Robert "Bilbo" Walker, Robert Belfour). John Weston est l'un des rares à jouer acoustique. Même s'il demeure une grande tradition familiale (par exemple, R.L. Burnside joue avec son petit fils Cédric à la batterie) et malgré les efforts de formation de Johnny Billington, il y a aujourd'hui malheureusement peu de jeunes pour perpétuer la tradition. Ils sont généralement plus attirés par des formes de musiques plus urbaines et plus contemporaines comme le rap.

Quand on voit en 1999, que R.L. Burnside arrive à remplir le New Morning, on se met à espérer que le delta blues a peut être encore de beaux jours devant lui…»