28 novembro 2012

Ignorância atrevida ou...

... perplexidades de
um cidadão mal informado


Ficam os leitores avisados de que este post pode ser filho de uma ignorância cavalar e que até tremo só de entrar nos terrenos da competência do reputado especialista em transportes que é o Eng. Nunes da Silva, vereador da Câmara Municipal de Lisboa. Acontece, porém, que face à quantidade de coisas que as notícias na imprensa não explicam, eu acho que cidadãos comuns como eu têm direito a certas perplexidades. Assim sendo, pergunto, por exemplo: se o controlo destas projectadas restrições e excepções vai ser confiado a câmaras de filmar, têm estas algumas condições para, pela matrícula, perceber se um condutor é comerciante ou habitante em Lisboa ? E se não é por câmaras de filmar, vai haver no centro da cidade, uma série de postos físicos de controlo em que funcionários da CML pedem aos condutores documentos comprovativos de que  habitam em Lisboa  ?

E hoje a banda irlandesa

Altan




ThistleRadio's 
100 Essential Celtic Songs aqui

Se é assim...

... alguém andou a
mentir descaradamente




Somos todos ouvidos, dr. Miguel Macedo !

27 novembro 2012

Para gravar na memória ou...

... há sempre alguém que resiste !


«(...)Este é na verdade o pior Orçamento de que há memória. É um Orçamento que não resolverá nenhum dos problemas nacionais, que agravará a dívida pública e que terá devastadoras consequências no plano económico e social, com os cortes no investimento, com a quebra dos rendimentos dos trabalhadores e dos reformados, com o empobrecimento da generalidade da população, com a falência das micro, pequenas e médias empresas, com os cortes nas funções sociais do Estado. É um Orçamento de recessão, de falências, de desempregados, de famílias insolventes, de abandono escolar, de empobrecimento e miséria, de jovens forçados a emigrar.
Numa situação já marcada por uma profunda recessão de oito trimestres consecutivos, por um desemprego sem precedentes e em crescimento, por um generalizado processo de regressão social e de empobrecimento dos portugueses, este Orçamento é um ato de agressão contra o povo e o país.
O IRS conhece o maior aumento de que há memória. São reestruturados os escalões de forma a penalizar mais duramente os rendimentos mais baixos e a taxar as camadas intermédias como se fossem grandes fortunas, são reduzidas as deduções com a habitação, a saúde e a educação, e é imposta a infame sobretaxa de 3,5% a todos os contribuintes que foi a forma encontrada pelo Governo para confiscar um mês de salário aos trabalhadores e aos reformados. A política tributária deste Governo é muito simples. Os ricos pagam como se fossem pobres e os que se tornam pobres pagam como se fossem ricos.(...)» . Mais aqui.

Passos, Portas, Gaspar e Cª

C de chupistas,
c de cobardes


Independentemente de outras considerações e análises sobre o fundo da questão, a verdade é que não se pode deixar de registar que o governo saliva só a pensar na ideia de beneficiar do que acaba de ser concedido à Grécia, ou seja aparentemente  o mais tempo e menos juros que sempre se recusou a reclamar, mas jamais foi capaz de fazer alguma coisa por isso e Passos Coelho até declarou há dias que não se conhecia nenhum caso de alguém que não tivesse cumprido os objectivos acordados e, em renegociação, tivesse obtido melhor. Chupistas e cobardes, é o que são.

E hoje foi assim







Hoje



26 novembro 2012

Editorial do "New York Times"

Quatro anos depois da
promessa incumprida, será desta ?






ler o resto aqui

Estudo da União Europeia

A crise e o seu impacto nas
discriminações no trabalho





na íntegra
aqui

Sondagem do «i» hoje

Breve história de uma ingratidão


Passos Coelho acabou declarar que confiava na inteligência dos portugueses. Fez bem, agora só lhe falta tirar as conclusões da inteligência destes 62,1,%.

Finalmente escrevo sobre ...

... os malefícios do (aumento
de impostos sobre o) tabaco


Sim, este post, de todo em todo politicamente incorrecto, representa a conversão em texto escrito de algo que há muitas décadas sempre formulei em termos de desabafo ou conversa de café.
Ou seja, eu sei que o tabaco é um vício terrivelmente perigoso para a saúde e sou obviamente favorável a que o maior número possível de cidadãos abandone ou não se inicie nesse vício.
Mas sempre me revoltou a impunidade com que todos os governos sempre aumentaram o tabaco protegidos pela não pequena censura social sobre esse vício e pela correspondente intimidação psicológica das vítimas desses aumentos.
E, por isso, digo agora finalmente por escrito o que nunca tinha dito antes por esta forma: os aumentos do tabaco ou dos impostos sobre ele  nunca foram decididos por carinho ou preocupação com a saúde pública ou com a  dos fumadores mas precisamente porque quem os decide sabe melhor do que ninguém que, tratando-se de um vício, a procura do tabaco é relativamente rígida.
Enfim, desculpem lá, mas os fumadores têm tanto direito de protestar contra estes aumentos como todos temos de protestar contra outros.

"Vamos supor" ?!!!

A coelheira não tem janelas,
está sem luz e insonorizada

«(...) Vamos supor que eles têm razão.
Vamos supor que estamos a atingir
 o limite das nossas possibilidades,
que as pessoas não aguentam
estas medidas.(...)»

«Claro que hoje sabemos que
quem mais acesso tem à televisão
e quem mais vocalmente contesta
 o que estamos a fazer
são aqueles que têm mais».

Passos Coelho no Funchal

25 novembro 2012

Para o seu domingo

Willie Dixon e 
The  Mississippi Blues Project                                                                                                                                        




mais aqui

Se for só parvoíce..

...ou diz-me como ilustras,
dir-te-ei o que tens na cabeça


hoje, no DN online

24 novembro 2012

Pergunto franca e indignadamente

Estão doidos ou quê ?


É um perfeito mas significativo absurdo que o ministro da Administração Interna tenha decidido pedir  à Procuradoria-Geral da República  um parecer  sobre se a PSP pode exigir o acesso a imagens não editadas das televisões. É   óbvio e mete-se pelos olhos adentro que não pode. Primeiro, mesmo que a RTP seja uma empresa pública isso não pode fazer dela uma dependência do MAI ou da Polícia, continuando sempre  ser um órgão de comunicação social protegido por legislação e garantias específicas. E, segundo,  aceder a imagens   não editadas de televisões seria exactamente a mesma e abominável coisa que exigir a um jornalista que forneça os seus cadernos de notas ou as fracções de texto que resolveu não incluir nas peças que escreveu e assinou. Há perguntas ou pedidos de parecer que nem se fazem.

Era o que faltava ! Tomem chá de tília ! 

Porque hoje é sábado (300)

Carla Marciano


 A sugestão musical de hoje distingue
 a saxofonista italiana Carla Marciano

(e o seu Quarteto),
 cujo último álbum se intitula
 
Stream Of Consciousness.

Preceding/Inner blast


23 novembro 2012

O PCP e o trabalho precário

As contagens que o Público não fez



Numa pergunta da entrevista a Jerónimo de Sousa hoje publicada, o Público afirma que «nas teses [para o seu XIX Congresso], o PCP só tem um parágrafo sobre trabalho precário», querendo com isso obviamente insinuar que o PCP não presta a devida atenção ao problema.

Ora, devem os leitores ficar a saber que nesse parágrafo se afirma o essencial, ou seja que «A  precariedade dos vínculos laborais é especialmente grave: gera instabilidade no trabalho e na vida, fomenta o desemprego, agrava a exploração. A luta contra a precariedade expressa-se por objectivos reivindicativos concretos nos locais de trabalho, apoiados por acções mais gerais de denúncia e sensibilização pública. A sindicalização e organização dos trabalhadores em situação de vínculo precário é vital para a sua inserção na luta e para favorecer a unidade de classe entre os trabalhadores.»

Em matéria de pesquisas e contagens, já agora devem os leitores ficar a saber que há uma que o Público não fez: é que a palavra ou termo «precariedade» aparece no texto 21 vezes.

Mas muito mais importante que estatísticas sobre palavras ou parágrafos, teria sido se os jornalistas entrevistadores tivessem feito previamente uma viagem informativa e uma contagem às múltiplas iniciativas legislativas que, desde há imensos anos, o PCP vem apresentando para combater esse perverso fenómeno que agride profundamente a vida de mais de um milhão de portugueses e representa, nas suas consequências práticas, uma grave lesão ao exercício dos seus direitos democráticos enquanto trabalhadores.

Contra um crime infame

Um grande
combate do nosso tempo






Aqui têm números mas na verdade têm nome, rosto, história de vida, filhos. E olhos que nos olham e interpelam agora.

22 novembro 2012

Fim de dia com

Lord Huron





Desde principio que se estava a ver...

Porque a memória é curta, 
repito este lembrete antigo




post de 27 de Junho de 2012

A este respeito, é bom recordar o que o PCP
 disse aqui e aqui
E, por causa da tosse, leia-se
 ainda 
aqui o seguinte:


Contagem de votos nos EUA

Maravilhas do país
de Silicon Valley




On Thursday (a seguir à votação), more than a hundred people — activists, high school students who worked for months to register voters, and voters who said they were forced to use provisional ballots — protested outside the election center

Arizona’s Ballot Count Fiasco


Aqui: «By the end of today, Arizona will have finally finished counting all of its ballots from the election that took place more than two weeks ago. More than a quarter of the roughly 2.2 million votes were cast as early or provisional ballots, and the delay in getting them all counted has stirred great controversy in state in which people of color have grown accustomed to dirty tricks. Some watchdogs charged that Latinos were being targeted for disenfranchisement, but as more and more of those ballot were tallied, it became increasingly apparent that all sorts of voters have had to wait for their ballots to be counted. Still, the last two weeks have illustrated that Arizona needs to revamp the way it conducts elections.(...).

Por fim, só acrescentar que no país tecnologicamente mais avançado do mundo, a exemplo do que aconteceu em 2008, os resultados finais definitivos da última eleição presidencial deverão demorar mais quatro ou cinco meses a serem conhecidos.

P.S.: Enquanto isto e a uma escala que nenhum europeu podia supor, proliferam nos EUA os sites, ora de republicanos ora de democratas, denunciando fraudes alheias, com destaque para os estranhos casos em que, em diversas assembleias de voto de certos condados, um dos candidatos teve zero votos.

21 novembro 2012

Palavras de administrador

Quem me manda a mim
ter caído 
em pequenino
no caldeirão da ingenuidade



na primeira página do i de hoje

Tendo caído em pequenino no caldeirão da ingenuidade e supondo que o administrador da Siemens viva em Portugal, preparava-me eu para advertir que talvez, na primeira curva da estrada, tivéssemos o senhor administrador a protestar contra a insegurança  e falta de polícias nas ruas, contra a falta de professores para lhe ensinar os filhos, contra a falta de médicos e enfermeiros que lhe cuidem da saúde de si e da família, contra a degradação dos múltiplos serviços que lhe são prestados pela administração local, and so on, so on, so on.

Mas parei a tempo. Nas minhas debilitadas meninges acendeu-se um raio de luz que me mostrou que o senhor administrador da Siemens,m pelos vistos nada ralado com esta má publicidade para a marca,  ao contrário de 98% dos portugueses, há-de ter meios e capim suficientes para resolver isso tudo pagando no privado.

O campeão do descaramento

Se Vexa está amnésico,
muitos de nós não !



As mais jovens gerações podem não ter visto isso mas ainda somos às carradas os portugueses que bem nos lembramos como na década de 85 a 95, sob o ilustre magistério governativo do actual PR, se afundou boa parte da agricultura portuguesa a troco de uns cobres europeus, se procedeu a um vasto abate da nossa frota de pesca e se acelerou a desindustrialização do país.

E, agora, o inenarrável personagem vem-nos dizer que a culpa é de um «estigma». Ao menos, cale-se e vá cuidar dos netos !

O parlapié do senhor Selassié

Eternamente gratos, senhor Selassié..



Como Daniel Oliveira bem assinala, agora temos este senhor do FMI a intervir e interferir descaradamente no debate político nacional. Talvez poderes de governador-geral da colónia...


... o pior é que não somos parvos.


JN de 25.11.2011

20 novembro 2012

Submarinos e contrapartidas

Confesso que desisti de perceber



Chamem-lhe preguiça, falta de conhecimentos ou de estudo mas confesso que desisti de perceber seja o que for sobre o caso das contrapartidas dos submarinos que está agora, ao fim de anos e anos, em julgamento.

Desde logo, acho uma graça imensa aos advogados dos réus que vêm agora dizer que a celebração de um novo contrato anularia todas as acusações relativas ao processo do contrato antigo. Percebo que é para isso que são pagos mas não percebo como é que, juridicamente, um novo contrato  pode anular acusações de «burla qualificada» e «falsificação de documentos».

Depois vejo que o novo contrato abrange a recuperação de um hotel no Algarve e fico a perguntar de quem é o hotel e se vai haver uma espécie de bodo aos pobres hoteleiros.

A imprensa relembra-me também que houve 19 projectos de contrapartidas que «nunca saíram do papel» mas na lista dos réus não me parece que figure alguém dos muitos que, representando os interesses do Estado, terão andado a dormir na forma.


Tudo visto, despeço-me do assunto sentenciando que os submarinos estarão à tona de água mas a defesa do interesse público há muito que submergiu.

Combatentes de sofá

As conquilhas
continuam estragadas



No i, o blogger socialista Tomás Vasques, escrevendo sobre a greve geral e os incidentes frente à AR, salienta a dado passo:«(...)Isto significa que, nos dias difíceis em que vivemos, com elevado capital de queixa de uma imensa maioria de portugueses, a pesporrência da CGTP e do PCP e a “necessidade estratégica” de aparecerem como os únicos “donos da rua”, objectivamente, constituem um travão à participação e à envolvência de muita gente. Mas, não foi, também, porque a “greve geral” eclipsou-se, pelo menos mediaticamente, a favor de um reduzido grupo de manifestantes – duas dezenas, se tanto – que durante mais de uma hora, com transmissão televisiva em directo, apedrejaram o cordão da polícia incumbido de defender a Assembleia da República, e a carga policial a que esse apedrejamento deu azo. Jerónimo de Sousa disse, na sexta-feira, que “ao governo, à classe dominante e à comunicação social deram um jeitão os incidentes em frente à Assembleia da República” – o que é apenas meia verdade. A outra meia verdade é que ao governo (a este, aos anteriores e aos que hão-de vir) dá um jeitão o autismo e a pesporrência do PCP e da CGTP.»

Depois de devidamente citado este naco de prosa insuperavelmente pesporrente, talvez convenha dizer a Tomás Vasques o seguinte:

- que, quando avalia, aliás muito por baixo como era de esperar de tal teclado, os resultados da greve geral, talvez fosse sério ter em conta que no país em que ele e eu vivemos há mais de um milhão de precários, com tudo o que isso significa de real limitação ao livre exercício do direito à greve;

- que, quando fala não sei o quê sobre os querem ser «donos da rua», parece estar esquecido de duas coisas: uma é que basta rever mentalmente todas as grandes manifestações já ocorridas para se saber que assim não tem sido; e a outra é que decorre explicita ou implicitamente do discurso da CGTP o considerar um bem precioso a mais ampla convergência na luta e no protesto dos mais vastos sectores  e camadas sociais que fôr possível mobilizar;

- e que, por mim , militante do PCP e apoiante da CGTP, não tenho nada a opôr a que, dando por uma vez o corpo ao manifesto, a UGT e o PS ocupem combativamente as ruas, assim contribuindo para a «envolvência de muita gente».

Em conclusão, estou farto de ver este filme cínico e hipócrita: os que não lutam entretidos a ladrar contra os que lutam.

19 novembro 2012

Jack Dion na "Marianne"

Claro, esse temível dragão
chamado «custo do trabalho» !

Em 18 países da Zona Euro só três tem custos de trabalho 
mais baixos que Portugal


Les dévots de La pensée mythique


«Quel est le point commun à ces éminences du clergé médiatique que sont Christophe Barbier, Nicolas Beytout, Dominique Seux, François Lenglet, Jean- Marc Vittori, Franz-Olivier Giesbert, Erik Izraelewicz, Eric Le Boucher, Yves de Kerdrel et consorts ? Nonobstant leurs différences, ils ont fait du « coût du travail » leur cible unique.  


Nos Excellences ne prennent du rapport Gallois que ce qui les intéresse pour fonder le raisonnement suivant : si la France va mal (et c’est le cas), si son industrie s’est rabougrie (et c’est la réalité), si elle exporte moins (et cela ne se discute pas), c’est parce que le travail coûte trop cher. En vertu de quoi, une économie massive sur les « charges » (qui sont la partie du salaire consacrée aux cotisations sociales ) devrait remettre la machine en marche et la faire repartir comme par miracle. Amen. 

  
On entend cette petite musique du matin au soir, sans que personne parmi les membres du chœur susdit s’interroge le moins du monde sur les carences d’un tel raisonnement. S’il suffisait de baisser les charges pour relancer les investissements industriels, cela se saurait puisque c’est déjà le système en vogue pour les bas salaires. Si la compétitivité était indexée sur le faible niveau des salaires, la Grèce, l’Espagne et le Portugal devraient figurer dans le top du top. Si les cadeaux aux entreprises sans contre partie permettaient de stimuler le made in France, Arnaud Montebourg serait le premier à brûler un cierge pour fêter l’événement


Les hauts dignitaires de l’Eglise médiatique ne rentrent pas dans ce genre de considérations. Le coût du travail est leur nouveau mantra, et nul ne les fera dévier de leur mission évangélisatrice. Habitués à se tromper, ils persistent et signent. Tout comme ils étaient pour le traité  de Maastricht en 1992, pour le traité européen en 2005, pour le nouveau traité européen signé par François Hollande, ils sont pour la version « coût du travail » du choc de compétitivité, notion imposée dans le débat public par les tenants de l’orthodoxie néolibérale grâce aux tergiversations d’un PS qui ne sait plus sur quel pied idéologique danser. 

  

Les maîtres à (bien) penser ne parlent jamais du coût du capital, du coût des dividendes, du coût de la rente, du coût des délocalisations, du coût des fuites de capitaux, du coût des placements financiers, ou même du coût de la niche fiscale dont ils bénéficient en tant que journalistes. En revanche, le coût du travail salarié, cela les révulse au plus haut point, et ils n’hésitent pas à monter en prêche pour appeler les malheureux à se sacrifier en place publique. Au passage, ils en oublient les voix iconoclastes faisant remarquer qu’il ne faut pas mettre dans le même panier grandes et petites entreprises, et que la compétitivité dépend aussi de l’effort de recherche, de l’innovation, du financement des banques ou du patriotisme industriel, sans lequel nul ne peut résister aux conséquences de la mondialisation sauvage. Pour la nouvelle cléricature, ces considérations impies sont vouées au grand bûcher de l’Inquisition. 

  

Quelqu’un a dit : « La difficulté n’est pas de comprendre les idées nouvelles, mais d’échapper aux idées anciennes. » Il s’appelait Keynes. Encore un hérétique. »

Israel e o Hamas

Passou muito tempo
mas é sempre útil lembrar !




... doze palavras preciosas que ficamos a dever a Margarida Santos Lopes no meio de uma peça hoje no Público: «(...) no Hamas (acrónimo árabe de Movimento de Resistência Islâmica, que Israel ajudou a criar como contrapeso à OLP, de Yasser Arafat) ».

À borla

Explicação ao Prof. Marcelo



A dado  passo da sua homília de hoje na TVI, o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa lançou uma pergunta que até podia comportar alguma malévola insinuação. Qualquer coisa assim : « se estes grupos são violentos porque é que não começam com  a violência durante as manifestações da CGTP e só a começam depois ?».

Pois é, caro Prof., este seu cinzento ex-colega de Faculdade está em condições de lhe explicar em linguagem algo cifrada que isso não acontece porque nas manifestações da CGTP não existe um ambiente, um estado de espírito ou uma cultura política favoráveis  a esse tipo de atitudes, não sei se me fiz entender. Se não, depois mando-lhe o boneco.

17 novembro 2012

Debaixo do verniz, resquícios da peste «castanha»

Rui Ramos de novo ou só se
perderam as que caíram no chão !



Aqui chama-se oportunamente a atenção para a crónica de Rui Ramos hoje no Expresso que, na exacta medida em que não tem a coragem de tirar as devidas conclusões das premissas que expõe, é além do mais um arrazoado cobarde até mais não. O autor alinhava ideias como a de que «o regime [???] parece desesperado para acreditar que a esquerda revolucionária, sem o Muro de Berlim, é agora um clube de bons rapazes, ou que o PCP, através da CGTP, é um ministério da administração interna alternativo, que serve para manter a ordem na rua em época de protestos (...)». Acrescenta que « Os que toleram a intolerância julgam-se seguros. Tratam os insultos e ameaças como folclore, ou as violências de rua como descontrolos ocasionais, úteis para embaraçar o PCP.». E, sibilinamente ou talvez nem por isso, conclui que «deveriam os partidos do de Governo da nossa democracia provar que, contra o fascismo vermelho, existe uma frente democrática, que não tem apenas o euro, mas também a liberdade como causa comum».

Tudo isto fala por si só como um livro aberto, o que me dispensa de extensos comentários. Salvo dois:

- um é que, retroactivamente, me permito afirmar que, quanto a Rui Ramos e a uma polémica recente, só se perderam as que caíram no chão;

- o outro  é que Rui Ramos até pode não ser fascista mas simplesmente um grandessíssimo reaccionário mas atrevo-me a pressentir que, se tivesse nascido a tempo, teria sido gostosamente fascista no tempo do fascismo.