31 maio 2012
O dia de ontem na AR
Se eu fizesse manchetes
foto na 1ª página do Público
Quem, por sorte, tenha ontem ouvido na SIC Notícias o comentário do jornalista Filipe Santos Costa (suponho que não há vídeo) ao dia parlamentar não pode deixar de concordar que este caso está cheio de contradições várias e detalhes estranhos e que, por uma vez, são os detalhes que ajudam a iluminar tudo o que Passos Coelho e Relvas querem obscurecer.
Número dedicado a Urbano Tavares Rodrigues
Se encontrar numa livraria...
... não deixe comprar (por 10 E.) o nº 16 da interessante revista TEXTOS E PRETEXTOS, editada pelo Centro de Estudos Comparatistas da Faculdade de Letras de Lisboa e integralmente dedicado a Urbano Tavares Rodrigues. Este número inclui designadamente dois ensaios de Catarina Nunes de Almeida e Paulo Alexandre Pereira, testemunhos de Baptista-Bastos, Kelly Basílio, Lourdes Câncio Martins, Manuel da Silva Ramos, Maria Graciete Besse, Maria Graciete Gomes da Silva, Nuno Júdice, Paulo Mendes Coelho e Teolinda Gersão, uma cronologia da vida e obra de UTR e uma entrevista com o escritor.
30 maio 2012
Estará tudo explicado ?
Contribuição para o
perfil do Álvaro ministro
perfil do Álvaro ministro
Por pura casualidade, ontem, em Vila Franca de Xira, um meu camarada resolveu mostrar-me, ao vivo e a cores, um livro que tinha recentemente comprado barato e por ter ficado intrigado com o título e o autor. Aí fica a capa e o estimulante topo da contracapa (em fotocópia a preto e branco) da obra (parece que de ficção), editada pela editora Guerra e Paz. Curiosamente, no sítio da editora, o nome do livro é referido na biografia do autor mas o livro não aparece no catálogo. Só faltando dizer que, na brevidade daquele encontro, não tive oportunidade de saber se também foi Deus que criou a austeridade.
Raquel Varela «dixit» ou...
... a revolução é só querê-la !
A historiadora e blogger Raquel Varela aqui e sem que me apeteça dizer nada que perturbe o simplismo e as caricaturas da autora.
29 maio 2012
O tempo da questão de fundo
Faltam muitas fotos nestas notícias
Até aqui, talvez por razões de epiderme, tinha evitado escrever sobre o chamado caso das «secretas», o que também se justificava porque muitos outros têm dito o essencial e acertado na mouche.
Escrevo para sublinhar que o centro das atenções não deve ficar reduzido a Silva Carvalho e seus comparsas mais directos que já foram objecto de uma acusação pelo Ministério Público caracterizada por uma devastadora densidade de factos concretos.
Agora, o essencial é obter resposta sobre como foi possível tudo isto acontecer nos serviços de informações e saber o que por lá continuará a acontecer. Agora importa perceber porque é que o Prtimeiro-Ministro correu a manter a confiança política em Júlio Pereira, o homem diante de cujas inexistentes barbas tudo se passou. Agora importa regressar ao tema da fiscalização dos serviços de informações e recordar quantas vezes o Presidente do Conselho de Fiscalização eleito pela AR disse que estava sempre tudo bem. Agora importa lembrar que em todas as revisões constitucionais, o PCP propôs que o citado Conselho de Fiscalização integrasse todos os partidos parlamentares e não apenas o PS e o PSD, o que obviamente nunca foi aceite debaixo do juízo reservado e nunca claramente enunciado da boca para fora de que potenciais vigiados pelos serviços não podem vigiar os serviços.
E já que Passos Coelho vai falar nisto na AR, importa encostá-lo às cordas sem dó nem piedade (mesmo que tenham sido outros a considerar que Silva Carvalho reunia qualidades e ser nomeado para o lugar).
28 maio 2012
As agências de comunicação e o governo
Como eles falam
No passado sábado, na edição do Público, uma peça sobre a questão das «secretas» terminava assim (sublinhados meus) : «Outra curiosidade: A Ongoing é assessorada pela Cunha Vaz e Associados, que tem um profissional destacado no gabinete de Miguel Relvas. "Confirmo que a empresa tem um profissional requisitado pelo gabinete do ministro Relvas, à semelhança do que acontece com as restantes empresas de Consultadoria em Comunicação, que também colocaram colaboradores noutros gabinetes». António Cunha Vaz garante não ter negócios com o governo».
Julgava eu, até pelo destaque que teve um certo caso, que os ministérios contratavam, em termos de exercício de funções públicas objecto de publicação em "Diário da República", profissionais que até ali trabalhavam em agências de comunicação e que, por exclusiva opção individual, decidiam mudar de emprego. Não sabia que as agências «colocaram colaboradores» em gabinetes ministeriais.
Enfim, ou muito me engano ou há maneiras de falar ou lapsus linguae que alguma coisa devem querer dizer.
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