Miko Marks
Para acabar com
a herança da troika
«É a mesma batalha desde 2012 – e é praticamente certo que não ficará por aqui: o Parlamento discute hoje propostas do PCP, BE, PAN e PEV para a reposição dos montantes e das regras de cálculo das indemnizações por despedimento dos trabalhadores, mas a votação tem chumbo garantido do PS e da direita. “Queremos reiterar e insistir na necessidade de se reporem direitos que foram retirados no tempo da troika”, diz ao PÚBLICO a deputada Diana Ferreira do PCP, bancada que marcou o agendamento do assunto para esta quinta-feira.»
Para vergonha do que está em vigor, só lembrar que PSD,CDS e troika impuseram 12 dias de indemnização por cada ano de trabalho (com o limite máximo de 20 anos) e que, no tempo do fascismo, a indemnização já era de 15 dias por cada ano de trabalho.
A interminável
saga das vacinas
«Foram encontradas, esta quarta-feira, 29 milhões de doses da vacina AstraZeneca escondidas em Itália, cujo destino seria o Reino Unido. Esta descoberta surge na sequência de uma investigação iniciada por recomendação da Comissão Europeia, que pretende controlar a exportação de vacinas para fora dos 27 até que a AstraZeneca entregue as doses prometidas à Europa. Segundo o jornal italiano La Stampa, a remessa localizada em Itália corresponde quase ao dobro do que a farmacêutica enviou à União Europeia (UE) nos últimos meses. As doses foram encontradas num armazém em Anagni, a 50 quilómetros de Roma.» (TSF)
Um drama
muito esquecido
« A percentagem de desempregados com acesso a prestações por desemprego caiu pela segunda vez consecutiva em fevereiro, com a taxa de cobertura dos subsídios a ficar em 56% num mês em que os desempregados registados atingiram um máximo de quase quatro anos, quase tocando os 432 mil.» (DN)
Uma feliz e honrosa
palavra de ordem
Num artigo ontem no «Público» dedicado à campanha eleitoral já em curso para a Comunidade de Madrid, Jorge Almeida Fernandes escreve a dado passo: «Com Iglesias em campo, Ayuso mudou o slogan para “Comunismo ou liberdade.” O líder do UP surge como cavaleiro da “cruzada antifascista”. E os seus adeptos ressuscitam uma das mais infelizes palavras de ordem da história da esquerda, da Espanha ao Chile: “No pasarán.”
Face a esta sentença atrevida, sinto-me na obrigação ética e cívica de lembrar que o «No Pasarán» nasceu pela voz de Dolores Ibarruri numa Madrid sitiada pelas tropas de Franco e que foi sob essa feliz palavra de ordem que Madrid resistiu heroicamente três anos graças à coragem e sacrifício de milhares de combatentes republicanos.
Dizer nos dias de hoje que é «uma das mais infelizes palavras de ordem da esquerda» é absolver os fascistas que queriam passar (e tragicamente acabaram por passar) tanto na Espanha dos anos 30 como no Chile dos anos 70 e amesquinhar a memória dos que lhes fizeram frente.
P.S.: para que não haja confusões, neste post não se discute o acerto ou desacerto de adeptos de Pablo Iglésias recuperarem esta palavra de ordem. Discute-se tão só a frase de Jorge Almeida Fernandes.
Unicorns and excelence
por Mai Liis
Ao que chegámos!
O que o PCP
ouviu por o dizer
Xavier Debrun, um dos membros do Conselho Orçamental Europeu (COE), em entrevista ao «Público»