08 dezembro 2013

Para o seu domingo

O grande e 
querido Paxti Andión





Hoje no CCB e amanhã na Casa da Música

O nosso Himalaia do descaramento

"Sustentabilidade" da
segurança social, disse ele



De facto, pensando melhor, este governo é um autêntico campeão da «sustentabilidade» da segurança social: a sua política provoca um aumento pavoroso do desemprego, vai daí perdem-se centenas de milhar de contribuições mensais dos trabalhadores e das empresas (provocando a diminuição das receitas da segurança social) e vai daí, em contrapartida, passam-se a pagar muitíssimos mais  subsidios de desemprego (assim aumentando as despesas). Não está mal visto, não senhor, estes tipos são uns génios da "sustentabilidade".

07 dezembro 2013

Porque hoje é sábado (352)

Juana Molina



A sugestão musical de hoje destaca
a cantora argentina Juana Molina

.

Ay, no se ofendan

Como se vê por estas "novas ideias"

Governo imparável
na criação de emprego !!!


 CM
DN

com seis critérios,
algum há-de pegar, não é ?

É sempre a mesma cena

Deve ser contra-informação
do governo mas, como já vi muita
coisa, não ponho as mãos no lume
por nenhum




- «olha, olha, vocês é que começaram»
-« nada disso, eram só estudos e o contexto
era outro»
- «está bem, abelha, vamos perguntar
 ao Teixeira dos Santos»

05 dezembro 2013

Um justo entre os mais justos

Um imenso adeus a


Não, não é por acaso que, sabendo de todo o enorme papel de Nelson Mandela na construção de uma democracia pluriracial na África do Sul sobre a derrota do infame regime do apartheid, escolho no dia da sua morte a foto da sua libertação após 27-anos-27 de prisão, durante 25 dos quais, convém não esquecer, as potências ocidentais guardaram de Conrado  o prudente silêncio [*]. É porque ela, à escala universal, se tornou um símbolo de um momento inesquecível e de uma extraordinária vitória e mudança e encerra uma suprema lição sobre o valor da coragem, da firmeza de convicções e da determinação de um grande combatente, tudo ao serviço da causa maior de um povo longamente humilhado, reprimido e ofendido.
Nelson Mandela foi um dos mais justos entre os justos e um verdadeiro herói do nosso tempo, cujo exemplo perdurará pelos tempos fora. Os que, como eu o admiram e recebem com tristeza a notícia da sua morte, têm o direito de desejar que o perfume do dinheiro nos círculos do poder e noticiados conflitos de natureza financeira entre alguns dos seus descendentes não ofendam o seu nome, a sua memória e o seu poderoso legado progressista e humanista.

[*]: A não esquecer: por decisão e orientação de um governo de Cavaco Silva, em 1987 Portugal votou na ONU contra uma moção que condenava o apartheid. Está aqui (apenas 3 votos contra: EUA, Grã-Bretanha e Portugal.





Álvaro Cunhal e Carlos Carvalhas com Nelson Mandela


Homenagem do
Coro da Nelson Mandela
Metropolitan University por ocasião
do 94º aniversário de Mandela 



Hugh Masekela - Mandela
(Bring Him Back Home)


Mandela sobre o assassinato
em 10.4.1993
 de Chris Hani (n. 1942), secretário-geral
do Partido Comunista da África do Sul
 e Comandante do braço armado do ANC :



"Tonight I am reaching out to every single South African, black and white, from the very depths of my being. A white man, full of prejudice and hate, came to our country and committed a deed so foul that our whole nation now teeters on the brink of disaster. A white woman, of Afrikaner origin, risked her life so that we may know, and bring to justice, this assassin. The cold-blooded murder of Chris Hani has sent shock waves throughout the country and the world. ... Now is the time for all South Africans to stand together against those who, from any quarter, wish to destroy what Chris Hani gave his life for – the freedom of all of us."

E esta noite os



o guitarrista Abdoulaye Traoré do Burkina Faso e o cantor originário
do Mali Mohamed Diaby

Ainda por cima gostam muito de falar

Sai um ex-ministro
do PS para a mesa do canto




Jornal de Negócios

... ou quando as "inevitabilidades" 
do passado resolvem dar uma
 ajudinha às "inevitabilidades"
do presente.


ou ainda...
mais um que, perguntado
pelo assunto, de certeza responderá 
que não acredita num modelo
 baseado em baixos salários

04 dezembro 2013

Aqui cumprimos o nosso dever

Anatomia de um crime


Um pouco tarde para meu gosto, chega hoje ao Público de forma mais clara a ideia de que o governo vai vender  uma empresa que sempre foi do Estado (e também uma informação completa de quem sujou as mãos neste crime).

neste blogue há muito tempo que se
cumpriu o elementar dever de lembrar que




é só fazer as contas

Estado vai encaixar 580
milhões com a privatização,
 ou seja o que receberia
em apenas 13 anos de lucros
 dos CTT !

03 dezembro 2013

Desculpem o atrevimento da pergunta

Se Marcelo fala verdade,
então é assim que o TC decide ?



Sou o primeiro a avisar que as estranhezas, perplexidades ou perguntas de um ex-, muito antigo e fracassado estudante de Direito, como é assumidamente o meu caso, por um lado devem ser vistas com natural desconfiança mas, por outro, talvez devam merecer alguma tolerância.
Vem a isto a propósito de, no passado domingo, bastante assarapantado, ter visto e ouvido Marcelo Rebelo de Sousa afirmar o seguinte (aos 25 minutos, vídeo aqui) sobre a lei das 40 horas: « O que aconteceu foi o seguinte: o governo tinha anunciado que para convergir o horário do público com o privado passava a haver 40 horas no sector público e que essa lei valia para o futuro. Chegou ao TC e aparentemente, segundo as notícias dos jornais, foi designado relator o Presidente do TC e a primeira opinião do TC era para chumbar. Eis senão quando foi explicado pelo governo que efectivamente o que se quis dizer ali não era que o regime era de 40 horas mas até às 40 horas, portanto não era pior que o privado, era igual ao privado e onde se dizia que era para o futuro já não valia para o futuro, quer dizer que no futuro leis especiais ou negociações colectivas podiam alterar isto. Aí foi entregue a outro relator, (...) que, com base numa interpretação conforme à Constituição, quer dizer o que a letra diz parece ser uma coisa mas o que eles querem dizer  com efeito é uma coisa ligeiramente diferente. E assim salvou o diploma e até houve uma juiza considerada de esquerda que defendeu o voto porque o que vale não é a letra de vários sentidos que a lei permite mas aquele que eu considero conforme à Constituição.  Daqui há duas conclusões a tirar: a primeira é que o TC andou com o governo ao colo; o segundo é que o governo tem de escrever um bocadinho melhor as leis, e a AR também, e com mais cuidado para, quando disser que é até 40 horas, diga que é até 40 horas, não que são 40 horas.»

E, pronto, fico mesmo de boca aberta com esta hipótese de o TC decidir não pela letra das leis que o governo elabora e lhe são sujeitas a apreciação mas por esclarecimentos complementares do governo que manifestamente não cabem na letra da lei ou com ela colidem.