15 junho 2012

Sistema eleitoral francês

Sem esperar por domingo


Se, no domingo, se confirmarem estas previsões baseadas na última sondagem da IPSOS sobre a repartição final de lugares no Parlamento francês após a segunda volta, então, contra a corrente e contra a indiferença, fica desde já aqui dita alguma coisa sobre a iniquidade congénita de um sistema eleitoral que faz com que uma força como o Front de Gauche, que cresceu 2,6 pontos em relação a 2007, se arrisca a ter menos dois ou três deputados do que já tinha, como é que um partido como o PS, com 30% dos votos na 1ª volta, pode vir a ter sózinho entre 50 e 54% dos deputados e como é que os Verdes (aliados do PS), com menos votos na 1ª volta do que o Front de Gauche, pode ter mais deputados, e isto para já não falar se esta exclusão quase sistemática da Frente Nacional (que teve 13% dos votos na 1ª volta) do Parlamento francês resolve alguma coisa, em termos de futuro ou, se pelo contrário, lhe permite manter uma rendosa aura de «pureza» e de partido anti-sistema.

Fragmentos

Jornal do incrível 



Notícia «piquenina» hoje no
Público

Vasco Pulido Valente hoje no Público:
«O que, por exemplo, o PCP e o Bloco
oferecem aos portugueses, tirando uma retórica
sem sentido, não interessa ninguém e não
 levará ninguém à mais ténue
 forma de militância
»
Passou impune e entre os intervalos da chuva a afirmação feita por Vítor Gaspar na AR de que ele e o governo português não conheciam nada de mais detalhado sobre o resgate a Espanha, apesar de naquele dia estar numa reunião dos ministros do Eurogrupo. Ou seja, a UE  toma uma decisão que tem vastas repercussões à escala europeia mas nem um telefonemazinho para os ministros das finanças nacionais a dar um cheirinho sobre a natureza  e os detalhes essenciais da coisa. É caso para dizer: que rica União !.

Um livro estrangeiro por semana ( )

... que las hay, hay


Edições Sequitur


14 junho 2012

Uma longa e heróica tradição de luta

Mineiros das Astúrias, Junho 2012





«Varios miles de personas han recorrido durante la noche del martes las calles de León para defender la minería del carbón y pedir unidad de acción frente a los recortes de más del 60% al sector, en una marcha que ha concluido frente a la Diputación, donde se ha vitoreado a los mineros encerrados allí desde el 4 de junio» (El País)


Mais aqui

13 junho 2012

À moda de Erle Stanley Gardner

38 anos depois,
a vingança do chinês



O que poucos saberão é que, em 1974, no 1º Governo Provisório, em sede de discussão da lei dos partidos, Sá Carneiro defendeu, felizmente sem sucesso, que cópia dos ficheiros de militantes dos partidos fossem entregues no Ministério da Administração Interna. É caso para dizer  que, 38 anos depois, graças à incompetência de pessoal do PSD, aí temos a vingança do chinês.

Aí sim em nome da competitividade

Por que não baixar os custos
das empresas com a energia ?



Embora a notícia do Público de hoje sobre a ida de Vítor Gaspar à AR omita espantosamente o tema, a verdade é ontem à noite eu vi (e todos podem ver agora aquié logo a primeira notícia) o Ministro das Finanças, com aquela frieza e impassibilidade que até arrepiam, a anunciar a sua abertura para novas baixas de salários. Como tenho insistentemente referido, há uns anos encontrar um economista, mesmo de direita, que tivesse a coragem de defender que o modelo económico de Portugal devia assentar em baixos salários era quase tão difícil como encontrar uma agulha no palheiro. Agora esta receita cruel e economicamente estúpida tornou-se a política oficial do governo que desgraçadamente temos. Quem quiser que diga que cá está a cassete dos do costume mas o verdadeiro nome desta política chama-se reforço deliberado da exploração e empobrecimento de quem trabalha e já tem níveis salariais absolutamente ma cauda da Europa. Para usar a linguagem agora em curso, aqui digo que o que está a fazer falta é


12 junho 2012

2007 e 2008 - lembram-se ?

Uns esquecidos estes americanos
Com o desemprego a aumentar e  umas eleições à porta que parecem não ir ser uma triunfal passeata, Obama resolveu atirar as culpas para cima da Europa. Com staffs tão numerosos e qualificados, não houve ninguém que lhe lembrasse que a crise de 2007/2008 não nasceu na Europa mas na terra dele e que Lehman Brothers não é um nome de firma francesa ou alemã. Subprime- have heard about this, Mr. Obama ?

A título de informação

Uma preocupada
reflexão de Joseph Stiglitz


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(...)
Aqui na Slate.com

Hoje às 18 hs, debate em torno de...

... um novo e oportuno
ensaio de A. Avelãs Nunes




11 junho 2012