16 março 2022

Têm uma pala nos olhos

 Está visto: Fernanda Câncio
 não sabe o que aconteceu
em 30 de Setembro de 1938


Uma foto que Fernanda Câncio também não deve conhecer : regressado de Munique, Neville Chamberlain agita em Londres o papelinho que, segundo ele, garantia a paz na Europa.

Numa peça (mais uma)no «DN» de deturpação e omissão do que o PCP realmente disse (aqui e aqui) sobre a invasão da Ucrânia, Fernando Câncio veio acusar o PCP de sempre exaltar o heroísmo do Exército Vermelho e sempre esquecer a celebração do pacto de não-agressão germano-soviético.

Ora,  a este respeito o que Fernanda Câncio (e carradas de outros) sempre esquecem é que:

-o pacto germano-soviético foi assinado em 23 de Agosto de 1939 ou seja 11 meses mais tarde que o pacto de Munique que foi assinado em 30 de Setembro de 1938 no final de conversações (de que a URSS foi excluída)  entre a Alemanha nazi, a Itália fascista. a França e a Inglaterra e que, sacrificando a Checoslováquia, foi à época a expressão máxima da política de «apaziguamento» das potências ocidentais face Hitler:

- é historicamente indiscutível que, antes de Munique, a URSS desenvolveu sem êxito inúmeras diligências diplomáticas com vista ao estabelecimento de uma frente comum contra Hitler, sempre encontrando a hostilidade da França e da Inglaterra (países sempre esperançados que a guerra começasse a Leste;

- não é arriscado dizer que a contra-ofensiva do Exército Vermelho que chegaria a Berlim em Maio de 1945 só foi possível porque a URSS aproveitou o tempo dado pelo pacto germano-soviético para transferir para Leste grande parte da sua indústria de armamento.

7 comentários:

  1. Vitor Dias, o meu amigo é, por boas e justas razões, estimado e considerado por imensas pessoas. Não levará por isso a mal que lhe faça uma pergunta assim muito directa: o que o leva a perder tempo com gente, que já mostrou que a coluna vertebral é um adorno de que faz pouco uso?

    ResponderEliminar
  2. eu sei que é duro e trabalhoso estar a contrapor constantemente a realidade histórica ao caudal da sua reescrita, imposta pela ideologia dominante agora, mais do que nunca antes, apoiada no Ministério da Verdade, mas é esse o papel da memória. Obrigado por mais esta pagaiada a contra-corrente.

    ResponderEliminar
  3. Amigo Vítor Dias,

    Sobre este tema, vi e ouvi esta entrevista, onde Alex Krainer (sérvio?) explica como Munique foi uma espécie de golpe britânico para promover a hegemonia de Hitler na Europa, de modo a fazer guerra à União Soviética. Essa entrevista está aqui:

    https://www.bitchute.com/video/b3ClO053QbQ/

    Eu também não perco mais tempo com gente como Fernanda Câncio ou Daniel Oliveira, seja o que for. Desde o dia 24 de Fevereiro, decretei eu próprio boicote à televisão e imprensa portuguesa e decidi seguir o meu caminho pela melhor informação possível, acompanhando para isso páginas como a «South Front» que recomendo para todos aqueles que gostam de estar informados, como também pelo programa «The Duran» (os dois Alex). Para todos aqueles que não sabem, alguns programas foram censurados pelos EUA e UE, através da You Tube, mas podem continuar a seguir canais como a RT ou entrevistas através da página: https://odysee.com/

    Nunca vi uma campanha tão intensa e tão parcial neste país, de modo a fazerem a cabeça de pessoas que não gostam de pensar.

    Um abraço

    ResponderEliminar
  4. Este pacto, assinado no dia 29 de setembro de 1938 entre o Reino Unido, a França, a Itália e a Alemanha, ficou também conhecido por "Traição de Munique". Mas convém acrescentar que no dia seguinte, a 30 de setembro foi assinado um outro "pacto de não agressão", entre a Alemanha e o Reino Unido. Provavelmente o "papelinho" que o senhor Chamberlein tinha na mão à saída do avião...

    ResponderEliminar
  5. Vitor , meu camarada, que luta a tua pela verdade. Será que querem, mesmo, saber. Bj

    ResponderEliminar
  6. Bastaria Fernanda Câncio ver o documentário sobre o tema feito pelo canal ARTE para aprender e perceber que à URSS ao tempo não restou alternativa que não a de assinar o pacto, adiando o mais que certo ataque alemão à URSS e ganhando tempo para deslocar industrias e alterar o perfil das mesmas, de construtores de tractores para tanques, etc., etc.,. Não precisa de se "fiar" nos comunistas, que sempre afirmaram e afirmarão que "só a verdade é revolucionária", pode ir aos seus pares da burguesia que está tudo lá! Só ela e mais meia dúzia de "iluminados" é que não sabem, porque são preguiçosos. Ou mentirosos!

    ResponderEliminar
  7. Já agora, a adenda (então secreta, hoje conhecida) ao pacto que entregava os países bálticos à dentuça soviética e que permitiu a 4ª partilha da Polónia uns mezinhos depois - justificxa-se como?

    ResponderEliminar