29 agosto 2011

Sobre as escutas

Uma pequena lembrança


  
Sobre o gravíssimo caso das escutas ao jornalista Nuno Simas já muitos blogues disseram justamente o essencial. Por mim, só quero acrescentar que não há demissão do chefe das secretas que mate o assunto e que é um imperativo democrático de primeira grandeza saber como tudo aconteceu e com responsabilidade de quem. Mas sobretudo quero lembrar algo que poderá estar esquecido e que é relevante mesmo que não possa ser considerado remédio santo: é que desde sempre e por numerosas vezes o PCP sempre propõs que o Conselho de Fiscalização dos Serviços de Informações tivesse a representação de todos os partidos com representação parlamentar, o que sempre foi rejeitado pelo PS e PSD que sempre reservaram esse Conselho como coutada própria (este juízo não representa da minha parte nenhum acrimónia ou desconfiança em relação a Marques Júnior). É certo que suponho que nunca ninguém teve o desplante de explicar esta opção declarando que partidos que são alvos de vigilância não podem obviamente  estar num órgão de fiscalização dos serviços de informações. Mas alguma razão deve ter havido para esta patente e continuada discriminação. Em qualquer caso, tanto mais absurda, quanto é certo que depois do 25 de Abril jamais alguém foi alguma vez capaz de acusar o PCP de não respeitar regras essenciais que incorporam o chamado «sentido de Estado».

2 comentários:

  1. Portanto está a dizer que os serviços de informaçõesespiam o PCP eo BE,não é assim?
    Pena é q não tivessem espiado o Amorim e o eempréstimo(?)q este fez ao BPN....

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  2. Atão e as 'nossas' secretas não descobrem o burlão?

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