2ª Grande Gala de Ópera
na Festa do Avante!
na Festa do Avante!
Prosseguindo a bela e singular tradição que faz a Festa do Avante! um verdadeiro serviço público de música clássica, é já às 21.30 hs. de sexta-feira que arranca no Palco 25 de Abril da Festa do Avante! a Gala de Ópera, este ano com obras de Viana da Mota, Giuseppe Verdi, Étienne Méhul, Umberto Giordano, Camille Saint-Saens,Antonin Dvorák,Giacomo Puccini,Léo Delibes,Georges Bizet, Gioachino Rossini,Wolfgang Amadeus Mozart,Charles Gounod,Pietro Mascagni, Joly Braga Santos, Agustín Lara, com a Orquestra Sinfónica do Ginásio Ópera, o Coro do Tejo e o Coro de Câmara de Lisboa sob a direcção musical de Kodo Yamagishi. Ruben de Carvalho e João Maria de Freitas Branco situam esta Gala da Ópera:
"Arte pela arte?! Música apenas beleza dos sons?! Ópera apenas no encanto das melodias, no brilho das vozes, no talento das interpretações?
"É um Portugal afligido por uma das mais profundas crises de toda a sua história que vai acolher a Festa deste ano. Tal facto motiva-nos a cuidar ainda mais do caro torrão lusitano, fomentando o espírito patriótico, não na acepção nacionalista patrioteira inculcada pelo Estado Novo, senão que em sintonia com a elevada noção camoniana de patriotismo. Concepção essa que, ao invés do propagandeado nesse passado ditatorial de triste memória, é factor unitivo, universalizante, elemento fautor de concórdia e diluente de fronteiras, concorrendo para a aproximação dos povos e para o diálogo intercultural.
O autêntico patriotismo é o que, à luz dos valores do humanismo, universaliza as qualidades de uma Nação.
Imbuído deste espírito que a crise convoca, o mega espectáculo de abertura volta a trazer a ópera à Festa, depois do sucesso alcançado em 2009 Mas desta vez a gala é, pela sua dimensão assim como pelo seu conteúdo artístico, bem mais ambiciosa.
O espectáculo oferece-nos original combinação ente dois universos: o da ópera e o da sinfonia. Será por isso gala lírico-sinfónica invulgar, desde logo pela sua rica diversidade: trechos célebres do reportório lírico reúnem-se com outros desconhecidos do não iniciado. Como se isto não bastasse, o programa inclui ainda canções populares e peças corais sinfónicas que não são ópera. Teremos assim, uma articulação não só inédita em espectáculos desta natureza como também de elevada exigência técnico-artística para os seus protagonistas (maestro, cantores, orquestra, coro) Um estimulante desafio que Avante! e Ginásio Ópera (co-produtores do espectáculo) quiseram enfrentar com entusiasmo criativo.
Fazendo jus ao tema eleito, o concerto inicia-se com a Sinfonia à Pátria, obra que traduz em música o patriotismo humanista legado por Camões. Depois entraremos no espaço da ópera com apresentação de variado leque de emoções e sentimentos suscitados pela pátria. Algo que também nos será trazido à presença por intermédio de outras formas artísticas, edificando-se desse modo uma unidade estética entre ópera, música sinfónica, canção popular, música coral.
Queremos acreditar que o concerto será uma novidade propiciadora de mais uma enriquecedora experiência artística a inscrever-se na honrosa tradição cultural a que a Festa do Avante nos habituou.
Uma polémica com décadas a que a realidade e a vida já deram resposta: a qualidade da forma gera a criação do belo e da sua fruição pelo Homem; o iludir do conteúdo e as ideias que o forjam furta a determinante dimensão do Homem à própria criação da beleza.
O texto de João Maria Freitas Branco revela por que é que, neste ano de 2011 – e precisamente neste ano de 2011 – a Festa do «Avante!» renova a beleza deslumbrante da música da sua 2ª Gala de Ópera. E a completa com a majestade da música sinfónica e, sobretudo, o sentimento patriótico de compositores que ressoam hoje na inquietação dos Portugueses com a Pátria que são. Exactamente em 2011.
Ruben de Carvalho
"É um Portugal afligido por uma das mais profundas crises de toda a sua história que vai acolher a Festa deste ano. Tal facto motiva-nos a cuidar ainda mais do caro torrão lusitano, fomentando o espírito patriótico, não na acepção nacionalista patrioteira inculcada pelo Estado Novo, senão que em sintonia com a elevada noção camoniana de patriotismo. Concepção essa que, ao invés do propagandeado nesse passado ditatorial de triste memória, é factor unitivo, universalizante, elemento fautor de concórdia e diluente de fronteiras, concorrendo para a aproximação dos povos e para o diálogo intercultural.
O autêntico patriotismo é o que, à luz dos valores do humanismo, universaliza as qualidades de uma Nação.
Imbuído deste espírito que a crise convoca, o mega espectáculo de abertura volta a trazer a ópera à Festa, depois do sucesso alcançado em 2009 Mas desta vez a gala é, pela sua dimensão assim como pelo seu conteúdo artístico, bem mais ambiciosa.
O espectáculo oferece-nos original combinação ente dois universos: o da ópera e o da sinfonia. Será por isso gala lírico-sinfónica invulgar, desde logo pela sua rica diversidade: trechos célebres do reportório lírico reúnem-se com outros desconhecidos do não iniciado. Como se isto não bastasse, o programa inclui ainda canções populares e peças corais sinfónicas que não são ópera. Teremos assim, uma articulação não só inédita em espectáculos desta natureza como também de elevada exigência técnico-artística para os seus protagonistas (maestro, cantores, orquestra, coro) Um estimulante desafio que Avante! e Ginásio Ópera (co-produtores do espectáculo) quiseram enfrentar com entusiasmo criativo.
Fazendo jus ao tema eleito, o concerto inicia-se com a Sinfonia à Pátria, obra que traduz em música o patriotismo humanista legado por Camões. Depois entraremos no espaço da ópera com apresentação de variado leque de emoções e sentimentos suscitados pela pátria. Algo que também nos será trazido à presença por intermédio de outras formas artísticas, edificando-se desse modo uma unidade estética entre ópera, música sinfónica, canção popular, música coral.
Queremos acreditar que o concerto será uma novidade propiciadora de mais uma enriquecedora experiência artística a inscrever-se na honrosa tradição cultural a que a Festa do Avante nos habituou.
João Maria de Freitas BrancoCaxias, Junho de 2011
Esta gala foi um espectáculo absolutamente fabuloso. Toda a festa o foi mas este espectáculo foi especial. Nas noites de sábado e domingo era praticamente impossível entrar no recinto do palco principal tanta era a gente e o entusiasmo. Nunca me tinha acontecido ter de ver o espectáculo de tão longe por não conseguir furar prante tantos e tantos milhares de pessoas.também penso nunca ter visto tanta gento no comício como este ano com o recinto completamente cheio e a transbordar. Foi sem duvida uma das melhores festas de sempre . Parabéns ao PCP.
ResponderEliminarUm abraço
AL