30 agosto 2011

Está na hora de decidir bem

2ª Grande Gala de Ópera
na Festa do Avante!


Prosseguindo a bela e singular tradição que faz a Festa do Avante! um verdadeiro serviço público de música clássica, é já às 21.30 hs. de sexta-feira que arranca no Palco 25 de Abril da Festa do Avante! a Gala de Ópera, este ano com obras de Viana da Mota, Giuseppe Verdi, Étienne Méhul, Umberto Giordano, Camille Saint-Saens,Antonin Dvorák,Giacomo Puccini,Léo Delibes,Georges Bizet, Gioachino Rossini,Wolfgang Amadeus Mozart,Charles Gounod,Pietro Mascagni, Joly Braga Santos, Agustín Lara, com a Orquestra Sinfónica do Ginásio Ópera, o Coro do Tejo e o Coro de Câmara de Lisboa sob a direcção musical de  Kodo Yamagishi. Ruben de Carvalho e João Maria de Freitas Branco situam esta Gala da Ópera:

"Arte pela arte?! Música apenas beleza dos sons?! Ópera apenas no encanto das melodias, no brilho das vozes, no talento das interpretações? 
Uma polémica com décadas a que a realidade e a vida já deram resposta: a qualidade da forma gera a criação do belo e da sua fruição pelo Homem; o iludir do conteúdo e as ideias que o forjam furta a determinante dimensão do Homem à própria criação da beleza.
O texto de João Maria Freitas Branco revela por que é que, neste ano de 2011 – e precisamente neste ano de 2011 – a Festa do «Avante!» renova a beleza deslumbrante da música da sua 2ª Gala de Ópera. E a completa com a majestade da música sinfónica e, sobretudo, o sentimento patriótico de compositores que ressoam hoje na inquietação dos Portugueses com a Pátria que são. Exactamente em 2011.
Ruben de Carvalho

"É um Portugal afligido por uma das mais profundas crises de toda a sua história que vai acolher a Festa deste ano. Tal facto motiva-nos a cuidar ainda mais do caro torrão lusitano, fomentando o espírito patriótico, não na acepção nacionalista patrioteira inculcada pelo Estado Novo, senão que em sintonia com a elevada noção camoniana de patriotismo. Concepção essa que, ao invés do propagandeado nesse passado ditatorial de triste memória, é factor unitivo, universalizante, elemento fautor de concórdia e diluente de fronteiras, concorrendo para a aproximação dos povos e para o diálogo intercultural.

O autêntico patriotismo é o que, à luz dos valores do humanismo, universaliza as qualidades de uma Nação.

Imbuído deste espírito que a crise convoca, o mega espectáculo de abertura volta a trazer a ópera à Festa, depois do sucesso alcançado em 2009 Mas desta vez a gala é, pela sua dimensão assim como pelo seu conteúdo artístico, bem mais ambiciosa.

O espectáculo oferece-nos original combinação ente dois universos: o da ópera e o da sinfonia. Será por isso gala lírico-sinfónica invulgar, desde logo pela sua rica diversidade: trechos célebres do reportório lírico reúnem-se com outros desconhecidos do não iniciado. Como se isto não bastasse, o programa inclui ainda canções populares e peças corais sinfónicas que não são ópera. Teremos assim, uma articulação não só inédita em espectáculos desta natureza como também de elevada exigência técnico-artística para os seus protagonistas (maestro, cantores, orquestra, coro) Um estimulante desafio que Avante! e Ginásio Ópera (co-produtores do espectáculo) quiseram enfrentar com entusiasmo criativo.

Fazendo jus ao tema eleito, o concerto inicia-se com a Sinfonia à Pátria, obra que traduz em música o patriotismo humanista legado por Camões. Depois entraremos no espaço da ópera com apresentação de variado leque de emoções e sentimentos suscitados pela pátria. Algo que também nos será trazido à presença por intermédio de outras formas artísticas, edificando-se desse modo uma unidade estética entre ópera, música sinfónica, canção popular, música coral.

Queremos acreditar que o concerto será uma novidade propiciadora de mais uma enriquecedora experiência artística a inscrever-se na honrosa tradição cultural a que a Festa do Avante nos habituou.

João Maria de Freitas BrancoCaxias, Junho de 2011

1 comentário:

  1. Esta gala foi um espectáculo absolutamente fabuloso. Toda a festa o foi mas este espectáculo foi especial. Nas noites de sábado e domingo era praticamente impossível entrar no recinto do palco principal tanta era a gente e o entusiasmo. Nunca me tinha acontecido ter de ver o espectáculo de tão longe por não conseguir furar prante tantos e tantos milhares de pessoas.também penso nunca ter visto tanta gento no comício como este ano com o recinto completamente cheio e a transbordar. Foi sem duvida uma das melhores festas de sempre . Parabéns ao PCP.
    Um abraço
    AL

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