31 agosto 2011

Injustiças fiscais

Lembrando o que alguns
não gostam de lembrar


É com este vistoso gráfico que o Público de hoje chama em primeira página a atenção para um seu trabalho sobre as assimetrias fiscais em Portugal. Sobre ele só quero lembrar duas coisas: a primeira é  que os 21,5% sobre os rendimentos de capital nem sequer se tem aplicado aos bancos que, ano após ano, conseguem pagar taxas de IRC à volta dos 11%, ou seja, como tenho dito tantas vezes, muito inferior à taxa de IRS que até um trabalhador mal remunerado paga; a segunda é para lembrar que esta questão das injustiças fiscais e propostas de respectiva correcçao há pelo menos duas décadas que tem sido abordadas em centenas de documentos do PCP e discursos dos seus dirigentes e deputados, nunca encontrando a mais ligeira receptividade do PS, do PSD e do CDS.
Lá vem ele com a propaganda do costume, dirao alguns. Pois digam e continuem a dizer porque, do lado de cá, o que eu tenho para dizer é que quem nao quiser ter memória e colher as suas lições vai sempre continuar a ver este indecoroso filme da impunidade e do engano.

1 comentário:

  1. Os 21,5 % de que fala o Publico é o IRS (imposto sobre rendimentos das pessoas) aplicado a rendimentos de capital, obrigações, juros, dividendos, etc.
    O IRC é que é em principio 25%, mas na pratica para as grandes empresas é menos que isso, como acontece com os bancos que se ficam por pouco mais de 10%.
    Ou seja quer em sede de IRC ou de IRS a taxa máxima dos rendimentos de capital, das empresas ou das pessoas é sempre muito inferior à do rendimento do trabalho.

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