24 abril 2021

Intelectualmente velho e rezingão

 Barreto igual si
próprio, isto é, trafulha

«O debate sobre os festejos da liberdade tem tanto de desprezível quanto de perigoso. Mas também revelador. Mostra uma espécie de Cartel que decide quem comemora o 25 de Abril e festeja o Dia da Liberdade. Na verdade, que espera traçar as fronteiras da democracia.»

- António Barreto no «Público» de hoje

Cumpre informar caridosamente o dr. António Barreto que não há em Portugal nenhum cartel que «decide quem comemora o 25 de Abril e festeja o Dia da Liberdade». Cada português é obviamente livre de comemorar ou não comemorar e de comemorar das mais diversas formas que lhe apetecerem ( indo à praia, bebendo umas bejecas, estendendo.-se no relvado de um parque, indo a desfiles ou participando em comemorações de âmbito municipal). Dito isto, é no entanto necessário acrescentar um «pormaior»: é que os desfiles populares de Lisboa e do Porto não são ajuntamentos espontâneos que caem do céu aos trambolhões; eles só existem porque há organizações e cidadãos que, pelo menos desde há 42 anos, muito trabalham para eles,

No «Expresso»

 Uma manchete
enganadora

Foi com base nesta manchete que, ontem à noite no «Expresso da Meia Noite» da SIC Notícias, o presidente da Iniciativa Liberal, cuja lábia é tão grande quanto a sua desonestidade intelectual, desembestou numa tirada catastrófica sobre o estado da nossa democracia. Ora o que a sondagem mais concretamente nos diz é que além destes 10% que consideram que em Portugal há uma «democracia plena» (conceito passível de variadas subjectividades) há 47% que respondem haver uma «democracia com pequenos defeitos». Sobram depois 36% que acham que exciste uma «democracia com muitos defeitos» e 4% que não há democracia. E para se perceber que não há aqui nenhumas razões para alarmismos, talvez seja de dizer que eu, que valorizo devidamente a dimensão política da democracia, se fosse chamado a responder a esta sondagem, pensando nas dimensões social, económica e cultural, talvez não hesitasse em optar pela «democracia com muitos defeitos».

Como era de esperar

 As ameaças do Chega
deram em nada, a IL afinal
 sempre é de direita e o PAN
 juntou-se à confraria da direita


«Público»

Porque hoje é sábado ( )

 

Toumani Diabaté e The London Symphony Orchestra

23 abril 2021

Remédio santo

 Então façam o favor
de não pôr lá os pés

Direitosos como o historiador Rui Ramos andam há seculos a falar assim e sempre a acrescentarem que em Novembro de 75 é que foi bom. Mas já passaram 45 anos e nunca se atreveram a convocar uma manifestação no 25 de Novembro. Cobardolas !

21 abril 2021

Sinais de ódio

 Despropósito.

O editorial de Manuel Carvalho no «Publico» de hoje é dedicado à polémica entre a Iniciativa Liberal e a Associação 25 de Abril (melhor dizendo, a Comissão Promotora do desfile na Av. da Liberdade). Mas sem que nada no texto o justifique, leva este título. E, perante isto, eu só tenho a dizer duas coisas: uma é que num editorial desferido contra um alegado «sectarismo» Manuel Carvalho acabou dando sinais de um velho ódio a uma grande figura da revolução portuguesa; e a outra é que o pigmeu Manuel Carvalho devia pôr gelo nos pulsos antes de chamar à colação o honrado nome de Vasco Gonçalves.

Se fosse coerente, a Iniciativa Liberal esperaria por Novembro.