24 setembro 2017

Depois de desmentidos oficiais e reafirmações expressas

Assunto arrumado: se me
pagarem, também escrevo
63 páginas sobre Tancos
sobretudo dizendo que ou
foi assim, ou foi assado ou
foi outra coisa qualquer


23 setembro 2017

Não tem grande importância mas...

... são maneiras pouco
inocentes de dizer



Na crónica de Francisco Louçã hoje no Público não consigo deixar de reparar em duas coisas:

- uma, que era de  esperar, é que, quanto ao «incidente» Jerónimo - Catarina, ele consegue passar convenientemente ao lado de que quem começou a «festa» foi Catarina Martins ao fazer uma generalização abusiva e injusta sobre o silêncio «das autarquias» face às políticas da troika; enfim, é o costume - é sempre o PCP que «ataca» e é sempre o BE que é «vítima» de ataques do PCP;

- a outra é que, perspectivando prováveis resultados, escreve F. Louçã: «Tudo leva a crer que, onde tem a presidência, o PCP se mantenha e, onde é minoritário, continua numa fasquia relevante. Confirmará assim a sua força orgânica e o secretário-geral discursará aos militantes sobre o trabalho do seu partido». Os sublinhados que acabo de fazer apontam os dois para uma ideia de fortaleza ou partido virado para si mesmo. Sendo absolutamente certo que na noite de 1 de Outubro Jerónimo de Sousa falará ao País e aos portugueses e sendo certo que os resultados eleitorais do PCP não são de facto separáveis da sua força orgânica, a verdade é que, a serem assim os resultados previstos por Louçã, se trata não do efeito mecânico de qualquer «máquina» mas de força eleitoral atestada pela vontade de várias centenas de milhar de cidadãos eleitores.

Porque hoje é sábado ( )

Shilpa Ray



A sugestão musical deste sábado incide
sobre a cantora norte-americana Shilpa Ray


É uma revista liberal dos EUA que o diz

Nem tudo são
rosas na Alemanha

 


P.S. só para lembrar que a Hartz Iv foi obra do chanceler social-democrata Gerard Schöeder

22 setembro 2017

Com Macron e para alguns,Paris é uma festa !.

Quem trata dos seus,
não degenera nem trai



 

Desculpem lá, isto é um nojo !

Já sabemos que o PSD não
tem
vergonha de ter o André
Ventura, falta agora saber se
o PS não tem vergonha de ter esta candidata em Loures


na capa do «i» de hoje
Esclareço que as afirmações de manifesta e repelente «absolvição de André Ventura por parte desta orgulhosamente  participante e herdeira  da gestão desastrosa de Carlos Teixeira/PS, que foi expressivamente condenada nas últimas eleições em Loures, não merecem mais comentários por uma questão de higiene política e semântica.

21 setembro 2017

Paulo Trigo Pereira

Pessoas inteligentes
também têm frases tontas

 
Taxativamente, ou seja, sem mais nuances ou acrescentos, é isto que o economista e deputado do PS Paulo Trigo Pereira diz hoje em entrevista ao «Público».

Assim sendo, cabe então  anotar :

1. Paulo Trigo Pereira sabe perfeitamente que, à esquerda, ninguém anda a reclamar um desagravamento fiscal em todos os azimutes mas sim nos grupos sociais com mais fracos rendimentos ou vá lá, se possível, rendimentos médios;
 
2. Se o «desagravamento fiscal» é a bandeira da direita como explicar então que no seu anterior governo tenha procedido a um «enorme» aumento de impostos e criado uma sobretaxa de IRS enquanto descia (ver ponto 1,) o IRC beneficiando clamorosamente empresas com centenas de milhões de euros de lucros anuais.

3. Se o que se descreve em 2. é verdade, então como poderia o «desagravamento fiscal» (nos termos anotados em 1,) não ser uma bandeira crucial da esquerda ?

20 setembro 2017

Rui Tavares, o CETA e a AR

Assim não vale !



Cumprindo uma promessa feita na segunda-feira, Rui Tavares aborda na sua crónica de hoje no «Público» a questão da discussão na AR do Tratado Comercial entre a UE e o Canadá, vulgarmente conhecido como CETA.

Segundo Rui Tavares, «em Portugal, o debate parlamentar sobre o CETA foi adiado e depois antecipado, e acabou por realizar-se em apenas uma sessão, na segunda passada», considera que «perante um dos acordos comerciais mais importantes dos últimos anos, estamos limitados à rotina».E, de seguida,  conclui que não teria de ser assim pois basta comparar «isto com o que se passou no ano passado no parlamento regional da  Valónia, uma das regiões da Bélgica. (...) o acordo com o Canadá foi profundamente discutido pelo parlamento da Valónia durante vários dias. O governo belga foi forçado a procurar garantias e protecções de aplicação junto das instituições europeias e do Governo canadiano. E o Estado Belga acabou a apresentar um processo contra algumas disposições do CETA no Tribunal de Justiça da UE».

Por fim, como cereja no bolo, Rui Tavares zurze no que chama « a falta de comparência da elite política portuguesa no debate sobre o CETA» e conclui que «quando os políticos levam a sério o seu dever, até um parlamento regional  consegue fazer mais para regular a globalização do que a nossa orgulhosamente negligente Assembleia da República».
Apesar da relativa aridez do assunto, há nas observações de  Rui Tavares tantas omissões, confusões e inverdades que ale a pena esclarecer:
O CETA foi discutido em plenário da AR não uma vez mas três: em 12 de Janeiro de 2017 e ainda em Março e Setembro deste mesmo ano. 

No processo de debate em duas comissões - a de Negócios Estrangeiros e de Assuntos Europeus - por iniciativa do PCP foram obtidos pareceres de múltiplas entidades relacionadas com a temática em causa.
O PCP promoveu ainda em 31 de Março uma audição pública largamente participada e fez uma declaração política em plenário sobre o  tema em 5 de Abril de 2017.

Rui Tavares ignora olimpicamente dois factos essenciais e cruciais : o primeiro é que a AR não tem poderes para alterar um tratado internacional de carácter multilateral como o CETA; o segundo é que a abertura de qualquer espaço para forçar o Governo a negociar ou obter concessões da UE dependia necessariamente da sua não ratificação ou ameaça de não ratificação pela AR, hipótese que ficou logo arrumada em 12 de Janeiro com os votos do PS, PSD e CDS, com a oposição do PCP, do PEV, do BE e do PAN.

Como o próprio Rui Tavares acaba por reconhecer o «êxito» da Valónia resume-se a ter levado o governo belga a apresentar uma queixa no Tribunal de Justiça, o que é manifestamente pouco tendo em conta que o CETA tem a particularidade de ser considerado um tratado «misto» em que 90% das suas disposições já entraram em vigor.
A modos de conclusão, teria sido mais sério e mais justo que Rui Tavares, em vez de fustigar uma alegada «negligência» da AR,  fustigasse sim a fidelidade do PS, do PSD e do CDS ao CETA tal como ele está.

19 setembro 2017

Um livro estrangeiro por semana ( )

El ferrocarril subterráneo
(The Underground Railroad)


Lieratura Random House, 18,90 E.

Apresentação
:Galardonada con el Premio Pulitzer 2017 y con el National Book Award,El ferrocarril subterráneoha sido el acontecimiento literario del año en Estados Unidos.
Colson Whitehead es uno de los pocos escritores que ha conseguido ambos premios por el mismo libro. ConEl ferrocarril subterráneoentra a formar parte del grupo de grandes nombres como Faulkner, Proulx, Updike y A. Walker.
Una renovada visión de la esclavitud donde se mezclan leyenda y realidad y que oculta una historia universal: la de la lucha por escapar al propio destino
Cora es una joven esclava de una plantación de algodón en Georgia. Abandonada por su madre, vive sometida a la crueldad de sus amos. Cuando César, un joven de Virginia, le habla del ferrocarril subterráneo, ambos deciden iniciar una arriesgada huida hacia el Norte para conseguir la libertad.
El ferrocarril subterráneoconvierte en realidad una fábula de la época e imagina una verdadera red de estaciones clandestinas unidas por raíles subterráneos que cruzan el país. En su huida, Cora recorrerá los diferentes estados, y en cada parada se encontrará un mundo completamente diferente, mientras acumula decepciones en el transcurso de una baja...»

P.S.: este tema do «underground railroad», em termos musicais foi objecto de dois programas «A Idade dos Mídia » de Ruben de Carvalho na Antena Um mas, de momento, não consegui encontrar os links.

 

Lei do Trabalho em França

A velha diferença entre
opinião e disposição de luta



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