12 janeiro 2014

O meu único e generoso comentário

Irrevogavelmente,
il dit n'importe quoi



Quanto ao mais, registe-se que os
piquenos têm um relógio para a saída
da troika mas, em termos de Net,
estão um bocado atrasados
.
Com efeito, há pouco ia-se lá e sobre
o Congresso
encontrava-se isto

e depois, clicando no «saiba mais»,
apenas isto:


Se calhar «privatizaram» a gestão
do seu site e nessa empresa não se
trabalha aos fins-de-semana.

A luta na Boeing e...

... e as desventuras dos
trabalhadores americanos
com a segurança social privada


 história, contexto e consequências aqui
em In The Times

10 janeiro 2014

A saída individual(ista)

Si non è vero, è bene trovato



Nota: Esta carta tem de ser lida tendo em conta que, conforme quadro hoje no «Público», os novos cortes começam nos 1.050 euros (nesse valor com uma exacta perda de 36 E.).De caminho, e para que não haja confusões, «o tempo das cerejas» esclarece que estes nababos e privilegiados que ganham 1050 euros de pensão ou reforma não lhe merecem nenhuma pena ou solidariedade.

Aí estão em letras grandes

Foi você que pediu
mais "sinais positivos" ?





09 janeiro 2014

E esta noite




Tenderly

 Baltimore Oriole

Ele nem mede o que diz

Não há problema, desta vez é
simplesmente uma opinião revogável


Tirando o que está no título,  a verdade é que nunca tinha visto por parte de alguém da direita uma confissão tão clara sobre a sua certeza de que, na altura das próximas presidenciais, já não haverá uma maioria parlamentar e um governo PSD-CDS.

Feridas que ainda doem no Brasil

Muito durou a chamada
«doutrina Monroe»(1823)

(«A América [continente]
para os americanos [EUA]»)



aqui em A Folha de S. Paulo

Kennedy cogitou ação
armada para depor João Goulart

Atualizado em 07/01/2014 às 09h59.

«Semanas antes de ser assassinado no Texas, em novembro de 1963, o presidente americano John Kennedy indagou em reunião na Casa Branca se os Estados Unidos poderiam "intervir militarmente" no Brasil para depor o presidente João Goulart (1919-1976).

A pergunta de Kennedy, feita ao embaixador americano no país, Lincoln Gordon, é reveladora de como os EUA cogitavam uma ação armada para ajudar os golpistas a derrubar o presidente brasileiro.

A ação, contudo, acabou sendo desnecessária: bastou o apoio diplomático norte-americano para tornar bem-sucedida a conspiração que derrubou o governo de João Goulart entre 31 de março e 1º de abril de 1964, instaurando uma ditadura militar que duraria 21 anos.

A indagação de Kennedy, documentada em uma gravação realizada pelo próprio americano, foi revelada nesta segunda-feira (6) pelo site "Arquivos da Ditadura", que foi ao ar com documentos sobre o período reunidos ao longo de décadas pelo jornalista Elio Gaspari, colunista da Folha.

A informação é uma das novidades da reedição de "A Ditadura Envergonhada", primeiro volume da série de Gaspari. Ao contrário do que muitos pensavam, a posição americana em relação ao golpe brasileiro foi definida por Kennedy, e não por seu sucessor, Lyndon Johnson, que prontamente reconheceu o governo golpista em 1964.

Em reunião realizada na Casa Branca nos dias 7 e 8 de outubro de 1963, John Kennedy e seus principais assessores discutiram o futuro de Brasil e Vietnã. Sobre a mesa, a possibilidade de golpes de Estado nos dois países. No dia 7, Kennedy conversou longamente sobre a situação brasileira com o embaixador Lincoln Gordon, que servia no Brasil desde 1961 e era um frequente interlocutor dos conspiradores».(aqui)

07 janeiro 2014

A vida de um blogger não está fácil

Eu sei que é um
bocadinho óbvio e fácil...



... mas ao ver esta foto do temporal no Norte, além de me lembrar do susto do faroleiro (se lá estava), imaginei que o farol era Portugal e as águas selvagens e impetuosas eram a política do governo e da troika. E olhem que eu até sou daqueles que acham que só às vezes é que uma imagem vale mais que mil palavras e que às vezes também há palavras que valem mais que mil imagens.

Pois, é a desigualdade na distribuição do Q.I. !

A ler aqui em Slate.com

[A afirmação d conservador  Boris Johnson, numa das conferências anuais sobre M. Tatcher, foi a seguinte:«Whatever you may think of the value of IQ tests, it is surely relevant to a conversation about equality that as many as 16 per cent of our species have an IQ below 85, while about 2 per cent have an IQ above 130. The harder you shake the pack, the easier it will be for some cornflakes to get to the top.
And for one reason or another – boardroom greed or, as I am assured, the natural and god-given talent of boardroom inhabitants – the income gap between the top cornflakes and the bottom cornflakes is getting wider than ever. I stress: I don’t believe that economic equality is possible; indeed, some measure of inequality is essential for the spirit of envy and keeping up with the Joneses that is, like greed, a valuable spur to economic activity.»

06 janeiro 2014

Graças a «El País»

Ouça High Hopes -
o novo álbum de Bruce Springsteen





Está na hora de mais umas lágrimas de crocodilo

Bastaria isto para
condenar toda uma política


a ler aqui em El País


ver melhor aqui

Haja senso

Há dias em que é maior
a obrigação de medir as palavras


Eu sei que, numa situação emocional em que naturalmente há uma enxurrada de declarações, é quase uma certeza matemática que, aqui ou ali, saia disparate, palermice ou falta de ponderação sobre a oportunidade de certas frases. Mas, embora eu nem seja daquelas pessoas de esquerda que gosta de tomar Assunção Esteves como alvo (reparem que nem coloco ai em cima a sua foto), não posso deixar de registar a extrema infelicidade da sua referência aos «elevados custos» de uma provável trasladação do corpo de Eusébio para o Panteão Nacional e à sua peregrina ideia de, para o efeito, se recorrer ao mecenato. E só a circunstância do dia e o respeito pelo morto fazem com que não estampe aqui um inventado grafismo em que a Sagres anunciasse o seu patrocínio a essa trasladação.

05 janeiro 2014

Uma justa tristeza nacional

Um adeus a Eusébio





Neste dia cinzento e triste, morreu Eusébio da Silva Ferreira, um génio do futebol,  um homem bom e uma inapagável referência da juventude muitos de nós. Overdoses mediáticas à parte, verão curto os que não forem capazes de perceber que a vida dos povos e dos países precisa de figuras assim.


O golo de Eusébio aos 18 m. da final europeia com o Milão, em Wembley, em 1963.

Para o seu domingo, os brasileiros do

Minas Ensemble
(Orlando Haddad e Patricia King)



      

atenção: scroll ao lado do «buy»

04 janeiro 2014

Responda quem souber

A pergunta que me persegue


Em artigo ontem perpetrado no Público com a patente missão de insuflar optimismo na comunidade nacional,  como se vê pelo respectivo título «O mundo não está assim tão mal, e Portugal também não», José Manuel Fernandes, para chegar onde pretende pratica uma série de truques argumentativos que vão desde o citar  algumas afirmações pessimistas mais excessivas ou menos ponderadas para depois poder concluir que afinal ainda não estamos no Terceiro Mundo até à gritante desonestidade de jurar, por exemplo, que «os "cortes" [é ele que aqui usa aspas!] salariais e nas pensões afectaram sobretudo em Portugal os rendimentos médios ou mais elevados, o que fez diminuir o rendimento disponível mas não afectou de forma dramática os rendimentos mais baixos. De resto, basta lembramo-nos que os cortes salariais e os cortes nas pensões foram progressivos e que, no caso dos reformados, mais de quatro em cada cinco, os mais pobres, não  viram sequer o seu rendimento afectado (...)».Ao vender-nos estas ideias, como é óbvio, José Manuel Fernandes esquece-se deliberadamente de várias coisas, desde o facto de aquilo  a que em Portugal muitos colunistas chamam rendimentos médios»  serem de facto baixos rendimentos até ao facto de o rendimento dos mais pobres ter sido realmente afectado pelo aumento de impostos e eplos aumentos de preços de bens e serviços essenciais  (com destaque dramático em muitos reformados para o aumento dasrtendasde casa !). E isto para já não falar em todos aqueles milhares que perderam o remdimento social de inserção ou nos 400 mil desempregados que não recebem qualquer subsídio.

E, pronto, devo confessar que sempre me recuso a julgar automaticamente as opiniões que alguém    emite pelo seu estatuto social, padrão de vida ou de rendimentos. Mas também confesso que, cada vez que leio artigos como este de J. M. Fernandes, me vem sempre à cabeça uma pergunta : porque é que nos jornais, nas rádios e nas televisões nunca encontro nenhum cidadão ou cidadã que ganhe menos de mil euros a dizer que as coisas não estão assim tão más ?                               

Porque hoje é sábado ( 356 )

Javier  Limon


A sugestão de hoje vai para o
guitarrista espanhol Javier Limon
e o seu projecto Promesas de  Tierra

´




Promesas de Tierra es un proyecto de vanguardia musical compuesto por Javier Limón e interpretado principalmente por jóvenes músicos de Oriente Próximo, donde se reencuentran las culturas sefardita, cristiana y andalusí, fundamento principal del flamenco y de la música andaluza.

Tras múltiples viajes y aventuras en esa tierra tantas veces prometida y comprometida, el disco se compone de melodías inspiradas en el repertorio clásico de dichas culturas pero desestructuradas tanto armónica como rítmicamente.

Muy expresivas en su interpretación y sofisticadas en los arreglos, las grabaciones crean un clima de belleza sonora y de emoción constante que provoca un desarraigo inmediato del presente, un alto en el camino del tiempo que da un paso atrás para permitir evadirnos de la prisa, para darnos un momento de reflexión abstracta donde el equilibrio entre los valores del arte oriental y del orden contemporáneo se combinan y nos invitan a volar libremente en soledad.

Los jóvenes artistas que interpretan de manera increíble esta obra provienen de muy diferentes países como Israel, Palestina, Jordania o España y son en su mayoría estudiantes y compañeros en la prestigiosa universidad de Berklee College of Music, allí conviven de manera natural para cultivar buena música.

Con este disco tanto Casa Limón como el Mediterranean Music Institute abren una ventana hacia una nueva propuesta sonora, totalmente alejada de los arquetipos tradicionales de la world music o del jazz, y que actualmente lidera una tendencia clara de la música contemporánea de raíz hacia la diversidad cultural.

Estos chicos son las promesas de una tierra prometida.»



02 janeiro 2014

12 anos escravo

O filme de que se fala...

... já tinha sido evocado aqui, com o respectivo trailer e  c0m este vídeo do espiritual negro  Oh Freedom.

 

Depois da última cavacada

Tempo de lembrar a usura
e descrédito de certas palavras




Ora, depois deste grito de alma de Gaspar (que já antes tinha sido solto por Santos Pereira), o que convém saber é que :

- para termos uma ideia do baixíssimo nível de investimento que o nosso país tem hoje, basta referirmos que em termos reais no final de 2012 ele era inferior ao de 1989 e como em 2013 o investimento deverá ter caído 8,5%, podemos afirmar que o nível de investimento é hoje inferior ao de há 25 anos atrás. Com um tão baixo nível de investimento - o que é espantoso é como é que mesmo assim ainda vai caíndo de ano para ano - inevitavelmente, mais ano menos ano, o investimento terá que começar a crescer. Como se costuma dizer depois de bater no fundo, só resta crescer. O problema, o grande probber-se quantos anos levaremos a atingir um nível de investimento idêntico ao que já tivemos nos idos anos 80.

-  de acordo com as previsões e estimativas do Orçamento de Estado para 2014, o investimento (FBCF) em 2013 deverá ter caído 8,5% e de acordo com as previsões do Governo, ele deverá crescer em 2014 1,2%, ou seja, menos de um sétimo  do que caiu em 2013; (ver fontes aquiaqui).

- é lamentável que numa situação destas e sem que sejam tomadas medidas efectivas que conduzam à retoma da actividade económica - aposta no aparelho produtivo nacional, aumentos dos salários e das pensões e mais emprego - este Governo e o PR venham apregoar o fim da recessão, criando falsas expectativas nos trabalhadores e no povo, sabendo eles que aquilo a que se assiste é a um mero abrandamento do ritmo da recessão e que é bem possível que esta situação de recessão e estagnação possa perdurar por muito mais tempo.

Fartos destes truques

Um pequeno e inocente 
esquecimento de Sexa.



Peço desculpa aos leitores mas...

... avaria no PhotoShop
impede-me de lhe colocar
Passos Coelho e Portas no colo



... e como se não bastasse tudo o resto, só hoje com este discurso é que acordei para o pesadelo que vai ser gramar este marmelo a  «celebrar» os 40 anos do 25 de Abril.

01 janeiro 2014