19 maio 2013

Ora aí está...

... o «prestígio» internacional
de que o governo não fala


É certo que não faltam no El País peças e reportagens sobre os dramas da austeridade em Espanha mas, ainda assim, registe-se que ontem havia no jornal espanhol uma página inteira dedicada a este assunto ou caso.

Num banco detido a 99% pelo Estado

A hora e a vez de
Nossa Senhora da Conceição


Caderno de Economia do Expresso

18 maio 2013

"Cacha" do Expresso ou encomenda do Governo

Mais um filme de terror
a estrear brevemente dentro
da casa de muita gente



Alegre «dixit»

Post breve porque hoje
estou com punhos de renda

Manuel Alegre em entrevista a Nuno Ramos de Almeida no i, não me passando pela cabeça omitir ou negar que nela diz muitas coisas sensatas ou interessantes. Não é, a meu ver o caso da que, como Alegre sabia dado que domina bem o efeito das palavras, fez logo título e da patente falsificação de que «o PC não quer entendimentos». Repartir as culpas por todas as aldeias é o que está a dar e é o que a alguns mais jeito dá. E isso é que, podendo ser cómoda para algumas consciências, me parece  não servir para nada nem levar a parte nenhuma.


Até um leigo podia prever isto !

Grandes génios : aumentar
todos os impostos e, no fim,
obter menos receita fiscal



Há boas razões para desconfiar que, não podendo haver gente tão cega e incompetente, estamos perante um plano deliberado de empobrecimento do povo e de destruição do país, ao serviço de uma estratégia de classe dos grandes interesses.

Porque hoje é sábado (325)

Tom Harrell


A sugestão musivcal de hoje
oferece-vos 26 minutos com o
trompetista norte-americano Tom Harrell.


Um livro estrangeiro por semana (...)

The Body Economic
WHY AUSTERITY KILLS

 (sugestão colhida de Eduardo Paz Ferreira
na SIC Notícias)
Edição da Basic Books, $ 17,89.

Apresentação do editor: «Politicians have talked endlessly about the seismic economic and social impacts of the recent financial crisis, but many continue to ignore its disastrous effects on human health—and have even exacerbated them, by adopting harsh austerity measures and cutting key social programs at a time when constituents need them most. The result, as pioneering public health experts David Stuckler and Sanjay Basu reveal in this provocative book, is that many countries have turned their recessions into veritable epidemics, ruining or extinguishing thousands of lives in a misguided attempt to balance budgets and shore up financial markets. Yet sound alternative policies could instead help improve economies and protect public health at the same time. In The Body Economic, Stuckler and Basu mine data from around the globe and throughout history to show how government policy becomes a matter of life and death during financial crises. In a series of historical case studies stretching from 1930s America, to Russia and Indonesia in the 1990s, to present-day Greece, Britain, Spain, and the U.S., Stuckler and Basu reveal that governmental mismanagement of financial strife has resulted in a grim array of human tragedies, from suicides to HIV infections. Yet people can and do stay healthy, and even get healthier, during downturns. During the Great Depression, U.S. deaths actually plummeted, and today Iceland, Norway, and Japan are happier and healthier than ever, proof that public wellbeing need not be sacrificed for fiscal health.Full of shocking and counterintuitive revelations and bold policy recommendations, The Body Economic offers an alternative to austerity—one that will prevent widespread suffering, both now and in the future.»

17 maio 2013

Pequenas maravilhas do nosso tempo

Como eu gosto deste título

Que fique pois para a memória futura dos tempos bárbaros que vivemos esta sensacional associação (feita por Passos Coelho e citada no Público online) da aplicação de medidas de austeridade ao «talento» de alguém. Cá para mim, é como se alguém viesse elogiar o «talento» de Jack, o Estripador. E remato recuperando uma antiga mas injusta piada anti-alemã que terminava com o desabafo «só é pena é não lhes dar para o bem».

Falta de senso

Mais valia estarem 
quietos e calados



Depois disto ontem...


... o Público sai-se hoje com isto:

certamente muito inchado porque ele e El País, com uma notícia baseada no cobarde anonimato,  obrigaram a chamcelaria alemã a fazer um comunicado.

16 maio 2013

Mais glórias do jornalismo português

Eu até podia ficar calado...

... em relação a esta chamada na primeira página no Público de hoje e à pagina inteira que no interior a desenvolve porque me dá jeito tudo o que venha à rede que seja contra a política de austeridade. Mas não devo porque não pode valer tudo. Porque escrevo assim ? Porque, muito simplesmente, encontro nesta peça um sem número de referências aos «alemães», aos «responsáveis alemães», à «fúria de Berlim» e à «irritação de Berlim» mas não encontro nem uma identificação e nem um nome dos autores destas «demarcações» e «críticas». Pelo que, não duvidando de que alguém tenha soprado estas opiniões à jornalista do Público e não discutindo agora o duvidoso acerto deontológico de uma peça assim, só posso sublinhar que pedir o anonimato quando se fazem críticas tão duras em matérias tão importantes como estas só pode ter o nome de uma infinita cobardia.