06 maio 2012

Porque hoje é sábado (270)

Marcel Khalifé 


A sugestão musical de hoje presta um merecido tributo ao excepcional músico libanês Marcel Khalifé,cujo último álbum- The Fall of the Moon -
é de homenagem ao seu grande amigo
 já falecido, o poeta palestiniano
 
Mahmoud Darwish.

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And we love life

And we love life if we find a way to it.
We dance between two martyrs
and we raise a minaret for violet or palm trees.

We love life if we find a way to it.

And we steal from the silkworm a thread
to build a sky and fence-in this departure.
We open the garden gate for the jasmine
to go out as a beautiful day on the streets.

We love life if we find a way to it.

And we plant, where we settle, some fast
growing plants, and harvest the dead.
We play on the flute the color of the faraway
and sketch over the dirt corridor a neigh.
We write our names one stone at a time,
O lightning make the night a bit clearer.
We love life if we find a way to it...

05 maio 2012

Eleições locais inglesas

Partidos do governo ganham Londres
à justa mas levam sova no resto do país



mais aqui em The Guardian


ver melhor aqui

Atenção

Hoje, último dia do
Congresso Marx em Maio

(na Faculdade de Letras de Lisboa)



Com o seguinte programa:


04 maio 2012

A grande descoberta...

... com duas décadas
e meia de atraso !



É claro que sempre se pode dizer, à moda de pobre consolação, que mais vale tarde do que nunca mas é de facto extraordinário e sintomático que só agora, por causa do caso Pingo Doce, tantos órgãos de comunicação social e opinion makers tenham descoberto o absurdo e ditatorial poder (em boa verdade, praticamente um poder de vida ou de morte)  que as grandes superfícies de distribuição têm sobre os seus fornecedores, sejam eles agrícolas ou de qualquer outra coisa (desde as bolachas e os refrigerantes até aos livros, and so on).

Como tem acontecido com tantas outras questões, prestassem mais atenção ao que o PCP diz ou escreve há imenso tempo (em vez de lhe chamarem cassete) e não dariam este triste espectáculo de longa distracção e de notável atraso de informação e de consciência.

No «Libération» de hoje

Magnífico !





Desgarradas sobre a auto-estima

Carta aberta a três
vendedores de banha da cobra







03 maio 2012

Lembram-se ?

Sabor a mi
por 
Alejandro Escovedo


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Um problema interessante

O Pingo Doce e a PSP

Para o pior e para o melhor, está tudo dito sobre a operação (provocação, digo eu) do Pingo Doce no 1º de Maio, convindo-me apenas relembrar que, nada interessado em cavar fossos,  não escrevi nem uma única palavra contra as pessoas que lá foram.

Mas creio que resta um problema interessante que resulta de, por causa de desta congeminação de um grande grupo, centenas de agentes da PSP terem de ser mobilizados para enfrentar as decorrências de «ordem pública», aliás prevísiveis.
Pronto, agora já está e já foi, não há nada a fazer. Mas para a próxima, se houver próxima do mesmo género, a qualquer pedido de mobilização policial feita pelo Pingo Doce eu acho que é estrito dever do Comando-Geral da PSP responder assim:

«Exmos Senhores:

Para o caso de V.Exas ainda não terem percebido, relembramos que as forças policiais não existem para enfrentar ou acudir a situações que resultam manifestamente da insensatez e imprevidência de iniciativas comerciais de empresas.

Permitimo-nos por isso sugerir a V. Exas que, quando planearem promoções do género da do 1º de Maio, incluam nesse planeamento os gastos com o recurso, de dimensão excepcional, a empresas de segurança privada, já que não é admissível que, ainda por cima em época de contenção de despesas, tenha de ser o Estado, através das forças de segurança pública, a arcar com as inerentes despesas e mobilização de agentes.

Mais informamos V. Exas que nem com um desconto de 75% para os agentes da PSP será alterada a posição que agora comunicamos.»


02 maio 2012

Chega de agitação, ouçamos

Kirsty Hawkshaw


 
Just Be

Beautiful Danger


Where the Sidewalks End

Uma perda para a cultura nacional

Fernando Lopes (1935-2012)



Com a morte de Fernando Lopes desaparece uma personalidade marcante da cinematografia nacional e da sua renovação a partir dos anos 70. Descobrir ou revisitar a sua  vasta obra é a melhor forma de o homenagear.