22 maio 2012

Mais uma prova de que...

... estes só sabem dizer mal
e nunca propõem nada !

ouvir na íntegra aqui

Conclusões das
JORNADAS PARLAMENTARES DO PCP

«(...) O problema não é a falta de um protocolo adicional; o problema é mesmo o tratado orçamental, o pacto de estabilidade e toda a política neoliberal e monetarista ao nível da União Europeia, aprovada e aplicada por PS, PSD e CDS.
Aos que dizem que é preciso adicionar um protocolo ao tratado orçamental, nós dizemos que o que é preciso é renegociar a dívida.
Assim, a par da apresentação de um novo projeto de resolução sobre a questão, o PCP vai requerer um debate de urgência potestativo sobre a questão da renegociação da dívida, elemento fulcral para a recuperação económica e social do país.
(...).
Sobre problema das rendas/lucros excessivos das principais empresas electroprodutoras (EDP, IBERDROLA, ENDESA, etc) o PCP tomará as iniciativas parlamentares necessárias que assegurem uma efectiva baixa da factura de electricidade para consumidores domésticos e pequenas empresas. Não só devem ser devolvidas as rendas excessivas cobradas até 2011 (cerca de 1 500 milhões de euros) como devem ser eliminadas as previstas de2012 a 2020 (cerca de 2 500 milhões). No mesmo sentido, continuaremos a intervir, para redução das tarifas de gás natural, de tão relevante importância para a competitividade de muitas das empresas instaladas neste distrito. (...)

Dos encontros e visitas realizadas vimos reforçadas as nossas preocupações com a taxa do IVA da restauração a 23%, com o anúncio do encerramento de muitos restaurantes, cafés e outras pequenas empresas do ramo e a correspondente perda de postos de trabalho. Razão para que o GP vá propor o imediato agendamento do seu Projecto de lei. 


O GP do PCP apresentará também nos próximos dias um PJR recomendando ao Governo um “programa de emergência para a construção civil e obras públicas. Só no distrito de Leiria desapareceram, de Setembro de 2011 a Março de 2012, 900 postos de trabalho. 



Tendo em conta que o país enfrenta um brutal aumento do número de trabalhadores desempregados e tendo em conta que, dos mais de 1 milhão e 200 mil desempregados, apenas cerca de 350 mil trabalhadores recebem subsídio de desemprego, o PCP, no âmbito do processo de apreciação parlamentar ainda em discussão na Assembleia da República, apresentou propostas que visam corrigir as nefastas alterações do regime do subsídio de desemprego introduzidas pelo Governo PSD/CDS. Na verdade, entre as propostas que o PCP apresentou, importa destacar a eliminação dos artigos que reduzem o prazo de atribuição. Numa altura em que o desemprego alastra de forma dramática reduzir o prazo de atribuição do subsídio de desemprego é inaceitável e terá gravíssimas consequências sociais. O PCP reafirma a necessidade de melhorar as regras de atribuição do subsídio de desemprego e não deixará de responsabilizar PSD e CDS por agravar ainda mais as condições de vida dos trabalhadores desempregados.


A perda da habitação é hoje um dos maiores dramas e uma das maiores ameaças para muitos milhares de famílias, com o aumento do desemprego, dos salários em atraso, com o roubo de salários e de pensões.
Nesta situação é indispensável tomar medidas que tenham como prioridade e objetivo principal a manutenção das casas, evitando situações ainda mais dramáticas. É por isso que amos apresentar um projeto de lei que consagre a possibilidade de recorrer a uma moratória parcial ou total do pagamento das prestações da casa, nos casos de desemprego ou quebra acentuada do rendimento, sem necessidade de acordo do banco e sem alteração das condições do contrato.v (...).
O Governo pretende arrecadar cerca de 130 milhões de euros à custa das autarquias, mesmo quando a Lei das Finanças Locais estabelece que o IMI é uma receita municipal e quando os próprios meios e recursos municipais são usados neste processo.
Neste sentido, o PCP irá avançar com uma iniciativa legislativa que garanta a devolução aos municípios a totalidade das receitas do IMI, impossibilitando a retenção dos 5%, repondo o IMI como receita municipal.

OCDE e Portugal - três notícias

Barranco de cegos


Na TSF, três notícias esta manhã sobre estudos da OCDE relativamente a Portugal, aqui por uma ordem propositadamente diferente da sua cronologia online.

e vai uma

e vão duas

(ouvir aqui)

e vão três !


"Deixai-os: cegos são e
condutores de cegos;  e se um
cego guia a outro cego,
 ambos vêm a cair no barranco".

S. MATEUS

Greve na educação em Espanha ou...

... elogio dos que resistem e lutam !






notícias actualizadas aqui

Já que tanto se fala do termo, vamos a ele

Em torno do conceito
de produtividade



Os leitores podem encontrar aqui ,em «os papéis de Alexandria», um interessante
artigo do
eng. Daniel Vaz de
Carvalho
publicado no boletim
da Confederação dos Quadros Técnicos.

Cimeira da NATO em Chicago

O Império e a
estética do seu poder

na primeira página do Público

21 maio 2012

Acabado de sair

"Occupy This Album"


Occupy This Album: a compilation of music by,
for and inspired by the Occupy Wall Street movement and the 99%

Canções, entre outros e outras, de Ani DiFranco, UNKLE, David Amram, Joan Baez, Tom Chapin, Willie Nelson, Rain Phoenix, Patti Smith, Anti Flag, Girls Against Boys, Garland Jeffreys, New Party Systems Featuring Kyp Malone, Yoko Ono, Amanda Palmer, Dar Williams, The Mammals Featuring Pete Seeger, David Crosby & Graham Nash, George Martinez & The Global Block Collective, Jackson Browne, Yo La Tengo, The Guthrie Family, Matt Pless, 

Nos EUA

Saqueando os pobres



A ler aqui

20 maio 2012

Jamor, Portugal, 2012

Não deixaram
mas teria tido piada



Adenda em 21/5: este post foi feito com base numa informação radiofónica no ínicio do jogo mas o «Público» de hoje informa que, a fechar a primeira parte apareceram nas bancadas faixas de estudantes como "Mãe, estou no desemprego", "11 mil bolsas de estudo a menos" ou "A propina mais alta da Europa". Melhor assim, pena que pelo menos neste jornal não haja foto e era bom saber se a televisão as mostrou. Mas esta foto está aqui.

E mais aqui em «A Bola» (o saudoso Carlos Pinhão havia de gostar):



20 vinhetas sobre a crise

El Roto, a não perder em El País





Para o seu domingo, a banda norte-americana

My Morning Jacket





«Cartoons» americanos sobre a Europa

Tiro ao lado, tiro no alvo






19 maio 2012

O caso "Público"-Miguel Relvas

O "centralismo" tout court



Na edição impressa de hoje do Público tudo o que os leitores podem aí encontrar sobre o caso «Público-Miguel Relvas» que ontem rebentou é o comunicado da direcção do jornal sobre o assunto.

Embora a razão deste post seja outra, não quero deixar de mencionar que a direcção do jornal avalizou uma determinada versão do que aconteceu ao incluir no seu comunicado a seguinte passagem : «
Num telefonema à editora de política do jornal, na quarta-feira, Miguel Relvas ameaçou fazer um blackout noticioso do Governo contra o jornal e divulgar detalhes da vida privada da jornalista Maria José Oliveira, de quem tinha recebido nesses dias um conjunto de perguntas relativas a contradições nas declarações que prestara, no dia anterior, na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias.»

Entretanto, o que me ocupa agora é a circunstância decorrente de que assim os leitores do Público não tiveram direito a ter acesso ao comunicado do Conselho de Redacção do jornal nem, por exemplo, ao comunicado do Sindicato dos Jornalistas (que até estão disponíveis por toda a parte).

Este critério ou atitude da direcção do jornal não me causa a menor surpresa. Já há imensos anos, no quadro de uma polémica muito conhecida sobre o alegadamente nefando «centralismo democrático» do PCP, eu observava que «centralismo» tout court (isto é, sem o adjectivo «democrático») era o que mais havia em diversas esferas da sociedade portuguesa, a começar desde logo, e porventura em caso de recorde nacional, na comunicação social.

Talvez os leitores mais novos não acreditem mas há 20 anos, pelas paragens do Público e de outros órgãos de comunicação social, em nome de uma famosa «transparência», até se sustentava que as reuniões do Comité Central do PCP deviam ser abertas aos órgãos de informação.

E, em resposta, eu sempre sustentei que, se caíssemos nessa demagogia barata da transparência total, então teríamos de começar pela comunicação social porque, em boa verdade, de há muito que ela influencia muito mais o curso da vida política nacional do que os partidos.

Pois é, agora nem os leitores nem os os jornalistas do Público puderam ler nas páginas do seu jornal o comunicado do eleito Conselho de Redacção do jornal.  Como teria dito o manhoso de Santa Comba Dão, «está tudo bem assim e não podia ser de outra maneira».

Porque hoje é sábado ( 272 )

Soledad Vélez 



A sugestão musical de hoje traz-vos
 a chilena Soledad Vélez que acaba
de publicar o seu primeiro álbum intitulado
Wild Fishing.





18 maio 2012

O homem do dia

Mais esplendores do Relvas*...
(*direitos de autor, salvo erro, de Clara Ferreira Alves)






Público online

(extraído de aqui )

E, deixando de parte a questão de saber se o poderoso Ministro sabe o que é a esquizofrenia, bem vistas as coisas nada tenho a acrescentar a não ser que, sem o saber, Miguel Relvas chamou «esquizofrénico» ao seu próprio governo que se caracteriza, designadamente ao nível das suas «contra-reformas» pelo recurso doentio às «velhas fórmulas e velhas receitas».


.... e agora não é esquizofrenia,
é pura falta de vergonha na cara


É que, sem excluir responsabilidades dos governos seguintes do PS, Miguel Relvas se esqueceu apenas de quem promoveu o nascimento legal da coisa.
(...)

(...)

... por fim, um dia em cheio





A campanha dos Republicanos contra as mulheres

Vale a pena ler e saber


aqui


e também aqui sobre outro tema



Grécia país «recente» ou...

[ver Adenda de ontem ao post «Ainda o «Manifesto para...»]

... os novos concertos
para violino de Chopin




Embora não disponha dos vídeos comprovativos, juro que a minha alma ficou parva quando na «Prova dos Nove» da TVI24 de 17 de Maio, ouvi e vi Pedro Santana Lopes, com um ar algo petulante e sobranceiro, a referir-se à Grécia como um «país recente», até porque fez parte longamente do Império Otomano, com o óbvio intuito de se deduzir que naquele país seria fraco o sentimento nacional.

Por acaso ou talvez não, logo no último «Quadratura do Círculo», Pacheco Pereira com patente desprezo intelectual e justo fastio se encarregou, sem identificar Santana Lopes, de ridicularizar os que parecem não saber que a Grécia tem milénios de história. que a ocupação otomana de quase cinco séculos (conquistou a independência em 1823) não anulou a existência permanente de comunidades gregas unidas, para além do mais, pelo factor religioso e que a Grécia é, sem dúvida, um dos países europeus de mais arreigado sentimento nacional.

Vá lá, Pedro Santana Lopes, «un petit effort», até há uma coisa chamada Wikipédia.


P.S.: Por aqui fico também a saber isto:



17 maio 2012

E agora a mezzo-soprano

Alicia Hall Moran




Um ano sob a pata das «troikas» (a nacional e a estrangeira)

Tempo de balanço... e de memória




«(...) É pois legítimo concluir que a teimosia doentia em prosseguir este caminho não é ditada pela motivação da melhoria económica e financeira do país, mas encarada como uma oportunidade de vingança de natureza marcadamente ideológica. De desregulamentação do mercado de trabalho, de consideração do desemprego como uma realidade estrutural "natural" e inelutável, de depreciação da força de trabalho assimilando-a a uma qualquer mercadoria dependente do jogo da oferta e da procura, de fragilização dos sindicatos,, de eliminação tendencial dos sistemas públicos de e gerais de saúde e segurança social. Impondo uma efectiva regressão social.(...)» (Octávio Teixeira, em depoimento hoje ao Público)

E agora, contra a amnésia e o preconceito,
recomenda-se a leitura do comunicado do
PCP datado de 5 Maio de 2011

texto e vídeo aqui