10 fevereiro 2025

«Soluções problemáticas» ? que delicadeza no dizer !

 Loucura
e descaramento
T

Trump descreve Gaza como
um “grande terreno imobiliário”
que os EUA querem “comprar»


«Presidente dos EUA continua a defender soluções problemáticas para o enclave palestiniano afectado pela guerra e convida países do Médio Oriente para a reconstrução. Netanyahu elogia “visão criativa”. (Público)


09 fevereiro 2025

JAZZ PARA O SEU DOMINGO

 Wayne Escoffery

Acontecimento !

Novidade !
 No «Público» de ontem
escreveu um não atlantista


Qual o custo/benefício da participação na NATO?

É evidente que um tal objectivo só seria possível com subtracções dramáticas nos gastos orçamentais, entre outros, na saúde, na educação e na segurança social. E é igualmente evidente que mais de 20% de tal despesa se destinaria a importações de equipamentos militares, sobretudo dos Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido.

Tudo isto mereceria múltiplas considerações, mas atrevo-me a levantar uma questão primordial (e talvez iconoclasta) a montante, a saber: tem Portugal interesse em permanecer membro da NATO?

Tal questão não invalida a necessidade de o país se dotar de meios de defesa apropriados e proporcionais às suas capacidades, mas parece-me que, num momento em que o Estado-membro dominante da NATO, os Estados Unidos, vocaliza ambições expansionistas e patrocina agressões genocidas no Médio Oriente, é legítimo, se não mesmo oportuno, organizar esse debate e avaliar os custos e benefícios de nos mantermos obrigados, nos termos do tratado fundador da NATO, a socorrer este ou aquele membro aventureiro face a uma eventual resposta retaliatória de um terceiro que o dito “aliado” agrida.

O Sr. almirante Melo, ex-chefe do Estado-Maior da Armada, entende que os portugueses devem estar dispostos a ir morrer lá longe, se, por absurdo exemplo, uma das ilhas finlandesas Aland for ocupada pelos russos. É uma opinião. Que eu saiba, nunca a Rússia atacou ou planeia atacar qualquer país da NATO, embora o chamado Ocidente tenha violado todos os compromissos assumidos com a Rússia de não-alargamento da NATO aos países do Leste europeu. Dirão alguns que a participação portuguesa na NATO nos protege, todavia, de uma possível agressão, seja da Rússia, seja de um outro terceiro. Ora, a meu ver, a história ensina-nos que os nossos ditos aliados só nos ajudarão militarmente se isso corresponder aos seus respectivos interesses estratégicos ou económicos, pelo que o alegado mecanismo automático de defesa colectiva obedece a outras considerações mais pragmáticas.

Sejamos realistas: alguém imagina que os russos achem necessário iniciar um conflito atacando Portugal? O Sr. Rutte admite que sim, pois avisou-nos de que andam por aí uns

barcos russos a rondar as nossas costas, porventura a prepararem um desembarque em Peniche, pelo que deveríamos triplicar a nossa frota de tanques e reforçar o stock de mísseis, mesmo que isso implicasse encerrar uns tantos hospitais e escolas.

Assinalo, enfim, que países europeus como a Irlanda ou a Suíça não são membros da NATO e, ao que consta, não vêem vantagem em entrarem no clube. E relembro que, para todos os efeitos, o Tratado de Lisboa, que rege a União Europeia, já prevê no n.º 7 do seu artigo 42.° um mecanismo de defesa colectiva (“Se um Estado-membro vier a ser alvo de agressão armada no seu território, os outros Estados-membros devem prestar-lhe auxílio e assistência por todos os meios ao seu alcance…”).

Não deixa de ser irónico que, depois de o Sr. Dijsselbloem ter cá vindo, no tempo da troika, impor políticas restritivas sobre uma população que no seu entender se comprazia em gastar o que não devia em vinho e mulheres, seja agora um seu compatriota a desembarcar na capital para nos exigir mais metralhadoras e submarinos. É para nos salvar, diz, pelo menos enquanto não adoecermos ou embrutecermos ou definharmos. Obrigadinho! Ou, se preferir um carinho: Dank je, mijn liefste!»

*Ex-membro do Serviço Jurídico da Comissão Europeia

Adenda

Por mim só acrescentaria que o nº 2 do artº 7º da Constituição da República estabelece que  « Portugal preconiza a abolição do imperialismo, do colonialismo e de quaisquer outras formas de agressão, domínio e exploração nas relações entre os povos, o desarmamento geral, simultâneo e controlado, a dissolução dos blocos político-militares, bem como o estabelecimento de um sistema de segurança coletiva, com vista à criação de uma ordem internacional capaz de assegurar a paz e a justiça nas relações entre os povos.

06 fevereiro 2025

Dois cartoons

Trump e Gaza

 


-Benvindos ao novo resort Trump GAZA
LAGO - a Riviera do Médio Oriente

É gente do «Deus, Pátria, Família»

 Mais um caso para o Chega

Prostituição de menor. “Foi
 uma coisa que aconteceu”,
 diz dirigente do Chega acusado
(Público)

05 fevereiro 2025

Notícias do processo histórico (essa coisa tão esquecida)

 Viagem aos arquivos

4.2.2013
Palavras insuspeitas de há
69 anos
( melhor dizendo de
 há 81 anos ) só para envergonhar
os neoliberais de hoje


A edição do orgão da Democracia Cristã de 25 de Abril de 1945
Lendo a fascinante Storia dell'Italia Partigiana (1943-1945), de Giorgio Bocca, encontro 19 linhas que foram publicadas no Popolo clandestino de 23 de Agosto de 1944, isto é quando grande parte da Itália ainda estava ocupada por nazis e fascistas e quando a resistência antifascista armada pagava um alto preço em vidas e sangue. Ponto importante e por demais esclarecedor é que essas palavras não foram escritas nem pelo PCI (Partido Comunista Italiano) nem pelo PSI (Partido Socialista Italiano) mas pela direcção da Democracia Cristã no norte(*) de Itália e diziam o seguinte para suprema vergonha das forças e personalidades neoliberais dos dias de hoje:

 (ler o resto aqui)

04 fevereiro 2025

Na sua morte

 Maria Teresa Horta,
uma voz indomável

Velório entre as 18 e as 22 hs, quarta-feira. na Basílica da Estrela.