Bonito serviço !
11 fevereiro 2025
10 fevereiro 2025
«Soluções problemáticas» ? que delicadeza no dizer !
Loucura
e descaramento
T
Trump descreve Gaza como
um “grande terreno imobiliário”
que os EUA querem “comprar»
«Presidente dos EUA continua a defender soluções problemáticas para o enclave palestiniano afectado pela guerra e convida países do Médio Oriente para a reconstrução. Netanyahu elogia “visão criativa”. (Público)
09 fevereiro 2025
Acontecimento !
No «Público» de ontem
escreveu um não atlantista
Qual o custo/benefício da participação na NATO?
- Público - Edição Lisboa
- Francisco Sousa Fialho*«Lisboa recebeu há dias a visita do Sr. Mark Rutte, actual secretário-geral da NATO, que veio pressionar o Governo português para aumentar significativamente as despesas militares. Se é certo que em Julho de 2023 os membros da NATO acordaram aumentar até 2% do PIB nacional essas despesas, tendo Portugal previsto atingir esse valor em 2029, o Sr. Rutte considera que é insuficiente e, fazendo eco das pretensões do Sr. Donald Trump, aponta para a meta dos 5%, o que no caso português implicaria um montante anual superior a 15 mil milhões de euros, a alcançar o mais rapidamente possível. Entretanto, para abrir o apetite, a próxima cimeira da NATO, prevista para Junho, prepara-se para determinar um imediato aumento para 3%.
É evidente que um tal objectivo só seria possível com subtracções dramáticas nos gastos orçamentais, entre outros, na saúde, na educação e na segurança social. E é igualmente evidente que mais de 20% de tal despesa se destinaria a importações de equipamentos militares, sobretudo dos Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido.
Tudo isto mereceria múltiplas considerações, mas atrevo-me a levantar uma questão primordial (e talvez iconoclasta) a montante, a saber: tem Portugal interesse em permanecer membro da NATO?
Tal questão não invalida a necessidade de o país se dotar de meios de defesa apropriados e proporcionais às suas capacidades, mas parece-me que, num momento em que o Estado-membro dominante da NATO, os Estados Unidos, vocaliza ambições expansionistas e patrocina agressões genocidas no Médio Oriente, é legítimo, se não mesmo oportuno, organizar esse debate e avaliar os custos e benefícios de nos mantermos obrigados, nos termos do tratado fundador da NATO, a socorrer este ou aquele membro aventureiro face a uma eventual resposta retaliatória de um terceiro que o dito “aliado” agrida.
O Sr. almirante Melo, ex-chefe do Estado-Maior da Armada, entende que os portugueses devem estar dispostos a ir morrer lá longe, se, por absurdo exemplo, uma das ilhas finlandesas Aland for ocupada pelos russos. É uma opinião. Que eu saiba, nunca a Rússia atacou ou planeia atacar qualquer país da NATO, embora o chamado Ocidente tenha violado todos os compromissos assumidos com a Rússia de não-alargamento da NATO aos países do Leste europeu. Dirão alguns que a participação portuguesa na NATO nos protege, todavia, de uma possível agressão, seja da Rússia, seja de um outro terceiro. Ora, a meu ver, a história ensina-nos que os nossos ditos aliados só nos ajudarão militarmente se isso corresponder aos seus respectivos interesses estratégicos ou económicos, pelo que o alegado mecanismo automático de defesa colectiva obedece a outras considerações mais pragmáticas.
Sejamos realistas: alguém imagina que os russos achem necessário iniciar um conflito atacando Portugal? O Sr. Rutte admite que sim, pois avisou-nos de que andam por aí uns
barcos russos a rondar as nossas costas, porventura a prepararem um desembarque em Peniche, pelo que deveríamos triplicar a nossa frota de tanques e reforçar o stock de mísseis, mesmo que isso implicasse encerrar uns tantos hospitais e escolas.
Assinalo, enfim, que países europeus como a Irlanda ou a Suíça não são membros da NATO e, ao que consta, não vêem vantagem em entrarem no clube. E relembro que, para todos os efeitos, o Tratado de Lisboa, que rege a União Europeia, já prevê no n.º 7 do seu artigo 42.° um mecanismo de defesa colectiva (“Se um Estado-membro vier a ser alvo de agressão armada no seu território, os outros Estados-membros devem prestar-lhe auxílio e assistência por todos os meios ao seu alcance…”).
Não deixa de ser irónico que, depois de o Sr. Dijsselbloem ter cá vindo, no tempo da troika, impor políticas restritivas sobre uma população que no seu entender se comprazia em gastar o que não devia em vinho e mulheres, seja agora um seu compatriota a desembarcar na capital para nos exigir mais metralhadoras e submarinos. É para nos salvar, diz, pelo menos enquanto não adoecermos ou embrutecermos ou definharmos. Obrigadinho! Ou, se preferir um carinho: Dank je, mijn liefste!»
*Ex-membro do Serviço Jurídico da Comissão Europeia
Adenda
08 fevereiro 2025
06 fevereiro 2025
É gente do «Deus, Pátria, Família»
uma coisa que aconteceu”,
diz dirigente do Chega acusado
(Público)
05 fevereiro 2025
Notícias do processo histórico (essa coisa tão esquecida)
Viagem aos arquivos
69 anos ( melhor dizendo de
há 81 anos ) só para envergonhar
(ler o resto aqui)
04 fevereiro 2025
Na sua morte
Maria Teresa Horta,
uma voz indomável