Lightning Bug
Não queriam mas
agora, depois de Biden,
já admitem querer
Está visto: estive
em hibernação 45 anos
Numa crónica no último «Expresso» de extensa e vibrante admiração pelo actual primeiro-ministro grego Kyriakos Mitsotakis (do partido de direita Nova Democracia) que é apontado como o bom modelo que a direita nacional devia imitar, Clara Ferreira Alves escreve a dado passo que «a direita portuguesa continua ressentida devido à dominação esquerdista durante décadas de democracia».
Repare-se que a autora não escreve «ressentida devido ao que ela vê (ou imagina) como a dominação esquerdista».
Assim sendo, só posso confessar humildemente que desde 1976 devo ter estado em profunda hibernação e que só agora, visitando o site do governo, me deparei com os nomes dos exaltados esquerdistas que ao longo de 45 anos foram primeiros-ministros.
Ai Madrid, me matas
O"DN" festeja
antecipadamente a
(provável) vitória de Ayuso (PP)
O «DN» a querer
iludir Rui Rio
"Um país de
salários mínimos"
«O quadro 2, com dados do Eurostat, mostra a diferença de rendimento médio mensal auferido pelos trabalhadores em Portugal de acordo com o seu nível de escolaridade e um país de baixíssimos salários a perderem poder de compra, com exceção do SMN, pois a inflação aumentou 10,2% entre 2011 e 2019
Uma primeira conclusão importante que se tira dos dados do Eurostat do quadro 2 é que, no período 2011/2019, as remunerações médias que aumentaram mais foram as dos trabalhadores de baixa escolaridade (ensino básico ou menos), que tiveram uma subida de 12,3% (+69€), enquanto as remunerações dos trabalhadores com maior escolaridade (ensino superior) sofreram uma redução de 7,3% (-85€). É por isso que Portugal está-se a transformar num país de salários mínimos. Não é possível assim reter os trabalhadores com qualificações elevadas e desenvolver uma economia baseada em média-alta e alta tecnologia e no conhecimento. Não é por acaso que os trabalhadores mais qualificados têm emigrado para o estrangeiro.
Uma segunda conclusão importante é que, apesar de tudo, diferenças de escolaridade determinam diferenças grandes nas remunerações recebidas pelos trabalhadores. Em 2019, segundo o Eurostat, um trabalhador com o ensino secundário ganhava no nosso país em média mais 20% do que um trabalhador com o ensino básico, e um trabalhador com o ensino superior ganhava mais 71,4% que um trabalhador com o ensino básico. A remuneração de um trabalhador com o ensino superior era, em média, superior em 42,9% à do trabalhador com o ensino secundário. Mesmo com as baixas remunerações pagas em Portugal, as diferenças de remunerações determinadas pelos níveis de escolaridade são muito grandes»
estudo de Eugénio Rosa aqui