Muito bem !
Num debate obviamente dificil, João Ferreira mostrou elevação, clareza, grande sensibilidade social, ideias arrumadas e progressistas e marcou diferenças substantivas com o actual Presidente. A meu ver, esteve muito bem.
Muito bem !
Num debate obviamente dificil, João Ferreira mostrou elevação, clareza, grande sensibilidade social, ideias arrumadas e progressistas e marcou diferenças substantivas com o actual Presidente. A meu ver, esteve muito bem.
Botão para desligar
o microfone precisa-se !
Se os telespectadores portugueses nunca tivessem sabido o que foi o 1º debate Trump-Biden, podem ficar agora a saber que Trump fez tudo aquilo que André Ventura fez na TVI24 no debate com João Ferreira: xingou, caluniou, mentiu e, pior que tudo, esteve sempre a falar não deixando ouvir com nitidez as justas estocadas que João Ferreira ainda assim lhe assestou.
Uma moderação laxista e parcial facilitou tudo o que não devia ser facilitado. Se não forem parvos, os outros candidatos vão aproveitar esta sessão de gritaria venturiana para exigir que, nos debates com Ventura, sejam proibidas as interrupções e sobreposições de vozes.
O que fica por explicar
Esta reportagem do «Público» tem a honestidade de reconhecer que João Ferreira, Ana Gomes e Marisa Matias andam em pré-campanha há dois meses mas «muitas vezes sem acompanhamento da comunicação social» (eu diria antes que, tirando as entrevistas, quase sempre sem acompanhamento da comunicação social). A reportagem até vai ao ponto de reconhecer que João Ferreira «é seguramente o candidato que, um pouco por todo o país, mais acções realizou».
Tudo visto, falta de facto uma explicação para este monumental desinteresse da comunicação social pela pré-campanha. Foi por Marcelo ainda não ser oficialmente candidato nesses dois meses ? Não pode ser razão ou argumento porque por virtude das suas funções Marcelo esteve sempre em pré-campanha ! Uma coisa é portanto certa: este desinteresse da comunicação social representou um factor de desigualdade em relação a Marcelo e representou um notório empobrecinmento do curso normal da vida democrática.
«Marcelo Rebelo de Sousa,
criador de passados»
«É com este feliz título que,no seu blogue, Joana Lopes recupera em boa hora uma polémica de 2008, em que também participei, sobre declarações do então comentador procurando afivelar um passado antifascista. O dossiê completo desta polémica está disponível aqui.
Ai ai,
a separação de funções
Certamente para dar sequência a um antigo editorial em que Manuel Carvalho acusava a comunicação social de levar o Chega «ao colo», o «Público» foi a correr entrevistar Diogo Pacheco de Amorim, vice-presidente do Chega por ser o putativo substituto de André Ventura na AR.
Questionado sobre a sua pertença ao MDLP, o entrevistado declarou com a maior desfaçatez que « mesmo que tivesse acontecido alguma atitude menos correcta dado o período conturbado, eu estava no gabinete político, que não tinha nada a ver com a parte operacional. O gabinete político onde estava o antigo bastonário da Ordem dos Advogados [Pacheco de Amorim refere-se a José Miguel Júdice] e ninguém se lembrou de o chatear com isso».
Tudo visto, ficamos a saber que para pôr bombas e matar pessoas a boa definção de Pacheco de Amorim é «alguma atitude menos correcta» e que no MDLP quem tratava de política não tratava de bombas embora estas fossem a principal expressão da política da organização. De uma coisa não restam dúvidas: omembro do «gabinete político» do MDLP sabian que havia uma «parte operacional» e que a mesma não se ocupava de jardiinagem.