15 outubro 2014

No passado sábado

Palavras luminosas
de Manuel Gusmão

(lidas Por Joana Manuel)




Intervenção de Manuel Gusmão na Conferência Nacional «Serviço Público e Bem Comum», a 11 de Outubro de 2014, promovida pelo Apelo Em Defesa de um Portugal Soberano e Desenvolvido Grande Auditório do ISCTE, em Lisboa.

14 outubro 2014

Chapeau, rapaziada !

Dirty Portas e Trick Coelho



Bem se pode dizer que o Nobel dos Truques vai para o supimpa governo de Passos Coelho e Paulo Portas. De facto, só mestres nesta arte poderiam inventar esta coisa mirabolante de. depois de tanto acenarem com o fim da sobretaxa do IRS em 2015, virem dizer que isso acontecerá sim em 2016, ou seja, quando com toda a probabilidade o governo já for de outros e ainda só se, como quantifica a manchete do CM, se verificarem certos resultados fiscais. Além de tudo o mais, a esta hora governos do mundo inteiro deslumbram-se com esta sofisticada técnica de um Orçamento para 2015 tratar e dispôr sobre matérias que são da competência do Orçamento para 2016 !. Chapeau, rapaziada !

13 outubro 2014

Mais milongas contra o «Estado»

E por que não 10 milhões?

Pensava eu que se falamos de remunerações isso corresponde a trabalho realizado e a não a qualquer benesse. Pensava eu que a grande maioria das prestações sociais (pensões e reformas, subsidio de desemprego e de doença, etc, etc.) não saíam dos impostos mas sim das contribuições dos trabnalhadores e entidades patronais. Mas vem este Prof. da Universidade do Algarve e afinfa-lhe com esta dos 6 milhões de »dependentes» do Estado. Ora, para ajudar à festa, eu diria mesmo mais: é que, como todos os cidadãos do país, para a sua vida quotidiana, dependem da escola pública, da saúde pública, da segurança pública, dos transportes públicos and so on talvez tenhamos sim, não 6, mas 10 milhões de portugueses dependenetes do Estado. É certo que isto certamente não acontece no Bangladesh mas não sei se nos convirá esse excelso padrão.

11 outubro 2014

Emily Loizeau

Emily Loizeau

A sugestão musical deste sábado destaca
a cantora francesa Emily Loizeau e
a sua homenagem a Lou Reed







video de 1 hora aqui no ARTE

É o que está a dar

Absolver as políticas e
descarregar sobre o sistema político



Depois do recente discurso de Cavaco Silva (o político-não político que paira etéreo sobre tudo), ganham mais forças as diatribes e responsabilizações sobre o sistema político português. Hoje no Público até São José Almeida vem sentenciar, por exemplo, o seguinte :

«(...) Mas se nada for feito, a realidade se encarregará de evoluir por si mesma. E a reforma do sistema acabará por se impor. E ainda que possa não se chegar ao extremo de acontecer uma implosão do sistema partidário, como o Presidente teme, é possível que até já nas próximas legislativas mude a correlação de forças no Parlamento através da estreia de bancadas em representação dos novos partidos em formação.
A verdade é que ninguém antecipa o que será o sistema político daqui a 20 anos ou mesmo daqui a 10 anos. A única certeza que podemos ter é a de que em política não há vazio e que um novo sistema resultará do fim do actual. Com outros partidos. Outro sistema eleitoral. Provavelmente até com novas formas de representação  que convivam com as actuais estruturas de representação partidária.(...)»

Não é que eu ache que o nosso sistema político seja perfeito ou insusceptível de melhorias mas francamente o que, macaco velho,  não engulo é este truque de absolver as políticas e os seus executores durante 38 anos e culpabilizar predominantemente o sistema político. Aliás, se certas ideias fossem para a frente, os que cá estiverem ainda hão-de ver os que agora suspiram por mais partidos no Parlamento a chorarem que nem perdidos pelas consequências políticas da fragmentação balcanização partidária da A.R. Ea pedirem então outra reforma do sistema político !

No «Público» de hoje

Um excelente
artigo de Manuel Loff



Opinião

O que há de novo?

Margaret Thatcher nunca militou no PS; o PS é que parece que, em segredo, acredita mesmo no slogan dela de que "não há alternativa". Mas há alternância.
"Há alguma mudança de fundo no sistema partidário português? As primárias do PS, a micro-movimentação que surgiu entre o BE e o PS, Marinho Pinto, chegam para falar em mudanças significativas no quadro global? No meio da exasperação provocada pela mais regressiva das crises socioeconómicas por que Portugal passou desde que há democracia no nosso país, é por estas pequenas mudanças que, ao fim de seis anos, nos vamos ficar?
Comecemos pelas primárias do PS. Para quem sustentou que elas foram um caso excecional de mobilização cívica numa eleição partidária desta natureza, lembremos que nelas votaram 178 mil pessoas, 1,8% dos eleitores inscritos. 2,8 milhões de italianos votaram nas primárias do Partido Democrático, congénere do PS, 6% dos eleitores; 2,66 milhões de franceses votaram em 2011 nos candidatos a candidato presidencial do PS, 6,2% dos eleitores. Costa e Seguro arrastaram proporcionalmente 3,5 vezes menos pessoas. Dá para descobrir aqui uma mudança substancial do sistema partidário português? Além da natural atenção dos media e do interesse dos que foram votar, só os fãs da coisa puderam ver aqui uma daquelas famosas vagas de fundo que tanto se usa no espesso politiquês nacional. Ainda por cima, o procedimento só veio agravar a velha tendência do sistema político português: a de fulanizar a discussão, presidencializar as escolhas todas, substituindo ideias por homens, carismas, capacidade de liderança e outras tretas da linguagem do management. Mais do mesmo."

Muito mais, com grande interesse, aqui

09 outubro 2014

Sem ponta de surpresa !

Assis (ex-apoiante de
Seguro) regalado com Costa



«(...) O consenso a alcançar pressupõe uma outra abordagem do quadro político nacional. António Costa deu sinais de o perceber ao participar no congresso do partido de Rui Tavares. Com a ambiguidade que caracteriza os políticos que não levam a sinceridade ao ponto de dissolver a inteligência, fez o discurso que se impunha. Enalteceu o pluralismo, insinuou críticas à esquerda dogmática, apelou à responsabilidade política e proclamou a necessidade de emergência de uma alternativa. Contrariamente ao que uma leitura epidérmica poderia fazer supor, ao dar este passo, António Costa não pôs em causa qualquer perspectiva futura de entendimento político sério com formações políticas situadas à direita. Pelo contrário, nesse inusitado congresso, que merece aliás ser saudado pela abertura que exibiu, António Costa estabeleceu uma fronteira política à esquerda. Ora isso constitui a condição imprescindível para explorar possíveis entendimentos mais à direita. Como é óbvio, tudo isto vai depender dos resultados eleitorais.(...)» . Francisco Assis em artigo hoje no Público.