16 outubro 2013

Alguma dúvida de que se trata de uma quadrilha de trafulhas ?


E lembram-se destas palavras
em 13 de Setembro ?

Correr com a Comissão Liquidatária do país !

A capa que diz tudo
e o acrescento necessário


Jornal de Notícias



Maria Luís falou...

...e, sem ser por preguiça,
eu repito o que disse há dois dias



E, entre tantos objectivos falhados (5,9% de défice em 2013) e tantas novas agressões e roubos, ficamos a saber que em 2014 haverá cortes de 900 milhões de euros em  prestações sociais.

E, agora, também como protesto
contra a inadmíssivel e
antidemocrática proibição
governamental, sábado,
todos a Alcântara.

(ver notícia aqui)

15 outubro 2013

A carta de um leitor do «Público»

Fui ver e parece ser verdade


Lembrado de como Paulo Portas tinha regougado indignadamente contra o «alarme» malevolamente criado em torno dos supostos cortes nas pensões de sobrevivência acima dos 600 euros, muito impressionado fiquei hoje quando li no Público, em carta à directora, um leitor dizer que «o Governo não propõe corte para pensões de sobrevivência só acima dos 2000 euros. Porque já enviou para a Assembleia da República, onde ainda está em discussão, a Proposta de Lei nº 171/XII/2ª  que corta 10% das pensões de sobrevivência acima dos 539 euros a quem tiver menos de 80 anos!».

Fui ver e lá está no sítio da AR a referida proposta de Lei (embora se reporte sim aos aposentados da Função Pública). Como se pode ver:


aqui

E nessa Proposta de Lei propõe-se de facto o seguinte:





E esta, hem ? 

Adenda em 16/10:
Confirmadíssimo !

 

Falando de 600 euros ou ...

... a  sorte que Paulo Portas tem
com  jornalistas pouco rápidos



No Público de ontem podia ler-se que, na conferência de imprensa sobre as pensões, Paulo Portas afirmou a dado passo: « Isto é muito mais justo, muito mais humanista e muito mais razoável do que  aquilo que fizeram aqueles que agora nos criticam  e que retiraram, não uma parcela, mas totalidade do abono de família a quem tinha 600 euros para viver» argumentou - diz o jornal - numa referência ao Partido Socialista, que em 2011 alterou as condições de atribuição do abono de família».

Deixando de lado a questão de que bem sabemos como nestas coisas sempre sobra bastante para o PS, o que estranho e me incomoda é  que, em nenhum lado, vi qualquer referência  a que, depois daquela afirmação, um jornalista  se tivesse levantado e perguntado isto:

- dr. Paulo Portas, importa-se de me esclarecer se o actual governo já revogou essa medida de um governo  do PS  a que se referiu sobre o abono   de família ?

Não tendo nenhum  jornalista perguntado  naturalmente que resposta de Paulo Portas não podia haver e, por isso, cabe-me a mim dizer que a resposta tinha de ser negativa a avaliar pelo que aí está a seguir :





aqui
 e agora, já que Paulo Portas
é tão sensível ao patamar
dos 600 euros, que tal isto ?

 

Confirmatum est !

A caminho do
terceiro ano de  exibição



14 outubro 2013

E a deles é de 1948 (ou por isso...)

Uma boa notícia de Itália
em tempo de campanha
contra a nossa Constituição


(a ler, proveitosamente, penso eu, aqui)

Sobre esta manifestação realizada ontem
(sem a participação do Partido Democrático
(ex-DS, ex-PDS, ex-PCI) ler também aqui

o editorial de Il Manifesto 


A cada um a sua «cassete» ou...

... o universal direito à repetição



Na sua crónica de hoje no Público, Rui Tavares escreve (atenção à parte por  mim sublinhada):«Analisemos esta curiosa expressão, o «arco governativo» ou «arco da governação», que só o génio político-jornalístico de Paulo Portas poderia ter inventado. Num regime parlamentarista, ela não deveria fazer sentido, pois o «arco da governação» é composto por todos os partidos com representação na Assembleia da República. Mas, na invenção de Paulo Portas, que se aproveitou da consabida incapacidade de uma parte da esquerda para se posicionar como parte da solução governativa, o «arco governativo» designa os partidos que Paulo Portas entende que deveriam governar o país.Ou seja, os dois grandes, e o partido de Paulo Portas».

Como já tenho escrito, não me admiraria que Rui Tavares considere mais este meu post como fruto de uma qualquer embirração ou  «perseguição» de natureza pessoal que de há muito eu lhe moveria (e que não existe). Mas, se não fosse o caso de  eu me recusar absolutamente a imitá-lo, então eu poderia dizer que, quando escreve coisas como a sublinhada acima,  Rui Tavares está mais uma  vez  a embirrar com o PCP e a «perseguir» o PCP.

Tudo visto, apenas duas observações:

1.Como seria uma massacre gráfico e uma  canseira para os leitores trazer para aqui caterfas de citações ou de links sobre as posições do PCP a respeito deste tema, prefiro dar o testemunho pessoal de que, tendo sido membro das comissões eleitorais do PCP para todas as legislativas (10) entre 1976 e 2002 (para as três seguintes, é consultar a Net), posso jurar que sempre o PCP  afirmou a sua aptidão e  disponibilidade para integrar soluções governativas que dessem garantias de uma nova política (  o «correr por fora»  foi uma antiga fórmula de um partido do qual R.T. já esteve próximo) e que, coisa muito diferente do que escreve Rui Tavares, o que sempre também afirmou foi a sua indisponibilidade para ser cúmplice ou apoiante das políticas que, bem à vista dos portugueses e do seu eleitorado, sempre combateu.

2.Por duas ou três vezes, designadamente em 3 de Junho e 1 de Julho deste ano, no intuito de fazer avançar este debate para terrenos mais      esclarecedores, lancei o desafio que repito a seguir e que até hoje, por alguma razão, nunca teve  a mais pequena resposta.       

13 outubro 2013

Um recuo forçado e habilidades não alteram o essencial

O que Portas disse hoje em
nada evita que, terça-feira,
a verdade essencial seja esta





Nota: Se o objectivo repetidamente anunciado pelo governo era arrecadar 100 milhões de euros e se Paulo Portas afirmou hoje que a medida agora finalmente «desenhada» abrangerá « quem receber duas ou mais pensões que totalizem um rendimento superior a 2000 euros», ou seja, segundo ele mesmo «cerca de 25 mil pessoas», então se bem sei fazer contas, isso significa que, em média, será preciso tirar a cada um dos abrangidos 4.000 euros anuais. Eu sei que reformados com 400, 500 ou 600 euros não se preocuparão com o que acontece a quem 2.ooo ou mais de reforma, mas manda a decência e o rigor que se diga que, se estamos perante reformas ou pensões que realmente correspondem a descontos feitos durante toda uma longa carreira contributiva, então é na mesma de um descarado roubo que se trata.


Para o seu domingo, a soprano cubana

Bárbara Llanes