12 março 2013

Tanta combatividade há muito que não se via

O povo sofre, o país
afunda-se e ele fala em «coligir dados»


Apesar de a imagem estar sumida, talvez os leitores consigam ler o combativo programa contra o governo que Correia de Campos ontem enunciou no Público. Mas atenção: Correia de Campos pode ser nos dias de hoje muita coisa mas estúpido e mal-informado não é. E, por isso, sabe perfeitamente que a continuidade deste governo e desta política se arrisca a deixar uma torrente de factos consumados, amassados em lancinantes feridas sociais, profundas lesões de direitos e terríveis destruições do tecido económico com efeitos e sequelas para muitos anos. Num quadro assim, não se estranhe que eu, com fundamento na própria experiência portuguesa da alternância,  desconfie que há quem esfregue as mãos por outros estarem a adiantar valentemente o trabalho sujo.

11 março 2013

E agora uma selecção de «country»





para ouvir aqui

Um tal de João Valente de Aguiar

Se não metesse nojo, metia dó



«(...) À esquerda e à direita, o PCP é, em Portugal, a única força nacionalista com organização, experiência política e ramificação em diferentes níveis do aparelho de Estado português capaz de ajudar a avançar uma experiência nacionalista de uma saída do euro. Por outras palavras, se Portugal saísse do euro, o PCP seria a principal alavanca motriz no início de um processo de fascização (...)».

Quem, pelo meio de milhares de palavras assassinas e interpretações e deduções grotescas e mistificatórias (onde sempre não é capaz de distinguir entre "patriotismo" e "nacionalismo") escreve aqui o que está aí em cima, é um sujeito de seu nome João Valente Aguiar que há uns tempos tinha um blogue chamado «As Vinhas da Ira» onde, cheio de zelo,  estampava elogiosamente extensas citações do meu camarada Álvaro Cunhal. Ao contrário de alguns meus camaradas, nem nessa época lhe dei corda. Muito menos agora porque há limites para tudo e sobretudo para a infâmia intelectual e política. Entretanto, o blogue «As Vinhas da Ira», como bem se compreende, foi convenientemente sepultado pelo seu autor.

 

Um livro estrangeiro por semana

Morir bajo dos banderas

do espanhol Alejandro M. Gallo
sobre a participação
na guerra
contra o nazismo
dos soldados
espanhóis fugidos da derrota
na Guerra Civil de Espanha.
Edição Rey Lear, 686 págs,, 26,50 E.