01 novembro 2012

Fim de feriado com

The Pet Shop Boys




   

Escrito num dia assim

Mas não é o que
houve quase sempre ?



Título (trocado por miúdos) do artigo de Francisco Assis hoje no Público, artigo que, segundo o autor conta, foi escrito «na biblioteca da Assembleia da República» no dia da votação na generalidade do OE, «ouvindo a vozearia distante dos manifestantes que se aglomeram lá fora» e enquanto «lá fora, uma pequena multidão ululante invectiva os representantes eleitos da República e contesta, com fúria, as mais recentes medidas governamentais». A inteligência e sabedoria políticas dos leitores dispensam-me de qualquer comentário.

Inocentes critérios

Do que eles mais gostam


No Público, além desta na primeira página mais duas fotos sobre as manifestações de ontem: nenhuma porém sobre o conjunto da manifestação frente à AR. Ah, pois, isso não tem novidade nem picante, não é ? Tem graça que estas também já não têm nem uma coisa nem outra. Entretanto, na 1ª página do CM nada e na do DN rabos ao léu de estivadores (voltem miúdas, voltem !). Vamos bem.

31 outubro 2012

Votação na generalidade do OE-2013

Hoje à tarde, frente à A.R.






Para escapar às manifestações

Desculpem lá mas raios 
partam estes abstencionistas !

Debate OE2013

Maioria antecipa sessão de encerramento do Orçamento para "ganhar tempo"

31.10.2012 - 14:17 Por PÚBLICO

    Ainda a treta da «refundação»

    Quando a falta de escrúpulos
    beneficia da morte do espírito crítico





    Prezados leitores, este post só pode ser lido como a continuação do anterior. Desde logo porque o título acima do Público confirma os meus piores temores sobre a reacção do PS à manobra lançada pelo PSD sobre a famosa «refundação» do memorando.


    É claro que, em vez de fazer um silêncio de chumbo,  também eu escrevi sobre a tal nebulosa «refundação» mas quero crer que a diferença está no que se escreve. Uma coisa é certa: não tenho a menor dúvida de que para 97% dos portugueses a questão da chamada «refundação» é autêntico mandarim a anos-luz do brutal assalto fiscal que se desenha e prepara, das sombrias e amargas dificuldades de vida que se perfilam, dos dramas e sofrimentos que que, a cada mês que passa e passará alastram convulsivamente na sociedade portuguesa.

    E, no entanto, foi possível a um primeiro-ministro lançar um termo e um tema, nunca até hoje  ter explicado o que significava e pôr meio mundo e o outro a girar à volta dele quando a principal coisa que tal invenção mereceria era quando muito, uma exigência nacional e sobretudo dos media de que se explicasse em linguagem de gente, quanto mais não seja porque o tempo e a situação não estão para filigranas semânticas.

    Dito isto, talvez se justifique um pequeno acrescento ao diálogo antes publicado entre Passos Coelho e Miguel Relvas:



    30 outubro 2012

    Estão a gozar connosco ou...

    ... uma coreografia manhosa,
    insolente e de mau gosto


    No passado dia 23 de Outubro, Octávio Teixeira escreveu luminosamente no Diário Económico, referindo-se ao governo:

    «(...) O objectivo será o de dar alguns meses para, mostrando o desastre que eles próprios provocaram, ludibriarem que a resolução do problema do défice passa pela substancial redução das funções do Estado. O que "justificaria" a privatização de mais empresas e maiores reduções salariais e despedimentos, mas também o desmantelamento dos serviços públicos de saúde, educação e Segurança Social, a espinha dorsal de um Estado social. Desde sempre o propósito nuclear deste Governo. (...)».

    É a isto e só a isto que vem esta coreografia manhosa, insolente e de mau gosto sobre a «refundação» não sei de quê que Passos Coelho, pairando olimpicamente sobre  os reais problemas e ameaças que infernizam a vida dos portugueses, tirou da cartola.

    Temo que seja grande a tentação do PS de, por via do famoso «sentido de responsabilidade», aceder a este «diálogo» na esperança de que assim conquistará um pé de microfone  onde, por uma vez, talvez debite que não há nada para ninguém.

    Creio porém que, na dramática situação que os portugueses e o país vivem, a única atitude digna e honrosa seria deixar o governo a falar sózinho e mandá-lo dar uma volta ao bilhar grande.


    29 outubro 2012

    Novo álbum

    Hands of Glory
    de Andrew Bird


    Andrew Bird a 10/11 na Aula Magna)

    Correia de Campos sem pingo de vergonha ou...

    ... mais arsénico e rendas velhas



    Eu sou o primeiro a saber que esta discussão já cansa, daí o título do post, mas o que é que querem ? Eles voltam sempre ao mesmo e eu não tenciona deixar-me vencer pelo cansaço. Acontece que, pela sétima ou oitava vez, em artigo no Público de hoje, António Correia de Campos dedica um ponto ao «masoquismo» que arranca assim: «Como se sentem os dois partidos da extrema-esquerda com o o Governo de direitas que ajudaram a entronizar ?. Se calhar já não se lembram de que foram eles que se disponibilizaram perante a direita para derrubar Sócrates. Sem pingo de vergonha, pensarão o quê ? Quanto pior, melhor ? (...)».

    Sem novidade de argumentos, dirijo a Correia de Campos (e aos do costume)






     Sobre este assunto e sobre Correia de Campos

     mais aqui, aqui, aqui e aqui.

    O mau perder ou ...

    ... quando vale 
    tudo até  tirar olhos


    Pois, é esta a manchete deste jornal de S. Paulo desonestamente concebida para desvalorizar a vitória do candidato do PT Fernando Haddad (Nadia Campeão, do P.C. do B., será vice-prefeita). Aqui a esta distância, quase que juro que jamais este jornal fez semelhantes manchete e contas a propósito de qualquer das várias vezes em que José Serra ganhou eleições em S. Paulo.