07 junho 2012

Ai a graça dos papéis velhos

Relíquias do passado ou foi você
que pediu um "culto da personalidade" ?



Como o relatório encomendado pela Ongoing sobre Francisco Pinto Balsemão certamente não terá ido tão atrás, aqui vos deixo este anúncio publicado no Povo Livre nº 410 de 2 de Junho de 1982, fez agora portanto 30 anos. Quem descobrir semelhante publicidade (venda de fotos do líder) no Avante !, ganha uma viagem de uma semana a Bora Bora com tudo pago. 

Está difícil a vida do jornalismo (e dos blogues)

Ontem na pág.9 do Le Monde...



... hoje na capa do Público


Os interessados podem encontrar aqui, na Marianne, a polémica sobre a qualidade da foto de Raymon Depardon.

Em «L'Humanité»

Uma boa pergunta




06 junho 2012

No «DN», duas notícias sobre ...

... as prioridades deste governo !



Alguns leitores dirão com razão que um milhão de euros não é nada comparado com os imensos milhões gastos nos dois submarinos. Aviso porém que mudei de opinião sobre os submarinos. É que, com Portugal a ir ao fundo, com eles sempre poderá haver umas dezenas de compatriotas (ministros e secretários de Estado, por exemplo) que conseguirão emergir.

05 junho 2012

Uma foto de há 76 anos ou...

... quando os
guarda-redes usavam boné



Esta foto de uma defesa do grande Ricardo Zamora na "Taça do Rei" (El País dixit) em 1936 é a capa do último Babélia do El País que inclui vários artigos sobe a presença do futebol na  literatura.Entretanto, chapeau para as declarações de Manuel José sobre o excesso de show-off em torno da selecção nacional.

Quando se junta a vontade de comer estrangeira com a fome nacional


manchete do Público de hoje

04 junho 2012

A descoberta de uma revelação ou vice-versa

Philippe Uminski




La Vie Continue
no álbum Mon Premier Amour

O que não foi dito ...

... sobre o referendo na Irlanda




Como era de esperar, os variados adeptos do actual curso europeu, festejaram a aliás esperada vitória do «sim» no referendo na Irlanda sobre o Tratado Orçamental. A comunicação social destacou naturalmente os os 60,3% para o «sim» e os 39,7% para o «não» mas já ficou mais obscurecido que a abstenção rondou os 50%. Entretanto, sem negar a legitimidade do resultado, a verdade é que, em nenhum órgão de informação, vi que se perdessem dois segundos a reparar que os partidos (Fine Gael, Fianna Fail e Labour Party) apoiantes do sim somaram muito mais de 73% nas legislativas de 2011 e que os os partidos ou forças (Sinn Fein, United Left Aliance)  que fizeram campanha pelo «não» nessas eleições se tinham ficado pelos 12%

É claro que para as forças e interesses que comandam o processo de integração europeia, assustados com andam, só conta que ganharam e pronto. Mas, se quisessem ser lúcidos e olhar mais para diante, deveriam aprender que os 40% de «nãos» na Irlanda (e nas condições descritas no cartoon acima) dizem mais do que parece.


03 junho 2012

Para o seu domingo, a cantora grega

Sophia Bilides




I Predict



ouvir excertos de 3o' em grego aqui
(clicando na barra da esquerda
 em 
Greek Legacy CD )

De cada vez que o lerem ou ouvirem...

.... lembrem-se disto !

Manchete do CM de hoje

No Jornal de Negócios 


Embora mais tarde tenha voltado ao tema, o que é certo é que já em 23.5.1996, ou seja há 16 anos, escrevi o que abaixo se segue numa crónica publicada no Avante! com o título «Quanto e quem»:


«(...) Mas bem pior que estes truques, é a onda de mal disfarçada arrogância, hostilidade e desprezo face ao mundo do trabalho e de intenso proselitismo da ofensa aos direitos dos trabalhadores e em geral dos direitos sociais ( é ver a campanha alarmista e insidiosa sobre a segurança social) que se vai exprimindo em muitos meios de comunicação social, em significativa contemporaneidade com a existência de um Governo do PS.

É verdade que não gostaríamos de adiantar explicações lineares ou esquemáticas para estas atitudes, até porque  bem sabemos que há neste país milhares de cidadãos que, vivendo e ganhando bem, são solidários com causas sociais e projectos políticos progressistas  de cujo êxito até sabem não poderem esperar qualquer beneficio ou vantagem material.

Mas no ponto a que as coisas estão a chegar, não faltará muito para que, em relação a  casos mais extremos de arrogância contra os trabalhadores e de impiedosa insensibilidade perante os problemas, os dramas e as dificuldades de quem vive do seu trabalho, apareça alguém a desafiar certos protagonistas a passarem a juntar sempre às suas opiniões e ideias duas simples informações concretas : quanto ganham e quem lhes paga.»