07 outubro 2011
06 outubro 2011
Prémio Nobel da Literatura
It's a Spring in 1827, Beethoven
hoists his death-mask and sails off.
hoists his death-mask and sails off.
The grindstones are turning in Europe’s windmills.
The wild geese are flying northwards.
Here is the north, here is Stockholm
swimming palaces and hovels.
The logs in the royal fireplace
collapse from Attention to At Ease.
Peace prevails, vaccine and potatoes,
but the city wells breathe heavily.
Privy barrels in sedan chairs like paschas
are carried by night over the North Bridge.
The cobblestones make them stagger
mamselles loafers gentlemen.
Implacably still, the sign-board
with the smoking blackamoor.
So many islands, so much rowing
with invisible oars against the current!
The channels open up, April May
and sweet honey dribbling June.
The heat reaches islands far out.
The village doors are open, except one.
The snake-clock’s pointer licks the silence.
The rock slopes glow with geology’s patience.
It happened like this, or almost.
It is an obscure family tale
about Erik, done down by a curse
disabled by a bullet through the soul.
He went to town, met an enemy
and sailed home sick and grey.
Keeps to his bed all that summer.
The tools on the wall are in mourning.
He lies awake, hears the woolly flutter
of night moths, his moonlight comrades.
His strength ebbs out, he pushes in vain
against the iron-bound tomorrow.
And the God of the depths cries out of the depths
‘Deliver me! Deliver yourself!’
All the surface action turns inwards.
He’s taken apart, put together.
The wind rises and the wild rose bushes
catch on the fleeing light.
The future opens, he looks into
the self-rotating kaleidoscope
sees indistinct fluttering faces
family faces not yet born.
By mistake his gaze strikes me
as I walk around here in Washington
among grandiose houses where only
every second column bears weight.
White buildings in crematorium style
where the dream of the poor turns to ash.
The gentle downward slope gets steeper
and imperceptibly becomes an abyss.
05 outubro 2011
Coisas de farsantes
Cavaco Silva num dos seus célebres «alertas»
Como estava anunciado, o Presidente de Honra das troikas (a estrangeira e a nacional), perdão, o Presidente da República Aníbal Cavaco Silva discursou no 5 de Outubro e, enfático, disse (sublinhados meus): «Acabaram os tempos de ilusões. Temos um longo e árduo caminho a percorrer, para o qual quero alertar os Portugueses de uma forma muito directa: a disciplina orçamental será dura e inevitável, mas se não existirem, a curto prazo, sinais de recuperação económica, poder-se-á perder a oportunidade criada pelo programa de assistência financeira que subscrevemos.
A par do inevitável saneamento das contas públicas, tem de existir revitalização do tecido produtivo nacional, investimento privado, combate ao desemprego, aumento da produtividade e da produção de bens e serviços capazes de concorrer nos mercados externos. Se tal não ocorrer, os desequilíbrios financeiros terão uma correcção meramente temporária e estaremos de novo colocados na contingência de recorrer à ajuda externa, a qual, a acontecer, se irá processar em condições ainda mais gravosas para os Portugueses(...).»
Sei que outros tem usado este truque em intervalos das vezes em que reconhecem as consequências inevitavelemnete recessivas do acordo com a troika e das medidas de austeridade. Mas, parvo que sou, esperava eu que, ao menos o Presidente da República, que, como se sabe por demais, cultiva a imagem de economista distinto, não viesse dizer aos portugueses ser necessário que aconteça tudo aquilo que o seu tão gabado e amado acordo com a troika afecta, prejudica e compromete.
Pelos vistos, vale tudo até tirar olhos. A partir de hoje, ficamos a saber, pela voz do mais alto magistrado da nação, que para combater incêncios não há nada melhor do que despejar-lhes gasolina em cima.
Pelos vistos, vale tudo até tirar olhos. A partir de hoje, ficamos a saber, pela voz do mais alto magistrado da nação, que para combater incêncios não há nada melhor do que despejar-lhes gasolina em cima.
Eleições na Madeira
A maior vergonha
Não me interessa nada se, sem elas, Jardim ganhava ou não na mesma as eleições. Importa-me sim que fique escrito que, só por isto, as eleições na Madeira já seriam uma vergonhosa fraude, uma repugnante fraude e uma intolerável subversão das bases democráticas da República Portuguesa.
Há pelos menos 35 anos que todos lemos, ouvimos e vemos e não podíamos nem podemos ignorar e ainda por cima depois da publicação da esclarecedora e arrasador obra de Ribeiro Cardoso «Jardim- a grande fraude».
Já nem me ocupo de todo o «sistema» (com traços sicilianos) que se montou naquela Região Autónoma e do estatuto de impunidade, complacência ou estranho temor reverencial que Alberto João Jardim conquistou face a sucessivos governos nacionais, Presidentes da República, Assembleia da República, para já não falar da CNE e do Tribunal Constitucional contumazmente desrespeitados e ofendidos pelo soba da Madeira.
Já nem me ocupo de todo o «sistema» (com traços sicilianos) que se montou naquela Região Autónoma e do estatuto de impunidade, complacência ou estranho temor reverencial que Alberto João Jardim conquistou face a sucessivos governos nacionais, Presidentes da República, Assembleia da República, para já não falar da CNE e do Tribunal Constitucional contumazmente desrespeitados e ofendidos pelo soba da Madeira.
Suspeito que, sem prejuízo de outros factores de conivência, cumplicidades e oportunismos vários, Alberto João Jardim a quase todos foi vencendo pelo cansaço. Lembro-me bem por quantos incontáveis Verões tive de contribuir com a minha opinião para a decisão sobre se o PCP comentava ou não as bojardas de Jardim no Chão da Lagoa e do inarredável dilema de, se comentava (repetindo com pequenas variações o que já havia dito noutros anos), estava a dar-lhe a importância e os prolongamentos noticiosos que ele mais queria e, se não comentava, dava a impressão que estávamos apenas perante um grotesco palhaço político a que não se devia ligar.
Pois é, no próximo domingo, voltam a realizar-se eleições regionais na Madeira. E basta um ponto para se poder dizer, com inteiro fundamento, que essas eleições naquela parte do território nacional são porventura a maior vergonha da democracia portuguesa.
A mim chega-me lembrar que ali não há um único dia de campanha eleitoral oficial em que o Presidente do Governo Regional que é simultâneamente cabeça de lista do PSD não proceda a várias inaugurações oficiais, em repetida, histórica e ostensiva violação de uma dos mais sagrados príncipios da legislação eleitoral que é o que prescreve a exigência de isenção e imparcialidade dos poderes públicos em relação às diversas candidaturas.
Não me interessa nada se, sem elas, Jardim ganhava ou não na mesma as eleições. Importa-me sim que fique escrito que, só por isto, as eleições na Madeira já seriam uma vergonhosa fraude, uma repugnante fraude e uma intolerável subversão das bases democráticas da República Portuguesa.
Edgar Silva em campanha pela CDU
03 outubro 2011
Ai, ai, que eu bem os topo !
Resposta firme a uma provocação
Primeiro foi esta espantosa notícia no DN de ontem que, se fossemos todos ingénuos, nos levaria a pensar que a PSP e as secretas cuidam mal da condidencialidade dos seus relatórios, ou antes, para nos deixarmos de punhos de renda, que estão é muito interessadas na divulgação de notícias desse tipo.
Depois veio, felizmente, o PCP pôr os pontos nos is
E, tudo visto e em breve, perdõem-me o tique de macaco velho mas, cuidado, quem anda tanto a falar de e a prever tumultos, bem pode, para ter razão, já ter o seu pessoal em campo precisamente para que eles aconteçam.
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