Barreto e uma
velha milonga
«O regime de Salazar não foi fascista.Os melhores pensadores quase todos concordam com isso. As características próprias do Estado Novo faziam dele um regime autoritário, reaccionário, conservador, nacionalista e imperialista. Mas fascista, não. Aliás, não será atrevido afirmar que fascista só mesmo o italiano.»
António Barreto no «Público»
Em curto só me apetece dizer que então para Barreto (e para os seus «melhores pensadores») fascistas só seriam os regimes que reproduzissem as mesmíssimas caracteristicas do fascismo italiano, assim se desprezando os interesses de classe que representaram e muitos dos métodos que usaram. Sem ser em curto, permito-me com imodéstia sugerir que talvez os leitores tenham algum proveito em visitar a polémica que, a este respeito, há muitos anos travei com Vasco Pulido Valente no «Público» e que está aqui e aqui.
Dentro da tendência que tem vindo a ser imposta por toda a Europa - a tentativa de lavagem, normalização e a aceitação dos regimes (neo)fascistas e (neo)nazis. Este crápula, decrépito e senil, o Barreto, é um daqueles que em Portugal tenta fazer passar a ideia de normalização (e banalização) do regime fascista de Salazar mais como um regime de extrema-direita embora com alguns tiques autoritários e ditatoriais. Enfim, nada demais, nada que os polacos, os húngaros, não tenham e fazem parte da "democrática" união europeia...... assim torna-se mais fácil de erradicar de vez os vestígios que estiveram na origem do 25 de abril.
ResponderEliminarO Estatuto do Trabalho Nacional era decalcado da Carta del Lavoro, comungando dos mesmos princípios e objectivos!
ResponderEliminarPara além das semelhanças substanciais entre os dois regimes, lembremos que Salazar tinha (e manteve durante muito tempo) na sua secretária o retrato de Mussolini. Isto não dirá nada aos melhores pensadores citados por Barreto?
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