31 outubro 2024

Presidenciais nos E.U.A.

 Uma explicação necessária

Juntos, vamos derrotar Donald Trump. De novo.
r
Alguns cidadãos de esquerda têm feito a opção de se recusar a manifestar qualquer simpatia por um dos candidatos às presidenciais norte-americanas alegando designadamente que nenhum deles em nada alterará o muito negativo papel que os EUA desempenham no mundo contemporâneo.
Face a isto e à beira de 5 de Novembro, sinto a necessidade de salientar dois pontos:
Primeiro: concordo inteiramente que, seja quem for o eleito em 5 de Novembro, isso pouco ou quase nada alterará a política externa nos EUA  e que este país não deixará morrer designadamente a sua natureza imperialista.
Segundo: considero entretanto que atendermos apenas ou unicamente ao ponto anterior é ter uma visão limitada e redutora. Porque creio que, apesar das negativas caracteristicas e entorses do sistema político americano, poucos se atreverão a dizer que, em termos de política interna, é indiferente que seja eleito Donald Trump (com o seu programa fascizante) ou Kamala Harris.
Dito isto, creio que manifestar simpatia pela vitória de Kamala Harris (ou pela derrota de Trump) corresponde ao nosso  elementar dever de solidariedade com todos os cidadãos (trabalhadores, negros, mulheres, imigrantes) que vivem nos EUA e que estão empenhados em poupar o seu país à selvática e reacionarissima  política e projecto de Donald Trump.


1 comentário:

  1. Discordo da conclusão da argumentação. A Harris é conivente com o Genocídio em Gaza; um genocídio é o limite de depravação que um ser humano nunca deve pisar, e menos ainda transpor, ou justificar em parte por pequena que seja.
    O Trump, desqualificado a todos os títulos, não o praticou; dir-se-á que foi favorecido pelas circunstâncias, concordo, mas ainda não pisou o risco.
    Por último, que espécie de peçonha, pior que a de um genocídio, é que pode justificar o desprezo pela voz da Jill Stein?

    ResponderEliminar