13 junho 2021

Exército da Colombia

 A verdade tantos anos
negada acaba por chegar

O antigo Presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, admitiu, na sexta-feira, que milhares de civis foram mortos pelos soldados, pressionados para obter resultados na luta contra os ex-guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).

As vítimas, sobretudo jovens com baixos rendimentos, foram recrutados por militares do exército sob falsas ofertas de emprego e, posteriormente, mortos noutras regiões e apresentados como antigos guerrilheiros.

Os soldados pretendiam apresentar resultados aos respetivos superiores e assim receber prémios, licenças e outros benefícios.

"Não tenho a menor dúvida que o pecado original, que permitiu essas atrocidades, foi a pressão para encontrá-los", bem como as recompensas, afirmou Juan Manuel Santos, numa audição voluntária na Comissão da Verdade da Colômbia, pedindo perdão às famílias das vítimas.

Santos foi ministro da Defesa do Presidente Álvaro Uribe (2002-2010), num mandato que ficou marcado pela execução de milhares de civis, que foram apresentados como guerrilheiros mortos no exercício das operações.

Entre 2002 e 2008, pelo menos, 6402 civis morreram às mãos de militares, segundo dados da Jurisdição Especial de Paz (JEP), que julga os crimes mais graves do conflito contra as Farc.

3 comentários:

  1. Resta saber o número de vítimas do títere Ivan Duque. Só em líderes socias, a contagem já vai alta; como também vítimas desta última greve geral e principalmente o número de desaparecidos que na Colômbia militar significa «mortos».

    O mais triste de tudo isto, é a comunicação social (influenciada por Washington) nada dizer sobre o assunto.
    Nada disseram, em relação aos confrontos e mortes na Colômbia, como também nada mostraram em relação à grande manifestação de trabalhadores no Peru, quando Pedro Castillo se preparava para vencer as eleições. Nada comentaram sobre a eventualidade de Keiko Fujimori ser presa a seguir às eleições, por corrupção.

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  2. O silêncio da generalidade da CS é cúmplice e legitimadora da barbária. Como eles são encantadoramente pelos direitos humanos!!!!

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  3. Juan Manuel Santos por sinal era muito amigo de Cavaco Silva e quando foi a Feira do Livro na Colômbia e na parte dedicada a Portugal, Cavaco falhou-lhe de Fernando Pessoa e de Camões. Parece que se esqueceu de falar de Saramago o nosso único Nobel. Foi pena.

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